Conheça maneiras de negociar com os predadores do mundo
corporativo
Com um olfato aguçado e visão periférica, os tubarões são
uma máquina de caça completa. Eles sentem o cheiro de sangue e sabem a hora de
atacar. Perto deles, humanos se tornam frágeis e indefesos. Entretanto, não é
preciso ir até o mar para encontrar essas criaturas temidas e fascinantes, já
que o universo corporativo também está repleto desses predadores. “Os
negociadores tubarões”, como são chamados pelo autor Jorge Menezes no livro
“Aprenda a negociar com tubarões”, geralmente ocupam altos cargos nas
companhias e costumam deixar um rastro de sangue por onde passam.
Para evitar que esses negociadores façam novas vítimas,
Menezes elencou algumas estratégias de “sobrevivência”. “Esta espécie de
negociador já deixou mais vítimas em sua carreira do que muitos tubarões nos
oceanos. O pior é que está cada vez mais difícil identificar esses tubarões
corporativos, pois eles já evoluíram e refinaram suas técnicas de abordagem a
tal ponto que muitas das vezes só percebemos seu ataque quando já é tarde
demais”, afirma o autor.
Veja abaixo sete maneiras de negociar com tubarões:
1) Técnica do Cavalo de Troia
A história de como os troianos foram derrotados pelos gregos
já é bem conhecida. Durante a guerra de Troia, os exércitos da Grécia tentavam
invadir a cidade oponente. Sem sucesso, eles criaram um cavalo que seria um
“pedido de paz”, mas que na verdade escondia milhares de soldados dispostos a
massacrar Troia. Menezes adapta esta história ao contexto das negociações
afirmando que é preciso disfarçar nossas verdadeiras intenções. Manter nossos
objetivos em segredo o maior tempo possível dificulta as estratégias desse tipo
de negociador.
2) Tática de criar
valor com a escassez
O autor destaca a importância de valorizar cada concessão
que você fizer. Para ele, é preciso deixar o tubarão com a sensação de que ele
conseguiu extrair algo muito valioso na negociação. Nesse sentido, ele cita o
“Ciclo das Oportunidades” – que explica os períodos de escassez e abundância do
ser humano – quem estiver passando por períodos de escassez deve valorizar
muito cada concessão e explorar a vaidade dos tubarões.
3) Tática da imprevisibilidade
Menezes ressalta mais uma vez a importância de surpreender
os negociadores. Aqui, ele aconselha a ser moderado com as suas palavras,
evitando expor mais que o necessário. “A previsibilidade
nos torna um alvo mais fácil de alvejar do que um alvo em
constante movimento. É por este motivo que a tática da imprevisibilidade se
mostra tão eficaz”, afirma o livro.
4) Tática do caçador
Ao negociar com tubarões, seja também um caçador. O livro
explica que podemos incorporar ao universo corporativo técnicas de caça aos
lobos. Para capturar esses animais, os profissionais estudam seus hábitos e a
rotina. Conhecendo o comportamento, podemos nos aproximar da maneira mais
favorável possível.
5) Tática da valorização da presença
Quando estamos muito disponíveis, passamos a imagem de que
precisamos mais dos nossos oponentes que eles de nós. Por isso, o autor
aconselha que você não permita que as pessoas se acostumem tanto com a sua
presença. Sua agenda deve ser algo especial e deve passar uma mensagem de que
você tem muito a oferecer às pessoas.
6) Tática da máscara de lebre
“Vista-se como uma lebre para matar o tigre”. Essa expressão
milenar chinesa lembrada pelo livro aconselha aos negociadores que eles se
mostrem inofensivos diante de seus oponentes, para que assim eles mostrem seu
verdadeiro caráter. “Quando nossos oponentes acreditam que não representamos um
perigo real, relaxam a guarda e deixam suas defesas desprotegidas”, conclui o
autor.
7) Tática do vazio
emocional
“Todos nós temos vazios emocionais que desejamos preencher.
Quando preenchemos o vazio do oponente, damos a ele uma sensação de satisfação
e felicidade”, afirma o livro. De acordo
com o autor, essa tática joga com o comportamento humano e suas carências. Procure
conhecer as necessidades dos seus opositores.
8) Tática do camaleão
Para negociarmos bem, muitas vezes precisamos camuflar
nossas habilidades. Isso confunde o tubarão, que, por sua vez, pensa que está
no comando da situação. O camaleão se confunde com o meio ambiente para fugir
de certos predadores e você pode adaptar essa característica na sua carreira.
Fonte: Administradores
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