Empresas lideradas por mulheres trazem uma nova visão de
mundo para o mercado
São Paulo - Uma revolução pacífica feita pelas mulheres,
utilizando as redes sociais para humanizar as relações, nos ensina que outro
mundo dos negócios é possível. As empreendedoras brasileiras exercitam a
liderança feminina.
Confira o blog coletivo Empreendedorismo Rosa, que reúne brasileiras
interessadas em esclarecer dúvidas e divulgar histórias da mulher do século 21.
O blog parte da constatação de que 52% das firmas que são abertas no Brasil têm
a mulher à frente — são 7,7 milhões de empreendedoras interessadas em debater
negócios.
Depois, vá ao Beco com Saída, blog sobre gestão de negócios
da mineira Vivianne Vilela, "apaixonada por gente que bota pra
fazer".
As mulheres trazem para o mundo das empresas uma nova visão.
Há três anos, entrevistei no interior do Piauí dona Francisca das Chagas, que
tinha no rosto as marcas do sol e as mãos calejadas do trabalho duro.
Com sábias palavras, ela contou que educou dez filhos, 28
netos e dois bisnetos com sua criação de cabras e "uma educação de
valores". A diretora de uma escola tradicional paulistana me contou que
perde muitos alunos porque os pais desejam que eles sejam tratados como
clientes. "Eles são alunos e eu não abrirei mão dos meus valores como
educadora", diz a diretora.
A adolescente catarinense Isadora Faber, de 13 anos,
criadora do famoso Diário de Classe, uma página no Facebook que desnuda a
escola pública brasileira, foi incluída na lista dos 25 brasileiros que devem
ser observados pelo jornal inglês Financial Times em reportagem de fevereiro
deste ano.
Quando solta sua voz no palco do evento chamado Papo de
Universitário, Isadora se transforma em uma verdadeira Joana D’Arc dos tempos
atuais. Inspira a todos para a batalha dos honestos. Sua mãe não aparece nas
fotos, mas é a tutora e segura os quase dez processos que são levados contra
sua família pelo simples fato de que sua filha diz a verdade em uma época de
grandes mentiras.
Os homens com cabeça do século 20, que durante gerações
afirmaram que o lugar da mulher era no fogão, precisam mudar de mentalidade.
Devem ter a humildade de tirar os véus do preconceito e
aprender com as Isadoras e Viviannes, empreendedoras e educadoras, o verdadeiro
significado da liderança aberta e em rede, o conceito de multitarefa, ouvir
mais e falar menos, dar um novo significado para o trabalho e humanizar as
relações empresariais.
Fonte: Exame
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo participação!