Investir em estratégias de comunicação pode fazer a
diferença
Empresas nascem a partir de boas ideias, de sonhos e com
propósito de renovação. Quando um empreendedor fala de seu projeto, o faz de
forma apaixonante, deixando um rastro de empatia por onde sua palavra passa. De
forma intuitiva, ele sabe que o sucesso de sua startup dependerá muito da
capacidade de convencer - clientes, parceiros, investidores e os próprios
colaboradores - que seu modelo de negócios é viável, e que dificuldades
iniciais serão superadas.
O planejamento da comunicação é, portanto, um fator crítico
de sucesso que merece atenção equivalente ao business plan, embora aconteça em
uma etapa cronologicamente posterior. Por ter assistido a diversas empresas na
sua etapa de lançamento, identifico duas áreas em que o empreendedor
recorrentemente precisa de apoio no relacionamento com seus stakeholders.
A primeira é o conteúdo e a argumentação. Por estar metido a
fundo no seu negócio, o novo empresário pode ter dificuldades de contar a sua
história de forma relevante. No ramo de tecnologia, é muito comum que o
fundador tenha uma formação técnica, como programador. No entanto, a
comunicação com o mercado deve abandonar o “bit e byte” e se pautar pelo
discurso de proposta de valor aos consumidores e venture capitals. Mostre
conhecimento sobre seu segmento, concorrência, modelo comercial, precificação e
retorno sobre o investimento, entre outros tantos temas.
Ainda no capítulo conteúdo, outro ponto de melhoria é a
distinção entre objetivos e anseios. Se, por exemplo, uma startup anuncia
planos de expansão antes mesmo de ter alcançado bons resultados para sua
operação atual, poderá criar ceticismo em interlocutores mais racionais.
Ambição sem lastro pega mal. Ao contrário, é importante transmitir
credibilidade, admitindo pontos fracos e oferecendo planos de mitigação para os
cenários mais pessimistas. Por definição, a aposta em novas empresas envolve
riscos, mas aqueles que são desconhecidos ou ignorados pelo empreendedor
causarão a desconfiança de partes externas.
A segunda oportunidade de melhoria na comunicação de
startups refere-se à abrangência. Transmitir boas mensagens adiante apenas
através do boca-a-boca pode ser um processo demorado, e que simplesmente não
funciona para alguns segmentos. Com um CNPJ aberto, cada mês no vermelho
consome capital de giro e coloca o projeto mais próximo do “troféu joinha”. O
investimento em comunicação para geração de receitas, portanto, deve ser
considerado à luz do custo de não fazê-lo.
Para fugir dos montantes da publicidade tradicional, as
startups são early adopters de ferramentas de marketing de baixo custo, como
SEO, links patrocinados, mídias sociais e assessoria de imprensa. Em comum,
todas elas têm as vantagens de exigir um baixo ticket de entrada, e seu retorno
pode ser facilmente rastreado por cliques ou contatos telefônicos.
Uma estratégia de comunicação bem elaborada e executada
poderá se transformar em ferramenta poderosa para atração de oportunidades,
capitais e talentos. Com estes três elementos, o sonho de um negócio próprio
tem mais chances de dar certo.
Fonte: Administradores
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