quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Prós e contras de fazer carreira em um único emprego

Você prefere se aventurar ou permanecer na mesma posição? Conheça as vantagens e desvantagens de adotar a segunda opção




Hoje, currículos que apresentam mobilidade funcional e empregatícia se destacam no mercado de trabalho, porque afastam o estigma da acomodação do profissional. Mas nem sempre foi assim. Há alguns anos, um longo período em uma mesma corporação indicava respeitabilidade e compromisso com os objetivos da empresa.

“Para o bom profissional, essa mudança comportamental não surte efeitos práticos. Por mais que nos dias de hoje os currículos mais movimentados tenham peso, não significa que um profissional que tenha construído toda a sua carreira em uma mesma empresa tenha perdido o seu espaço. É preciso analisar caso a caso”, conta Fernando Camilo, sócio da Kaminarh Consulting, empresa de recursos humanos.

É necessário também avaliar o contexto histórico. Todas essas mudanças são decorrentes das próprias transformações pelas quais passou - e ainda passa -, a economia mundial com o advento da globalização e seu consequente impacto na relação entre trabalhadores e empresários. Processos de terceirização, o maior dinamismo das estruturas hierárquicas e a incerteza da demanda criaram desafios e oportunidades para ambos os lados. Em razão disso, são discutidas, com frequência, as vantagens e desvantagens de um profissional permanecer por toda a sua vida funcional em uma mesma organização.

Fernando aponta, abaixo, os prós e contras do emprego único:

Prós:

Perfil profissional que transmite credibilidade, confiança, respeito;

Funciona como o arquivo vivo da empresa por conhecer a história, as pessoas e os procedimentos;

Motivação e orgulho;

Possui condições de uma vida financeira serena, sem altos e baixos;

Há um alto grau de certeza sobre suas decisões, pois há previsibilidade.

Contras:

Perda de oportunidades de desenvolvimento profissional e crescimento de salário;

Não vivenciou os desafios da mudança, a gangorra da incerteza e a dúvida do amanhã;

Pode ser visto pelas empresas como uma pessoa acomodada, pouco ambiciosa, sem horizonte;

Contexto profissional com nenhuma ou pouca novidade, pois os assuntos e pessoas são os mesmos;

Imagem pode ser ligada ao despreparo para enfrentar as adversidades do mundo corporativo.



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