Falar em público é algo que ainda assusta muita gente.
Especialista dá dicas para se aperfeiçoar na hora de encarar esse momento
No decorrer da história, o poder da oratória sempre foi
utilizado como uma das mais importantes formas de influenciar as outras
pessoas. Hoje, isso não é tão diferente. Saber se comunicar é uma das
competências que as empresas mais buscam nos profissionais.
“Quem fala bem, de forma articulada e sensata, consegue
defender melhor suas ideias, produtos ou serviços e influenciar positivamente
as pessoas”, afirma Stephan Lucas, professor de comunicação da Universidade
Estadual da Pensilvânia, EUA, e autor de "A Arte de Falar em
Público", lançamento da Bookman Editora. Ele reforça que essa capacidade
melhora a performance de profissionais em entrevistas de emprego, reuniões,
negociações e no relacionamento interpessoal.
No entanto, falar em público é algo que ainda assusta muita
gente. Não faltam pessoas que se sentem acuadas quando, em algum momento, surge
ou é preciso se expor para outras pessoas. Para ajudar nesse momento, o
especialista Stephan Lucas elencou oito dicas que podem favorecer e melhorar a
habilidade de se falar em público. Veja abaixo as dicas do professor:
1 – Use o nervosismo a seu favor
Se você fica tenso ao falar em entrevistas de emprego,
reuniões e apresentações, saiba que a maior parte dos grandes empresários e
oradores sentem o mesmo. O segredo é utilizar essa tensão a seu favor,
transformando-a no que os psicólogos chamam de nervosismo positivo. Dessa
forma, é possível controlar e até retirar forças desse sentimento, deixando de
ser vítima dele.
A principal maneira de vencer o nervosismo negativo é
estimular pensamentos e imagens mentais positivas. “Para cada pensamento
negativo, é preciso criar cinco positivos”, diz o especialista. Entender que
apenas uma pequena parcela da tensão de uma pessoa é percebida pelas outras e
evitar o perfeccionismo também ajudam a lidar com o sentimento.
2 – Aprenda a escutar
A maioria das pessoas ouve de forma passiva, sem
efetivamente absorver o conteúdo. Para ser um ouvinte ativo, é preciso
desenvolver esse hábito com treinamento e disciplina. Algumas ações podem
ajudar: esforce-se para compreender o ponto de vista do orador; não interrompa
e nem conclua as frases antecipadamente; não se deixe distrair por
interferências internas ou externas; e não julgue o interlocutor.
“O foco é outro item essencial a um bom ouvinte. Como
pensamos mais rápido do que ouvimos, é fácil deixarmos nossa atenção escapar”,
afirma o especialista. Ele conta que uma dica para manter a mente focada é
pensar à frente do orador e tentar prever o que vem em seguida, com o cuidado
de não tirar conclusões precipitadas. Outra forma de manter a mente atenta é
revisar mentalmente o que o orador disse e confirmar se você de fato
compreendeu.
3 – Desenvolva seu pensamento crítico
Às vezes as pessoas sentem que têm as informações corretas,
que o argumento do outro está errado, mas não conseguem se expressar de forma
efetiva. A questão é: falar bem exige aprender a pensar bem, para ter a
capacidade de organizar e enxergar com clareza as relações entre as ideias.
Atividades como leitura, exercícios de raciocínio crítico e
interpretação de textos e palestras ajudam a desenvolver o pensamento crítico.
Assim, é possível aprender a identificar pontos fracos no argumento do outro
para evitá-los em seus próprios argumentos.
4 – Use exemplos
Os exemplos ajudam a esclarecer e reforçar as ideias. Eles
transformam ideias abstratas em concretas e compreensíveis aos ouvintes.
Ensaiar a narração de exemplos longos é uma boa maneira de deixá-los mais
interessantes, já que eles são como histórias e dependem tanto da forma como
são contados quanto do conteúdo. “As pessoas em geral são mais influenciadas
por exemplos claros e pessoais. Mas exemplos que trazem dados estatísticos
também podem ser úteis em determinados momentos”, comenta Lucas.
5 – Não seja etnocêntrico
Convivemos, nas várias esferas da nossa vida, com pessoas de
diferentes descendências, culturas e religiões. Isso exige cuidado com a crença
de que nosso grupo ou cultura é superior aos outros – chamada de etnocentrismo.
Nesse sentido, devem ser evitadas comparações que identificam um grupo como
melhor do que outros. Para ser um comunicador persuasivo em um mundo
multicultural, você̂ precisa ter em mente que as pessoas têm crenças e costumes
diferentes.
6 – Planeje
Sempre planeje o que você irá falar em ocasiões importantes
como entrevistas, reuniões, negociações e apresentações. Procure organizar as
suas frases da maneira mais objetiva possível e defina onde quer chegar com
cada uma. Também é importante definir as etapas da sua fala; começo, meio e fim
devem estar bem divididos. Outro ponto fundamental é se preparar para os
possíveis questionamentos sobre os seus argumentos.
7 – Seja ético
Quando expomos uma ideia, assumimos a responsabilidade por
ela. Por isso, é importante avaliar se os seus argumentos são eticamente
fundamentados. Você acredita no que fala? Suas frases são coerentes com o bem
estar dos demais? Em entrevistas de emprego ou negociações, por exemplo, é
importante encontrar o equilíbrio para vender bem seu
trabalho ou produto/serviço de forma verdadeira. Não é novidade que mentir em
entrevistas de emprego e negociações pode trazer consequências bastante
negativas, já que a verdade sempre acaba vindo à tona.
8 – Preste atenção na linguagem
Durante a comunicação, a linguagem utilizada deve ser
precisa e clara. Para utilizar as palavras com precisão, reflita sobre o que
você quer dizer, exatamente. O dicionário é um bom aliado nesse caso. Utilizar
palavras familiares e concretas e evitar a redundância são formas eficazes de
deixar as frases mais claras e ser imediatamente compreendido pelos ouvintes.
Fonte: Administradores
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