O marketing passou por diversas fases em sua recente
história no Brasil: 1ª fase na década de 1950, 2ª fase em 1960, 3ª fase nos
anos 1970, 4ª fase 1980, e 5ª fase nos anos 1990 e início do século XXI
Foi a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da
Fundação Getúlio Vargas, em 1954, que introduziu o conceito de marketing, ou
mercadologia no Brasil. Tendo sido aportuguesada a palavra marketing no final
de 1980.
A partir daí o marketing passou por diversas fases em sua
recente história no Brasil: 1ª fase na década de 1950, 2ª fase em 1960, 3ª fase
nos anos 1970, 4ª fase 1980, e 5ª fase nos anos 1990 e início do século XXI.
1ª Fase do Marketing no Brasil – 1950 – O início de uma
história
No Brasil da década de 1950 houve uma rápida aceleração da
economia em consequência do espirito otimista que pairava em virtude dos ideais
de Juscelino Kubitschek e da implantação da televisão no país. Vale atentarmos
para o detalhe de que o marketing nessa primeira fase era absolutamente
primitivo, até mesmo porque o Brasil tinha uma economia baseada no campo e as
pessoas que viviam nas cidades não tinham recursos financeiros ou mesmo a
concorrência era quase que totalmente inexistente.
Foi justamente nesse período que houve a vinda e
desenvolvimento de grandes organizações com suas marcas que fizeram história e
detém de boa parte da fatia do mercado consumidor até hoje a exemplo de Leite
Moça, Maizena, etc. Essas marcas souberam usar bem, apesar da escassez de
recursos técnicos, os meios de que dispunham: rádio, revistas e jornais.
Divulgando seus produtos de modo tão que ficaram até hoje na memória de muitos
brasileiros como produtos únicos, confundindo-se até mesmo a marca e o produto
em si.
As agências de publicidades desenvolviam as propagandas com
base no que empresas americanas determinavam, ou seja, ninguém tinha muita
liberdade para criar ou quando tinham essa liberdade não tinham criatividade
suficiente para desenvolver uma boa campanha. Mas houve uma minoria que decidiu
abrasileirar o marketing principalmente nas propagandas das telenovelas que
fazia sucesso no rádio.
Nesse momento o marketing começou a ser estudado. Foi a
Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas,
em 1954, que introduziu o conceito de marketing, ou mercadologia no Brasil.
Tendo sido aportuguesada a palavra marketing no final de 1980.
2ª Fase – 1960 – O Marketing sobreviveu ao golpe
Já no início dos anos sessenta os profissionais da
propaganda e vendas tiveram de frear suas expectativas, pois devido ao golpe
militar a economia teve uma forte queda. Somente do final dos anos sessenta a
economia voltou a crescer e pode-se fazer mais investimentos no marketing.
Investimentos em comunicação e transportes foi o combustível
que proporcionou ao marketing um impulso junto ao crescimento aparente onde os
consumidores e produtores tiveram a facilidade de uma nova estrutura do sistema
de mercado.
Mas o que realmente proporcionou uma contribuição bastante
significativa no desenvolvimento do marketing foi a logística facilitada pela
construção de rodovias e ferrovias fazendo crescer redes de lojas
especializadas como nunca antes visto no Brasil.
Foi também nesse período que houve um considerável
crescimento dos investimentos em propaganda fazendo crescer as agências de
publicidade em todo o país, em especial o eixo Rio-São Paulo que é referência
no desenvolvimento da propaganda nacional.
3ª Fase – 1970 – Brasil brincando de rico
Anos setenta, o Brasil tem um explosão de crescimento
aparente contraindo empréstimos junto aos bancos internacionais e mesmo
nacionais. Nesse primeiro momento o Marketing teve uma ótima oportunidade, pois
os consumidores tinha poder de compra e a inflação estava aparentemente sob
total controle.
Mas o detalhe crucial para o Brasil na época foi o fato de o
mundo sofrer uma crise de petróleo atrapalhando o desenvolvimento industrial,
principalmente, crescíamos a incríveis médias de 10 % ao ano. E com certeza o
marketing foi o principal beneficiário levando em conta que o mercado
consumidor estava aquecido em virtude da fartura de recursos disponíveis.
Vale lembrarmos aqui também que como o consumidor estava
comprando mais as indústrias também precisavam produzir mais e isso fez com que
os gestores não investissem mais ainda em estratégias de marketing para
investirem nos processos de produção das fábricas. Mesmo assim o marketing não
foi abandonado, pois os industriais perceberam que precisavam ser lembradas
pelos consumidores para poderem vender suas produções. Surgira então o
Marketing de relacionamento com o cliente, ou marketing de consumo.
4ª Fase – 1980 – Chegaram as contas
Nos anos 1980 chega a hora de o Brasil pagar a dívida. O
dinheiro tinha que ser tirado de algum lugar, então foi tirado justamente das
famílias consumidoras. As vendas despencaram, os investimentos foram subtraídos
drasticamente e o Brasil parou de brincar de rico. A inflação ficou sem controle
total e o período entre 1980 e 1995 foi chamado de “anos das ilusões perdidas”.
A economia estagnou, os programas de investimentos foram
interrompidos, o marketing perdeu importância levando em conta que não fazia
sentido investir em algo que não seria útil já que as famílias não podiam
comprar de tudo, apenas o básico.
Apesar de tudo isso houve ainda um ponto positivo nesse
período, visto que se aprendeu a lidar com recursos disponíveis e situações de
crise por parte dos profissionais e até mesmo das famílias.
5ª Fase – 1990 – Uma nova moeda
Década de 1990, finalmente surge uma luz no fim do túnel. Há
a retomada do crescimento especialmente após o plano real, e o marketing voltou
a receber investimentos, tornou-se então mais científico e orientado para
resultados.
O uso intensivo da informática proporcionou uma economia
bastante considerável no processo de vendas assim como o surgimento da
necessidade de treinamento de pessoal. Surge nessa década a chamada “gestão de
risco” devido a preocupação que investimentos não tenham o retorno esperado e
necessário.
Vemos aqui que o marketing passa a ter uma aparência mais
flexível, ágil e adaptável para um mercado de consumidores mais exigentes e
metamórficos.
Marketing no século XXI
Com o advento da globalização do mercado tem-se a
necessidade de uma abordagem voltada para o mundo como um mercado único. Vemos
atualmente que desenhistas europeus fazem seus projetos e estes são executados
na América e vice-versa. Assim como devido a empresas serem multinacionais suas
campanhas são em sua maioria as mesmas em todas as filiais em todos os países
do mundo.
Ao passo que é importante destacarmos também que não existe
a possibilidade de todas as marcas terem o mesmo público e valor de mercado tal
qual Apple, Google, Coca-Cola, etc. tendo em vista essa condição vemos que não
faz sentido uma empresa do segmento de desenvolvimento de softwares e
smartphones que nasce hoje atacar diretamente a Apple que é hoje a marca mais
valiosa do mundo.
Fonte: Administradores
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