terça-feira, 31 de maio de 2016

Aos auditores da vida alheia

Você está vivendo em função dos seus objetivos ou da auditoria da vida alheia?



É provável que você já tenha se deparado com tal figura, elas estão por toda parte com os olhos bem abertos ao que acontece na vida do outro e não pensam duas vezes antes de expor tudo aquilo que podem ver e a imaginação pode supor.

Podemos identifica-las por meio de comentários maliciosos, ironias descabidas, provocações infundadas e até mesmo um toque de pessimismo, tudo pelo prazer de se deleitar com a própria maldade.

São pessoas aparentemente felizes com a vida que levam e que as vezes nem percebem como se comportam pois, vivem em função de fazer auditoria da vida alheia. É como se tivessem um crivo mental de conduta a ser seguido e somente este modelo seria o ideal para se viver.

Suspeito que para os auditores da vida alheia, não existe gente feliz ou conduta correta pois fuçando bem, sempre vão achar uma “não conformidade” na vida do colega auditado.

Sinceramente, o que importa se fulano pensa de tal jeito? O que vai mudar na vida de uma pessoa se ela constata que a outra não sai das redes sociais? Qual é o problema de alguém priorizar determinado aspecto da vida como dinheiro, aparência ou qualquer outra coisa que não diz respeito a ninguém mais do que ela mesma?

Mas os auditores da vida alheia são cruéis e mais do que isso, se mostram determinados em expor ao mundo “aquilo que ninguém vê” e assim vão encaixando as pessoas no seu padrão “ISO” de qualidade, sem critério algum senão pela saciedade de sua própria inconformidade, que no fundo sabemos ser uma busca desesperada para tapar o buraco de instafisfação pessoal que é tão grande e tão insuportável que nem é possível se dar conta.

Dizem que a pior coisa é viver de aparência, discordo. Acredito que a pior coisa é viver da satisfação de julgar quem vive ou não de aparência pois, bem ou mal, quem vive de aparência vive por um objetivo, mesmo que seja superficial, narcísico ou totalmente egóico, e isso não cabe a mim, nem a você julgar.

O fato é que pessoas que vivem para tecer comentários duvidosos de outras pessoas, deixam de aproveitar tudo aquilo que conquistaram ou pior, deixam de ir em busca de seus próprios objetivos pois, fazem dos acontecimentos alheios seus próprios objetivos e isto sinceramente me parece ser algo tão triste que no fundo pode não passar de uma tentativa malfadada de fugir da autocrítica, além do medo de não passar em seu próprio crivo afinal, quando se critica o outro há somente duas possibilidades: Ou você gostaria de ser igual aquela pessoa, ou você é igual a ela e isso não se pode negar pois, ninguém reconhece no outro, aquilo que não tem.

Se o fulano da timeline te incomoda toda manhã ao postar frases motivacionais, procure descobrir o motivo deste desconforto. Se a menina da selfie te faz virar os olhos, busque em você as razões pelas quais isso acontece e se tudo isso for insuportável demais, busque ajuda pois, nem sempre se consegue sair sozinho do buraco sombrio em que todos nós podemos nos meter.

Sim, todos temos um lado sombra e quanto menos o conhecemos, mais descontrole temos sobre ele. É como diz Nietzsche: Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.

Portanto, se algo te incomoda fale, mas fale no sentido de compreensão de si mesmo e não de crítica pelo prazer de sentir o veneno escorrer pelo canto da boca.

Procure viver sua vida e não somente ser espectador do colega da timeline, da mesa ou da vida ao lado.

Finalizo com a singela frase da letra composta por Lenine e Dudu Falcão: A vida é tão rara.

E justamente por isso aproveite cada momento vivendo e não observando a vida alheia passar, porque esta é a pior coisa que você poderia fazer a si mesmo.

Segue Firme.

Momento do Administrador, Gisele Meter - 31 de maio 2016.


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