terça-feira, 25 de abril de 2017

Momento do ADM Concursos Públicos - As ideias sobre o mundo administrativo - parte 1




Entre 1880 e 1930, a maioria dos países ocidentais estava em processo de industrialização, iniciado com a Revolução Industrial. Neste mundo, a natureza do trabalho humano havia se transferido da produção agrária para a produção fabril. A riqueza das nações passou a ser gerada pela produção de bens materiais. A visão predominante sobre a natureza humana era a de um ser racional e econômico. Neste mundo recém-inaugurado, a tarefa do gerente era pouco mais que ser um capataz, controlando os comportamentos e o desempenho dos trabalhadores, para obter produtividade. As idéias sobre a Administração desenvolveram-se de forma coerente com esta visão de mundo e das pessoas. 

A ESCOLA CLÁSSICA (ou teoria da Administração ou Universal), representada principalmente por Henry Fayol, um industrial francês, considerava, como funções básicas de todos os administradores, o planejamento, a organização, a direção, o controle e a coordenação, seguindo alguns princípios: 

1º - O trabalho deve ser dividido em especializações, para se obter controle e eficiência; 
2º - Deve haver autoridade e responsabilidade, isto é, uma empresa precisa do poder de dar ordens e de obediência, de acordo com o nível de autoridade e de responsabilidade; 
3º - Deve existir unicidade de comando, ninguém deve ter mais de um chefe; 
4º - Cada indivíduo deve receber uma remuneração justa; 
5º - Deve existir o espírito de equipe (esprit de corps), pela comunicação e união, elevando o moral e o desempenho. 

Como consequência de tais princípios, a maioria das empresas adotou uma estrutura dividida em departamentos especializados (por exemplo, finanças, produção), criando uma escala de autoridade (hierarquia) em forma de pirâmide, com um organograma (representação gráfica da empresa) onde se desenhavam as funções organizacionais e os cargos, com os responsáveis e os tipos de comunicação vertical e horizontal entre eles. 

A ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (O TAYLORISMO), representada por Frederick Taylor, um consultor americano, que havia sido operário, considerou, como a principal atividade gerencial, agir pelo princípio da exceção, isto é, apenas quando as coisas saíssem das  normas e procedimentos. Observando e medindo o trabalho dos operários, planejou cuidadosamente como cada tarefa (o quê, como, por quem) deveria ser realizada. Em seguida, selecionava a pessoa certa para o lugar certo, treinava-a, inclusive no uso dos movimentos corretos, distribuindo a carga de trabalho entre os trabalhadores, de modo que cada gerente pudesse acompanhar e controlar o desempenho individual e coletivo. Se você já viu o filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, compreende bem as idéias tayloristas, através daquela sátira. 

Momento do ADM, Prof. Tânia Lúcia Morato Fantini - 25 de abril 2017.


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