Segundo Schumpeter (1982), o empreendedor auxilia na mudança
dos paradigmas atuais, a medida que inserem-se novas tecnologias de processos e
produtos no mercado, fazendo com que este se reposicione. Comenta também que
uma população sem empreendedores torna-se um fator limitante no processo de
desenvolvimento econômico do lugar. Para este o empreendedor é como motor da
economia, o agente de inovação e mudanças, capaz de desencadear o crescimento
econômico.
O empreendedor que atua como empregado de uma organização
foidescrito por Pinchot III (1985), como intra-empreendedor, ou seja, aquele
que supera osobstáculos organizacionais e seus entraves, demonstrando por meio
de atitudes, o que se pode obter quando um colaborador toma iniciativas
construtivas dentro da empresa. Tal sujeito demonstra o desejo de que
asatividades fluam melhor, a motivação pela realização de seu trabalho e a
vontadede executar novas idéias. Logo,tal conceito define as pessoasque, dentro
do ambiente detrabalho, procuram oportunidadese aproveitam paradesempenhar
melhor suas atribuições e trazer crescimentopara sua empresa e/ou setor
(MARQUES, 2007).
Tendo em vista a evolução das relações de trabalho, bem como
a necessidade de prestar/receber informações úteis ao desenvolvimento das suas
atividades, há o questionamento de como ser empregado tal conceito no setor
público.
Enrijecido pela burocracia e devido as suas obrigações e
atribuições serem regidas por lei, temos que a legalidade seja fazer o que se
está na lei, diferente do setor privado, onde se pode fazer o que a lei não
proíbe. Logo, na presente pesquisa será abordado como
incentivarintra-emprededorismo no setor público. É sabido que na empresa
pública, o mesmo colaborador poderá passar anos a desempenhar a mesma
atividade, fator que, se olhado pelo ponto de vista da motivação em melhora
processos ou tramitações dentro do seu campo de possibilidades, haja vista as
atribuições que desempenha, bem como a coerência com leis vigentes, pode
desestimulá-lo nesse crescimento.
1. IMPORTÂNCIA
DO INTRA-EMPREENDEDORISMO
O intra-empreendedorismo auxilia na criação de um ambiente
de trabalho de apoio ao crescimento dos colaboradores, dando-lhes a
oportunidade de mostrar suas habilidades criativas, melhor agir ante o mercado
e aprimorando a cultura organizacional, aumentando e agilizando as respostas ao
seu público, e criando um clima que incentive a colaboração interfuncional.
Conforme Pinchot (1982):
É claro que ideias em maior número e mais bem elaboradas
contribuempara a inovação, mas a grande lacuna no processo de inovação é a
capacidade do sistema de implementar ideias de forma rápida e econômica. A
implementação requer que intra-empreendedores transformem conceitual no real.
Muitas empresas carecem de intra-empreededores em ação e as inovações em
potencial vagam no espaço que separa a concepção da comercialização.
O clima organizacional influencia no desenvolvimento dos
intra-empreendedores, possibilitando que estes tenham autonomia, sejam
criativos e se sintam como parte dos projetos existentes.
Nos órgãos públicos, no entanto, devido a burocracia
envolvida, é importante que haja por parte dos gestores a valorização dos
líderes natos, que cativamnaturalmente os seuscolegas, promovendo assim um
ambiente acolhedor a ideias, projetos novos e mudanças.
Para muitos, uma das causas da ineficiência no sistema
público é comprometimentocrescente com normas, procedimentos padronizados e
tradições que acaba por levar aoesquecimento seu principal objetivo que é
atender às necessidades e demandas de seu públicocliente. (MOTTA, 1973).
Na escola foi verificado que não há a divulgação, por parte
dos colaboradores, das idéias que possuem, muitas vezes são feitos comentários,
porém não são levados até a direção, esta que se mostrou aberta a sugestões e
ações que promovam o desenvolvimento da comunidade, mas que devido a fatores
ambientais como falta de infraestrutura, apoio da comunidade escolar, bem como
as condições de trabalho necessárias ao bom desempenho de suas atividades,
torna-se desestimulante por parte destes a discussão e implementação dos
insights que tiveram.
A direçãono entanto, tem atuado de forma a permitir ações
intra-empreendedoras, e proporciona o que está ao seu alcance para que os
objetivos propostos se cumpram, mas frequentemente esbarra em situações como
acima descritas, que são como um viés, por exemplo, grupos de estudo existentes
organizados na Escola, mas que não tem o número esperado de estudantes devido a
alta evasão.
3. SUGESTÕES
Para o estudo realizado, sugere-se a criação, por parte do governo,
de políticas bem como de investimentos maiores na Educação, ainda para que haja
efetivo coerente com a necessidade latente de professores e funcionários, bem
como auxílio na mobilização da comunidade escolar.
Mas, internamente, ainda que com a necessidade das regras e
de que estas sejam cumpridas, pode haver a fraternização entre colaboradores,
eliminação dos possíveis pontos de divisão, que podem minar as relações(através
de reuniões e esclarecimento referente a não aceitação de atitudes que geram a
contenda entre os envolvidos), bem como ferramentas concretas como murais e
e-mail, a fim de que as sugestões sejam recebidas e haja por parte da gestão a
publicidade e incentivo a multiplicação destas.
4. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As empresas, primeiramente devem conhecer e ter claros seus
objetivos, e torná-los extensos aos colaboradores, bem como chamar estes à
responsabilidade compartilhada, inserindo-os naparticipação, no comprometimento
e deresultados, sejam bons ou ruins, incentivando atentativa, não
criminalizando o erro, mas usando este como exemplo para ações futuras.
Após este passo, deve-se mostrar a todos que compoem a
organização, que a atualização, os processos, por mais simples que sejam devem
ser expostos, incentivados, e se cabível, implementados junto com o próprio
colaborador e/ou equipe intra-empreendedora.
Com o incentivo ao intraempreendedorismo, há maiores chances
de crescimento e sobrevivência da organização no mercado, seja na melhoria de
processos, produto, entre outros, que possibilitam maior agilidade e alcance
dos objetivos para os quais tais instituições foram criadas; no caso estudado,
consiste em promover valores e desenvolver como fora descrito em sua filosofia.
Muitas vezes, as melhores e mais eficazes propostas vêm de quem mais conhece o
produto e a atividade-fim das instituições: os próprios colaboradores.
Fonte: Administradores
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