domingo, 5 de junho de 2016

Cotação do dólar: entenda como funciona




Se você é uma pessoa minimamente antenada a questões econômicas, já deve ter percebido o quanto a cotação do dólar varia em nosso país. Apesar de ter se mantido relativamente estável nos primórdios da implantação do Plano Real, em 1994, a taxa de câmbio da moeda americana vem flutuando com bastante frequência, especialmente em períodos políticos e econômicos conturbados, como o que estamos vivendo atualmente no Brasil.

Mas você consegue entender como funciona esse vai e vem do dólar e o por quê de a cotação variar tanto? No post de hoje, iremos esclarecer quais os fatores que mais influenciam na valorização e desvalorização dessa moeda no mercado brasileiro. Confira!

Cotação do dólar: entenda como funciona

O que, afinal, rege a cotação do dólar?

O dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos, a maior economia mundial. Por isso, quase a totalidade das transações internacionais realizadas no mundo são feitas em dólar.

Obviamente, qualquer alteração ou flutuação da economia norte-americana, terá um efeito favorável ou desfavorável na cotação da moeda em diversos países do mundo. Falando especificamente do Brasil, a cotação do dólar varia conforme qualquer outro produto: é regida pela lei da oferta e da procura.

Mas o que significa isso? É simples: quando há muita moeda americana em circulação no país, ou seja, muita oferta, o preço do dólar cai. Se, do contrário, houver pouca disponibilidade, o preço tende a subir.

Controle da oscilação da cotação do dólar no país pelo Banco Central

Economistas que trabalham para o governo, comumente tentam controlar a oscilação da cotação do dólar no país através do Banco Central. Quando há dólar demais em circulação, o BC compra verdinhas, o que faz com que o preço suba.

Com o dólar alto, a estratégia do banco é vendê-las, saturando o mercado e fazendo o preço cair. Essa estratégia, apesar de ser muito aplicada, nem sempre funciona.

O que questões políticas têm a ver com a cotação?

Cenários políticos instáveis costumam aumentar o chamado “risco-país”, que mede a confiança do investidor estrangeiro em realizar transações internacionais em determinado país. Com o risco-país alto, esses investidores ficam receosos de injetar dinheiro, desistindo dos investimentos.

Há, então, uma retirada massiva de dólares de circulação, o que, conforme a lei da oferta e da procura, culmina na alta da moeda americana. Além disso, estratégias de contenção de inflação e diminuição das taxas de juros também costumam repelir investidores estrangeiros, visto que diminuem as margens de lucros das transações internacionais. Com isso, a moeda americana tende a subir.

Por que há diferenças na cotação do dólar?

A taxa de câmbio no Brasil é flexível. Isso quer dizer que ela é negociada livremente por quem compra e por quem vende. Apesar de o Banco Central divulgar diariamente a taxa praticada entre os bancos, ela não é obrigatória e serve apenas como referência.

Além disso, existem duas cotações de dólar em nosso país. Aquela aplicada a empresas e bancos em transações de importação e exportação, denominada dólar comercial. E a cotação aplicada a quem compra a moeda em espécie e a quem gasta em cartões de crédito, o chamado dólar turismo, que sempre é mais caro do que o dólar comercial.

Isso ocorre porque as empresas que realizam esse tipo de transação acabam tendo gastos de transporte, seguro e carro forte, que acabam sendo incluídas no preço final. Trata-se da comercialização de um produto físico, o que, obviamente, o torna mais caro.

Momento do Administrador, Victor Leitão - 05 junho 2016.


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