segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Entre ser uma águia ou amar ser um burro!




Dizem que a águia tem a capacidade da renovação, que quando atinge a idade de 40 anos passa por um processo de substituição da penugem, do bico, das unhas e assim consegue se manter eficiente por mais longos anos. Se isso tudo fosse verdadeiro, seria fantástico como exemplo a ser seguido, afinal quem não gostaria de estar no corpo de uma águia, soberana, dominante no seu meio, auto-suficiente e ser referência entre as aves de rapina.

Aparentemente é bem melhor fingir que somos águias, pois afinal de contas sempre classificamos erroneamente as características do burro, talvez porque seja um produto “Made in Brasil”. E este é um fator histórico que nos prejudica, o da falta de credibilidade que nós mesmos damos as coisas que desenvolvemos, as lições dos outros sempre parecem ser melhores. Nasci em 1960, na minha adolescência escutava quase que diariamente a frase: “este é um País que vai pra frente”. Perdemos o trilho, não por ausência de criatividade, mas por ausência de unidade e sua natural consequência do ter que se virar por conta própria para garantir a sobrevivência. Não queremos mais sobreviver, precisamos garantir um futuro melhor reunindo os cacos e talentos desperdiçados para uma produção “protegida” que garanta vantagem competitiva a tudo que ainda não nos conscientizamos que somos capazes.

Está chegando a hora de sermos “burros”, sim “burros”, um cruzamento nacional da nossa égua com o jumento, que nos transforma em um animal resistente, teimoso, com potencial para carregar pedras muito superiores ao seu peso, e assim estabelecer a construção de uma nação, que precisa acelerar para pela busca de nichos próprios e em acordo com que realmente identificamos como necessário para um crescimento sustentável. É pelo fato de estarmos no mundo globalizado, que devemos aprender a tirar resultados objetivos sobre as vantagens do que isso representa. Não devemos aceitar medalhas de bronze quando já demonstramos que podemos ser ouro, apenas precisamos criar estratégias para vencer o que nos impede, melhorando o que já dispomos, para garantir que nosso valor nos rentabilize até a ultima etapa, sem a intermediação de “terceiros dominantes” nas fases lucrativas dentro das cadeias dos sistemas e processos comerciais.

Momento do ADM, Sérgio Dal Sasso - 17 de outubro 2016.


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