Página no Facebook divulga fotos de cardápios com preços
altos e estimula os usuários a não pagarem
Misto quente a R$ 20, porção de camarão a R$ 90. Esses são
os preços cobrados em uma barraca na praia de Ipanema. A imagem da comanda foi
publicada na internet e vários consumidores ficaram impressionados com os
valores injustificados dos produtos, mas está longe de ser um caso isolado. Nos
últimos dias, os preços no Rio de Janeiro têm subido de forma aviltante.
Para protestar contra os altos valores cobrados pelos
comerciantes, os cariocas Flávio Soares, Daniela Nameeles e Andréa Cals criaram
a página Rio Surreal. Na fanpage, são publicadas imagens com os preços
considerados abusivos pelos consumidores.
Já o webdesigner Toinho Castro propôs a criação do
"$urreal" moeda alternativa ao "Real" -- mais adequada à
realidade do Rio, segundo Castro. A jornalista Patrícia Kalil se encarregou de
usar o rosto do pintor surrealista Salvador Dalí para ilustrar as
"cédulas".
Segundo Andréa Cals, um dos fatos que motivou a criação da
página foi a venda de um picolé a R$ 20. Diariamente, os responsáveis recebem
mais de mil e-mails com fotografias de cardápios e anúncios mostrando os preços
extravagantes. Em uma postagem, a página denuncia que um shopping passou a
cobrar até pela utilização dos banheiros: na porta desses locais há uma
catraca, onde o consumidor deve pagar R$ 3 reais para usar.
Soares afirma que, com a iniciativa, alguns comerciantes já
começaram a baixar os preços: o coco vendido na praia de Copacabana, por
exemplo, que custava R$ 6, teve seu preço reduzido para R$ 4. O movimento já ganhou
adeptos em outras capitais brasileiras.
Além de protestar, o objetivo é incentivar os consumidores a
não pagarem valores que considerarem abusivos e a reivindicarem seus direitos.
Uma tendência que está voltando entre os moradores do Rio de Janeiro é a
prática de levar alimentos de casa para a praia -- popularmente conhecida como
"farofa".
De acordo com o Procon, o aumento injustificado de preços é
proibido por lei, mas o Código de Defesa do Consumidor não define o que é preço
abusivo. Para efeitos práticos, o órgão entende que preço abusivo é aquele que
está muito acima da média do mercado.
Fonte: Administradores
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