quinta-feira, 2 de junho de 2016

10 Dicas faceis para organizar a sua vida financeira de vez




Especialista em finanças alerta que o dinheiro não pode ser visto como vilão, mas como o caminho para que você realize seus sonhos, metas e objetivos. Confira

A cada dia, mais mulheres têm se interessado por finanças. Talvez, a atual situação econômica do país tenha motivado um cuidado extra nessa área. No entanto, ainda percebo certa angústia por parte das mulheres quando o assunto é dinheiro. Sim, é claro que existem aquelas que têm total controle das finanças, mas o fato é que elas ainda são exceção.

Isso não ocorre por acaso, pois o grande vilão do descontrole financeiro tem duas causas principais: a falta de conhecimento sobre o assunto e a ideia de que entender sobre finanças é difícil. Ao deixar esses mitos tomar conta de suas ideias, você deixa de pensar sobre o assunto, pois isso pode trazer a falsa ideia de que aprender sobre finanças é muito complicado. E, na verdade, você precisa de muito pouco para começar a se planejar financeiramente, mesmo sem entender muito. Basta investir um pouco de tempo em leitura, ter consciência e muita vontade de mudar.

Motivadas pelo desejo de transformação, há quatro meses um grupo de mulheres se uniu para entender o que, até então, para elas era quase impossível dominar: seu próprio orçamento financeiro. Fundaram um grupo que debate sobre Finanças Pessoais, Economia e Investimentos. Este grupo, que atualmente conta com quase 600 mulheres, não poderia ter um nome mais propício: Show Me The Money (Mostre-me o Dinheiro)!

Neste grupo secreto de uma rede social e através de um aplicativo de troca de mensagens instantâneas, mulheres se ajudam, trocam experiências e compartilham muito conhecimento. Isso nos permite perder o medo do assunto e também empoderar mulheres para que possam sentir-se mais seguras para debater sobre o tema com a família, os amigos e até mesmo com o gerente de banco.

Para as integrantes do Show Me The Money!, o mundo vai além das planilhas, orçamentos e cálculos, ele é feito de ajuda mútua. E justamente por isso uma das participantes, especialista em Planejamento de Vida e Finanças Pessoais que ajuda muitas mulheres, esclarece as principais dúvidas sobre o tema.

O nome dela é Fernanda Prado, ela é planejadora financeira e acredita que nem sempre “tempo é dinheiro”. A especialista prefere pensar que “tempo é vida”. Mas para que você possa aproveitar ao máximo sua vida, Fernanda afirma que é preciso, sim, cuidar do seu dinheiro, visto que esse recurso é um meio para todas as suas conquistas.

Pensando nisso, fui conversar com Fernanda e ela compartilhou comigo 10 dicas para fazer seu planejamento financeiro sem erros. Aproveito o espaço aqui para dividir esses “truques” com você, rumo aos primeiros passos para sua liberdade financeira.

Vamos lá?

Compreenda o verdadeiro significado do dinheiro

Muitas pessoas têm crenças negativas em relação ao dinheiro, mas é preciso entender que o dinheiro, por si só, não é bom ou ruim.

Tudo vai depender da maneira como você o utiliza em sua vida, no seu dia a dia.

Entenda que ele é apenas um meio para adquirir coisas, metas e sonhos, como a sua casa própria, seu carro, um MBA, aquela viagem tão desejada ou uma experiência marcante em família.

Construa um orçamento pessoal ou familiar

Toda pessoa ou família deve ter um orçamento com a lista de todos os recebimentos e pagamentos.

Isso faz com que se tenha consciência da situação financeira atual, sendo possível analisar os hábitos de consumo.

Uma boa maneira de estruturar um orçamento é dividi-lo em categorias (família, filhos, imóvel, carros…) e subcategorias, discriminando todos os itens (gastos) associados a cada categoria.

Quais pagamentos considerar no orçamento?

Inclua no seu orçamento o mapeamento das dívidas, gastos e investimentos. Todos esses itens devem ser considerados pagamentos, ou seja, são obrigatórios.

As dívidas (quando existem) representam algum “empréstimo” que você contraiu para assegurar sua qualidade de vida no passado.

Os gastos indicam sua qualidade de vida no presente e podem ser divididos em frequentes (ocorrem pelo menos uma vez por mês no orçamento – ex.: alimentação, transporte, lazer etc.) e eventuais (ocorrem em algum momento específico durante o ano – ex.: IPVA / Licenciamento / DPVAT, matrícula da escola dos filhos, IPTU integral etc.).

Por sua vez, os investimentos vão assegurar a qualidade de vida desejada por sua família para o futuro de curto, médio e longo prazo.

Defina metas para o seu orçamento

Ao incluir metas no seu orçamento, você saberá qual percentual – dentro do que você recebe – está destinado para cada tipo de pagamento.

Se existem dívidas, por exemplo, quanto do seu orçamento já está comprometido com as parcelas a pagar?

Observe ainda quanto precisa poupar e investir mensalmente para atingir seus objetivos? E quanto reservará para gastos com mercado, transporte, lazer, cuidados pessoais e demais itens do presente?

Dessa forma, toda a sua renda terá um destino certo no seu orçamento.

Tenha uma ferramenta para controle financeiro

Uma vez estruturado seu orçamento, com todos os itens e metas definidas, você precisa registrar seus recebimentos e pagamentos.

Você pode utilizar uma planilha ou um aplicativo para celular, mas lembre-se de ser rigorosa nos lançamentos. Não basta registrar apenas as maiores despesas, pois os pequenos gastos podem representar um percentual considerável do seu orçamento.

Renegocie suas dívidas

Dívidas devem ser tratadas como prioridade financeira, ok?

Geralmente, os juros são elevados e corre-se o risco de virarem uma bola de neve com o passar dos meses. Então, antes de poupar e investir, faça uma lista com todas as suas dívidas, valores e taxas e procure seus credores para renegociar o pagamento.

Além da recomendação de trocar dívidas com juros mais altos por outras mais baratas, pode ser necessário alongar o quitação ao optar por parcelas menores, mas elevando o custo total.

Para saber o que melhor se adequa ao seu contexto, é importante conhecer detalhadamente seu orçamento para que assuma um novo acordo com o qual terá capacidade de honrar.

Mensalize seus gastos eventuais

Todas as famílias têm gastos eventuais no orçamento.

Em vez de tratá-los apenas no mês de ocorrência, faça uma “gestão de envelope”, poupando uma quantia mensalmente para pagar essa dívida futuramente e, de preferência, à vista.

Quer um exemplo?

Vamos supor que você pague R$ 1.200,00 de IPVA, licenciamento e DPVAT do seu automóvel anualmente. Se dividirmos essa quantia por 12 meses, chegaremos a conclusão de que, se você poupar R$ 100,00 por mês, terá o total necessário para quitar à vista essa despesa.

Faça a lista de todos os itens eventuais do seu orçamento e descubra quanto precisa poupar mensalmente para cada um deles.

Isso fará com que seu orçamento tenha uma certa linearidade todos os meses e você não será “surpreendido” com essas despesas, correndo o risco inclusive de perder o controle e endividar-se.

Gaste menos do que ganha

Essa parece ser uma recomendação simples e óbvia, mas muitas pessoas acabam excedendo seu orçamento ao comprometerem-se com gastos, principalmente parcelados, que vão além das suas possibilidades.

Se for essa a sua situação, você tem dois caminhos a seguir: reduzir suas despesas ou aumentar a sua renda.

Para enxugar gastos, comece por aqueles que são supérfluos ou desnecessários, que pode-se viver bem sem tê-los ou que podem ser mantidos no orçamento, mas reduzindo o custo.

Fuja do crédito fácil

As ofertas de crédito estão cada vez mais acessíveis. Muitas pessoas encaram a tomada de empréstimos como parte de sua rotina financeira e, por isso, acabam pagando elevadas taxas de juros.

É fundamental mudar essa cultura do endividamento para o hábito do planejamento.

Empréstimos devem ser considerados como a última alternativa e não como um processo rotineiro.

Todas as vezes que quiser adquirir algo de valor substancial, poupe e invista para esse objetivo, utilizando o benefício dos juros a seu favor.

Facilite sua gestão financeira

Opte por ter contas bancárias em uma ou, no máximo, duas instituições financeiras diferentes. Isso fará com que você tenha menos tarifas a pagar pelos pacotes de serviço e transações realizadas. Além disso, use, geralmente, apenas um cartão de crédito com limite suficiente para cobrir seus gastos mensais.

Concentrar os gastos em um único cartão facilita o controle financeiro e, ainda, aumenta a possibilidade de obter recompensas nos programas de fidelidade, visto que pontos são acumulados mais rapidamente.

Momento do Administrador, Gisele Meter - 02 de junho 2016.


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