Jesse Eisenberg interpreta o criador do Facebook em ótimo
filme de David Fincher
Em 2003, o jovem estudante Mark Zuckerberg revolucionou o
mundo das redes sociais ao lançar o site de relacionamentos Facebook. Sete anos
depois, sua controversa trajetória de ousadia e empreendedorismo chega ao
cinema para se tornar um dos melhores filmes de 2010. A cinebiografia “A Rede
Social”, dirigida por David Fincher e protagonizada por Jesse Eisenberg,
sintetiza o espírito inquieto da geração da internet, debruçando-se sobre um
dos maiores nomes da era digital e elevando-o ao status de porta-voz dos
jovens que povoam o mundo virtual
através de redes sociais.
A trama começa como a velha história do nerd expert em
informática que quer ser popular com as garotas, mas não consegue entrar para o
grupo dos descolados ou dos atletas. Mark Zuckerberg (Eisenberg), um estudante
da prestigiosa Universidade de Harvard (EUA), encontra um caminho
mais audacioso para angariar atenção e reconhecimento – com
o suporte financeiro de um abastado colega, o brasileiro Eduardo Saverin
(Andrew Garfield), ele lança o Facebook com o intuito de recriar virtualmente o
ambiente de experiências sociais da faculdade.
O sucesso instantâneo do site transforma Mark em um popstar
tão admirado quanto odiado. Além dos irmãos Tyler e Cameron Winklevoss
terem-lhe acusado de copiar o projeto do site Harvard Connection, para o qual
foi convidado antes de criar o Facebook, o próprio Eduardo voltou-se contra ele
na Justiça para obter maior participação nos lucros do serviço. Com inabalável
confiança e surpreendente obstinação, o controverso gênio do Facebook mostra-se
alguém que não hesitou em
fazer alguns inimigos para se tornar o mais jovem bilionário
do mundo.
A trajetória bem-sucedida de Mark Zuckerberg pode ser
coalhada de controvérsias, desafetos e mesmo episódios de conduta moral
questionável, mas o mérito do longa de Fincher é conseguir mostrá-lo como um
visionário que personifica a geração de empreendedores que floresce no
convidativo mundo de caminhos abertos da era digital da informação.
Em consonância com a democratização dos quinze minutos de
fama no YouTube e a horizontalização da informação no Twitter, “A Rede Social”
é uma narrativa inspiradora sobre as múltiplas oportunidades adormecidas no
terreno fértil da internet 2.0, quando os consumidores de conteúdo voltam os
holofotes da indústria cultural para si mesmos e se tornam inventores de novas
ferramentas comunicacionais.
Fonte: Administradores
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