segunda-feira, 7 de setembro de 2015

40% das empresas do mundo podem ser exterminadas nos próximos 5 anos, diz estudo

Disrupção digital é a grande algoz; apenas 25% das companhias estão tomando medidas proativas para lidar com a tecnologia “disruptiva”




De acordo com um novo estudo divulgado pelo Centro Global de Transformação Digital dos Negócios (Global Center for Digital Business Transformation - DBT Center), uma iniciativa parceira entre Cisco e o International Institute of Management Development (IMD) de Lausanne, na Suíça, o efeito da disrupção digital nos negócios tem potencial para derrubar empresas tradicionais e remodelar mercados mais rápido do que possivelmente qualquer outra força já vista na história.

Os resultados mostram que a disrupção digital pode acabar com cerca de 40% das empresas em cada um dos 12 setores estudados pelo relatório, dentro dos próximos cinco anos. Apesar do potencial de transformar negócios tradicionais e remodelar mercados, a pesquisa indicou que 45% das companhias não acreditam que isso mereça a atenção nas discussões entre os níveis mais altos da empresa.

O relatório, intitulado Digital Vortex: How Digital Disruption is Redefining Industries (Furacão Digital: Como a Disrupção Digital está Redefinindo as Indústrias), é o primeiro do DBT Center. O estudo investigou a situação da disrupção digital e as perspectivas para as empresas através de um levantamento com 941 líderes empresariais em 12 indústrias e 13 países, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

A maioria dos executivos entrevistados vê a digitalização como um fator positivo para as empresas e a sociedade. De fato, 75% dos pesquisados acreditam que a disrupção digital é uma forma de progresso, 72% disseram que amplia o valor para os clientes e 66% sentem que habilita os indivíduos. Ao mesmo tempo, 43% não reconhecem o risco das tecnologias disruptivas ou não abordaram o assunto suficientemente. Apenas 25% descrevem a sua abordagem para a questão como proativa.

Entre as 12 indústrias em destaque no relatório, produtos e serviços tecnológicos têm o maior potencial de ruptura ao longo dos próximos cinco anos. No entanto, o estudo também mostra que indústrias com foco decisivo em dados de mercado, em geral, encabeçam a lista de negócios com potencial para serem afetados por essa disrupção, incluindo os setores de Mídia e Entretenimento, Telecomunicações, Serviços Financeiros e Varejo.

Essa ruptura está sendo impulsionada pelas consolidadas start-ups, concorrentes digitais proativos e, cada vez mais, a fusão de indústrias com a digitalização liberta as empresas a expandir o seu valor em novos mercados. Em média, os executivos das empresas em todos os 12 setores revelaram que esperam mudanças substanciais devido à disrupção digital, incluindo oscilações na participação de mercado dentro de cinco anos. No entanto, a pesquisa indica que quase um terço das empresas está adotando uma abordagem de "esperar para ver", na esperança de ter tempo para seguir o exemplo de concorrentes mais bem-sucedidos.

"Não são apenas os modelos de negócios que estão mudando, são as cadeias de valores e ofertas de produtos também. A digitalização não está apenas mudando as indústrias, está cada vez mais fragilizando as barreiras entre elas", afirma Michael Wade, diretor do DBT Center e Professor de Inovação e Estratégia no IMD. "Os disruptores mais bem-sucedidos empregam o que nós chamamos de ‘perturbação disruptiva’, na qual várias fontes de valor - custo, experiência e plataforma - se fundem para criar novos modelos de negócios e ganhos exponenciais."

O termo "Digital Vortex" (“Furacão Digital”) descreve a força motriz criada pela digitalização de todos os setores e como as empresas estão sendo inevitavelmente puxadas para o centro do fenômeno. A pesquisa Digital Vortex, sobre os desafios e oportunidades oferecidos pela disrupção digital, é um primeiro passo importante do DBT Center no que será uma jornada de cinco anos para o IMD, Cisco, e um ecossistema de outras organizações parceiras.



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