sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Em tradicional carta de janeiro, Bill e Melinda Gates defendem a caridade como forma de mudar o mundo

Segundo os Gates, ainda há inúmeros problemas no planeta, mas a vida para a maioria das pessoas vem melhorando substancialmente a cada ano




Melinda e Bill Gates, a cada janeiro, nos últimos 5 anos, publicam uma carta para informar o que foi realizado pela fundação criada pelo casal, a Fundação Bill e Melinda Gates. Nste ano, preocupados com o que chamaram de “mitos” sobre projetos de caridade mantidos por milionários como eles, os dois decidiram abordar o assunto por outra perspectiva. A carta de 2014 foi focada em “desmistificar” o que eles chamam de “os três principais mitos de ajuda externa”.

Segundo os Gates, ainda há inúmeros problemas no planeta, mas a vida para a maioria das pessoas vem melhorando substancialmente a cada ano. “Melinda e eu estamos revoltados pelo fato de que 6 milhões de criaças morreram no ano passado. Porém, estamos motivados pelo fato de que este número é o menor já registrado. Queremos garantir que ele continue diminuindo”, afirma Gates.

A ideia principal do texto é quebrar com a visão sombria que as pessoas têm do futuro e passar a mensagem de que, ao contário do que muitos pensam, o mundo está progredindo. Os três mitos apresentados e que eles argumentam para desconstruir: 1 – países pobres serão sempre pobres; 2 – caridade não funciona; 3 – salvar vidas contribui para a superpopulação (!).

A defesa das ações de caridade por parte de milionários, como o próprio Gates, é um dos pontos chave da carta. Coincidentemente, o texto foi publicado poucos dias após a ONG Oxfam divulgar um relatório criticando a concentração de renda e informando que a riqueza das 85 pessoas mais ricas do mundo (Gates é o número 1 da lista) é equivalente à das 3,5 bilhões mais pobres.



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