quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Como tornar seus colaboradores empreendedores

Substitua a rígida figura da "chefia" por um ambiente de intraempreendedorismo para alcançar resultados muito melhores




Em vez de funcionários que apenas recebem e cumprem ordens, como seria se as equipes fossem formadas por pessoas de postura empreendedora? Um ambiente de muita criatividade e liberdade seria problemático? O líder perderia o controle dos talentos? A resposta é negativa para todas essas questões. Incentivar profissionais a criarem seus caminhos pode trazer benefícios muito maiores do que o esperado. De início, pode parecer complicado, mas implantar um modelo de gestão descentralizado vale a pena.

Quando o colaborador se sente parte da empresa em que trabalha, naturalmente se torna mais propício a chamar para si responsabilidades e cultivar um comportamento mais colaborativo. A proatividade entra no lugar da indiferença pelo trabalho. Karin Parodi, diretora executiva da Career Center, consultoria em recursos humanos, explica que as vantagens do empreendedorismo interno são para todos os envolvidos. "O funcionário ganha em aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional, e a empresa pode obter mais em produtividade e em resultado", afirma.

Como substituir um modelo que concentra liderança em uma figura de chefia pela administração descentralizada? Existem fatores essenciais para a criação desse ambiente. Vejamos alguns deles:

Liberdade

Todo líder deve orientar, conduzir, aos objetivos a serem alcançados. É papel dele criar condições para os colaboradores utilizarem mais suas inteligências e conhecimentos, e explorem melhor seus talentos. O cenário descrito pode ser traduzido em uma palavra: liberdade. Ao receber um nível interessante de autonomia, o colaborador será mais motivado a mostrar suas capacidades e inputs, podendo trazer coisas completamente novas ao jogo.

Comunicação aberta

Para que colaboradores sintam que podem contribuir, é preciso manter a comunicação mais clara e aberta possível. Não basta dizer que não há barreiras, é preciso demonstrar com ações que qualquer pessoa pode e será ouvida na empresa. Assim, abrir a comunicação não é colocar uma caixinha de sugestões na sala e esperar as ideias aparecerem, mas sim estimular a colaboração verbal face a face, não esquecendo de estimular e dar feedback construtivo. Um dos pilares para que isso funcione é a confiança entre a equipe, que precisa ser fomentada pelo líder.

Orientação

Para que as coisas não fujam ao controle, é preciso que a administração assuma o papel de orientar a equipe, que é diferente de simplesmente distribuir ordens e tarefas. Para isso, a alta direção precisa assumir uma postura didática e não operacional, buscando compartilhar e facilitar o conhecimento entre colaboradores, e preparando-lhes para que tomem as melhores decisões. Para que esse modelo funcione, é preciso que, em vez de chefes, tenhamos conselheiros genuinamente preocupados em estimular e reconhecer o trabalho de suas equipes.



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