Método baseado na teoria especial da relatividade de
Einstein auxiliou cientistas na descoberta de um exoplaneta. Kepler 76-b tem
diâmetro 25% maior que Júpiter
São Paulo – Publicada há mais de um século, a teoria
especial da relatividade de Albert Einstein foi a responsável pela descoberta
de um novo planeta nesta semana. Batizado informalmente de Planeta de Einstein,
o Kepler 76-b está fora do nosso sistema solar, a cerca de 2 mil anos-luz da
Terra, na constelação Cisne.
Kepler 76-b tem diâmetro 25% maior e pesa até duas vezes
mais que Júpiter. Sua descoberta foi realizada por astrônomos e físicos da
Universidade de Harvard (Estados Unidos) e da Universidade de Tel Aviv (Israel)
que, pela primeira vez, empregaram a teoria do cientista alemão para descobrir
novos corpos celestes.
De acordo com a equipe, o método no qual a teoria foi
aplicada tem como objetivo investigar três pequenos efeitos que acontecem
simultaneamente. O primeiro deles é o que faz com que a estrela brilhe e
escureça enquanto um planeta se movimenta na sua órbita.
O segundo diz respeito às ondas de gravidade geradas pelo
planeta em movimento e que altera a estrela em um formato similar ao de uma
bola de futebol americano. Esta distorção aumenta sua área visível e faz com
que pareça ainda mais brilhante. O terceiro é o reflexo da luz emitida pela
estrela no próprio planeta.
Segundo a Universidade de Tel Aviv, por serem sutis, as
variações causadas por cada um destes três efeitos foram detectadas por missões
espaciais. O satélite Kepler, da NASA, e a agência espacial europeia coletaram
dados de mais de 100 mil estrelas até que o Planeta de Einstein fosse
finalmente encontrado.
A descoberta mostrou a efetividade do método baseado na
teoria de Einstein e parece ter surpreendido os cientistas envolvidos.
“Buscamos por estes efeitos ao longo de dois anos e finalmente encontramos um
planeta!”, comemorou o professor israelense Tsevi Mazeh. O objetivo daqui pra
frente, explicou a equipe, é aproveitar os dados providos pelas missões para
encontrar outros exoplanetas.
Fonte: Exame
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