Certamente, existem pessoas que são vítimas no mercado de trabalho.
Vítimas de assédio, de discriminação ou de algum tipo de perseguição.
Do mesmo modo, existem pessoas que se fazem de vítimas. O renomado consultor de carreiras Max Gehringer, com base em sua experiência prática, afirma que o segundo grupo ganha do primeiro na proporção de dez para um.
Ele ainda fornece três exemplos de reclamações bastante costumeiras:
1 – Estou fazendo a mesma coisa há oito anos e ninguém me dá uma oportunidade. Só os puxa-sacos são promovidos.
2 – Tenho 46 anos e estou sendo preterido por causa da idade.
3 – Para conseguir emprego, é preciso ter costas quentes. Já mandei mais de 200 currículos e não recebi nenhuma resposta.
Como o mercado enxerga as vítimas
A outra maneira de avaliar essas três situações é partindo da realidade do mercado. Vejamos:
1 – Uma promoção não se ganha, se conquista. Quem não é promovido não conseguiu demonstrar algumas habilidades que serão necessárias no cargo seguinte. A principal delas é a liderança. O líder não vai provar que é líder depois que é promovido. Ele precisa provar antes, ao ganhar o respeito dos colegas. O líder informal é aquele que todo mundo consulta, seja sobre assuntos de trabalho ou pessoais.
2 – O índice de desemprego para profissionais acima de 40 anos não é alto. Proporcionalmente, é mais baixo do que o índice de jovens desempregados. No mais das vezes, o problema de quem não consegue emprego não é a idade, e sim a falta de atualização. Experiência conta na hora da admissão, mas há outros fatores também importantes. Um curso superior, a fluência em inglês, o conhecimento da informática.
3 – Mandar currículos ou se cadastrar em sites tem retorno baixo. Dependendo da área, entre 60% e 90% das boas vagas são preenchidas por indicação direta. Uma rede de contatos vale muito mais do que um caminhão de currículos.
Em resumo, fazer-se de vítima é pecar por omissão
É deixar de fazer o que outros fizeram ou estão fazendo e transferir a responsabilidade para fatores cuja explicação é a mais fácil, mas não necessariamente a mais correta.
Quem se faz de vítima sempre encontrará desculpas.
Quem quiser ter uma carreira segura e sem derrapagens, sempre encontrará caminhos.
Momento do ADM, Diego Andreasi - 30 de outubro 2016.
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