Crescemos mais com elogios, ou com críticas? A resposta para
essa pergunta depende de como cada um de nós enxerga as coisas. Na minha
opinião, o verdadeiro líder prospera na adversidade, pois, é nesse momento que
ele acorda e começa a desenvolver seus talentos ocultos, para responder as
variáveis negativas do ambiente
Marquês de Maricá disse que: “A inveja, que abrevia ou
suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura”.
Quando uma pessoa expõe nossos pontos fracos e quer
demonstrar nossos erros, devemos absorver essas contestações e tentar aprender
algo positivo com elas, de forma que possamos evoluir, tornando-nos seres mais
desenvolvidos e inteligentes.
De uma forma geral, o ser humano não gosta de ser
questionado, altercado, contestado, enfim, de ser contrariado por uma outra
pessoa. Isso acontece, porque as pessoas consideram como inimigas, todas
aquelas pessoas que se dividem contra elas, sendo assim, qualquer sujeito que
resolve fazer uma crítica, é visto como um adversário, mesmo que o mesmo tenha
razão em suas ponderações. Dessa forma, vivemos cercados de um grupo de pessoas
que aprende pouco, por conta da não aceitação de algumas alfinetadas positivas
que essa orgulhosa sociedade recusa-se a aceitar.
Semelhantemente a uma criança, que vai aos prantos ao
receber uma bronca ríspida do pai, essas pessoas se recusam a receber uma
“sacudida”, por parte de alguém que busca fazer a famosa crítica construtiva,
que é aquela que é feita apenas para ajudar a pessoa a se encontrar. Essa
crítica é extremamente importante para o crescimento e maturidade da pessoa,
primeiro porque ensina a mesma a ser competitiva e, segundo, porque abre a
mente para algo que estava oculto sob os olhos dela, fazendo com que a sua percepção
da realidade seja otimizada.
Infelizmente, algumas pessoas usam a crítica para derrubar
uma pessoa. Funciona mais ou menos assim: a pessoa observa a vítima e faz um
diagnóstico da mesma, após isso, ela encontra 99 acertos e 1 erro, e, após a
colheita desses dados, o recalcado lança todas as suas forças em cima da
divulgação desse único errinho que encontrou nessa pessoa, como se trabalhasse
para supervalorizar esse pequeno defeito, fazendo com que o olhar da maioria
das pessoas se desviasse dos 99 acertos e focasse apenas nesse erro singular
(manipulação). Sendo assim, esse ser se alimenta do erro das pessoas e cresce
em cima deles, portanto, ele somente existe para ver as coisas negativas e
negligenciar as positivas.
Portanto, esse sangue suga emocional não merece crédito e
devemos apenas ignorá-lo, pois, não cabe a nós fazer absolutamente nada, haja
vista, que o universo se encarregará disso com toda a certeza, pois, é a lei da
colheita, colhemos aquilo que plantamos, sendo assim, se alguém quiser colher
bondade, felicidade e caridade, deve plantar o mesmo. O livro As Sete Leis
Espirituais do Sucesso, de Deepak Chopra, menciona exatamente isso, em uma das
sete leis que o autor descreve como sendo imprescindíveis para o sucesso de uma
pessoa, mais especificamente na lei de número dois, chamada de Lei da Doação,
que, em poucas palavras, significa que se quisermos coisas boas, devemos dá-las
aos outros e o universo, nos retribuirá em igual quantidade, portanto, fazendo
o bem, sempre prosperaremos, não importa o que aconteça. Dar ouvidos a essas
pessoas é alimentar as negatividades do universo e trabalhar em prol da
malignidade existente ao nosso redor, sendo assim, escolha sempre o caminho da
luz.
Como funciona a crítica em uma empresa?
Em uma empresa, para todos os efeitos, devemos atacar o
problema e não a pessoa. Por exemplo, se um colaborador age com indolência em
uma organização, cabe ao líder atacar e combater esse problema (a indolência) e
não o colaborador (em um ataque pessoal). Ataques pessoais são julgamentos, e,
se todos somos seres errantes, não temos autoridade para agir dessa forma.
Outra questão, que é de responsabilidade do líder, é saber
como corrigir um colaborador, de forma que o mesmo se sinta respeitado, mesmo
sendo questionado. As pessoas respeitam
o líder pela influência que o mesmo causa nelas, sendo assim, as pessoas querem
segui-lo por conta de acreditarem naquilo que ele propaga através de seus atos,
portanto, através da coerção, dificilmente um líder terá o respeito de uma equipe,
sendo assim, palavras como hostilidade e agressividade devem ser trocadas por
respeito e cordialidade. Um grande líder cria um clima organizacional
harmônico, fazendo com que os relacionamentos sejam saudáveis e afáveis. Vou
mais além, um verdadeiro líder tem a capacidade de desenvolver seus liderados e
fazer os mesmos serem tão bons quanto ele, disseminado seus conhecimentos e
informações, para que assim, ele tenha uma equipe forte e de alto desempenho.
Uma crítica nada mais é do que a manifestação de uma pessoa
sobre um fato, de modo que, é colocado um assunto em cima da mesa e cabe à
pessoa refletir e fazer ponderações (positivas ou negativas) sobre o mesmo.
Portanto, é uma maneira de crescer intelectualmente, quebrar paradigmas e mudar
nossos pensamentos, fazendo com que nos tornemos pessoas melhores.
Vivemos em um país democrático e somos livres para expressar
nossas opiniões, independentemente do que a sociedade defende como sendo os
“padrões imutáveis”. A discrepância nos faz crescer e evoluir, portanto, deve
ser vista como algo positivo, principalmente nas empresas, haja vista, que é
desse antagonismo de pensamentos que surgirão as ideias mirabolantes e
inovadoras. Salvador Dalí disse que: “É preciso provocar sistematicamente
confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera
vida”.
Vale lembrar também, até para fundamentar melhor o que foi
dito acima, que uma boa ideia não nasce pronta, haja vista, que ela precisa ser
melhorada gradativamente, até que alcance a perfeição. E para que isso possa
ocorrer, é necessário que ela passe por um processo de peneiramento (onde serão
retiradas as imperfeições) e otimização (onde serão aguçados os pontos fortes),
para que assim, ela se transforme em algo viável e lucrativo.
Qual é o alimento da crítica?
A crítica é mantida e acrescida de acordo com as atitudes
que o receptor da mesma tem, ou seja, se ele acreditar e der poder a ela, a
mesma se transformará em algo realmente existente e pior do que isso,
extremamente potente e alienante. Em outras palavras, ele criará uma barreira
contra si mesmo, por conta de uma inverdade criada por um inimigo, que irá
transformá-lo em um ser que faz da autossabotagem a sua âncora.
Em contrapartida, esse grande demônio perderá totalmente sua
eficácia se seu receptor tiver plena confiança em suas competências e
principalmente, se este, tiver a habilidade de olvidar no momento em que esse
“barulho” ensurdecedor chegar até ele, ou seja, se ele entender que ninguém
possui o direito de fazer uma avaliação de seus pontos fracos, ele fará com que
esse “fiscal” perca sua farda e sua capacidade de multá-lo.
O que você precisa entender é o seguinte: as pessoas nunca
estarão satisfeitas com sua personalidade, haja vista, que elas possuem um
sonho utópico de que um dia, essa terra será recheada de seres que possuem
pensamentos análogos entre si, onde opiniões divergentes inexistam. Ora, nem em
um desenho animado isso serial possível, pois, que graça teria uma história que
fosse criada sem uma antítese? Haveria Tom sem Jerry? Haveria Batman sem
Coringa? Haveria Homem-Aranha sem Duende Verde? Certamente que não.
O que faz o mundo ser tão regozijante é exatamente o
contraditório: o preto e o branco, as trevas e a luz, o Yin e o Yang, o frio e
o calor, o problema e a solução, e assim sucessivamente. Portanto, que possamos
ser mais tolerantes com nosso dissemelhante, pois, é ele o ingrediente
principal de nossa criatividade e consequentemente de nossa felicidade.
Fonte: Administradores
Excelente texto.
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