segunda-feira, 12 de outubro de 2015

10 ondas que sumiram tão rapidamente quanto apareceram

Compras coletivas, QR Codes na publicidade, Kinect, Google Glass. Lembre dez coisas que perderam popularidade rapidamente




Existem produtos, personalidades e mesmo negócios que são capazes de conquistar uma legião de pessoas com rapidez. No entanto, nem todas essas ondas conseguem manter a popularidade. Problemas com consumidores, falhas ou, simplesmente, descompasso com seu tempo já fizeram coisas como compras coletivas, QR Code, Kinect e Google Glass sumirem do mercado pouco tempo depois de surgirem. Alguns até continuam vivos, mas com outras utilidades e de forma restrita a pequenos públicos.

Veja abaixo a seleção que fizemos:

1 - Compras coletivas

Em 2010, aconteceu o estouro das compras coletivas no Brasil. Parecia maravilhoso, quando um número mínimo de pessoas adquirisse um produto, todos levariam desconto bastante generoso nele. No entanto, o serviço que deveria impulsionar marcas, restaurantes e outros, acabou se tornando uma dor de cabeça e muitos que entraram na onda perderam popularidade entre os consumidores.

“O crescimento das compras coletivas não era sustentável, exigia um número mínimo de compradores, o que até enchia estabelecimento, mas a maioria não voltava”, afirmou Michel Piestun, CEO do Groupon na América Latina. Além disso, plataformas como o Grupon, Peixe Urbano e ClickOn sofriam com a escassez de boas ofertas e o excesso de reclamações no Procon, que em 2012 aumentaram 506%.

Hoje, essas empresas reavaliaram o modelo de negócio e hoje não é preciso atingir um número mínimo de vendas para adquirir ofertas.

2 - Frozen yougurt

Não sabemos se houve uma onda de calor em 2007 maior do que em outros anos. Mas sabemos que, na época, começou a se estabelecer uma nova moda, que alguns anos mais tarde se transformaria num grande fenômeno: o frozen yorgut. Pena que foi fulgaz. O produto já tinha tido uma era de glória no Brasil na década de 1980 e foi resgatado naquela época pelos cariocas. A ideia se espalhou pelo país por meio de franquias.

Em 2012, a Associação Brasileira de Franchising contou 23 marcas espalhadas pelo país, seis delas com origem em São Paulo. A procura, no entanto, não correspondeu a todas as ofertas, a onda do frozen derreteu e muita gente perdeu dinheiro.

Para montar uma unidade da Yogoothies, por exemplo, o empreendedor precisava desembolsar R$ 163 mil para quiosques e R$ 253 mil para lojas, segundo uma reportagem da PEGN. Investir em um produto que está na moda é arriscado e quem decide fazer isso deve conhecer o ciclo do produto.

3 - QR Code para publicidade

Os smartphones promoveram uma revolução no mercado e a tecnologia do QR Code, que parecia uma aliada perfeita, não foi capaz de acompanhar a onda. Empresas procuravam desenvolver estratégias para se aproximar dos consumidores e o QR Code faria o serviço. No entanto os problemas começaram a partir dos próprios gadgets. Os smartphones não possuem leitor nativo e os usuários precisam baixar aplicativos de leitura, isso já criava uma barreira. Outra questão que atrapalhou o progresso do QR Code pela publicidade foram as empresas que levavam os usuários para sites oficiais ou páginas de redes sociais. Ora, se as pessoas quisessem ir para essas plataformas, elas já possuíam meios para isso. O QR Code deveria ser usado em ações criativas e não foi isso que aconteceu.

No entanto, os códigos seguem sendo utilizados em alguns segmentos como na validação de ingressos vendidos pela internet.

4 - Formspring

Em 2010, o Formspring surgiu como mais uma rede social promissora. Os usuários poderiam enviar perguntas anônimas ou não. A companhia chegou a reunir 30 milhões de usuários registrados e 4 bilhões de perguntas foram feita.

A plataforma rapidamente se tornou o paraíso do bullying e dos ataques entre adolescentes. O Formspring tentou combater o problema se unindo ao MIT. No entanto, o projeto não resolveu a questão. Três anos depois, Ade Olonoh, fundador e CEO do Formspring, anunciou o encerramento das atividades, afirmando apenas que estava sendo difícil manter as luzes ligadas.

5 - Palmtop

O Palmtop foi a sensação do final dos anos 90 e início dos anos 2000. O computador de mão foi o precursor de tecnologias como o tablet e veio antes do boom dos smartphones. Infelizmente, a falta de inovação fez com que perdesse a preferência dos consumidores de tecnologia. Hoje, só encontramos os aparelhos nas mãos de guardas de trânsito.

6 - Secret e Lulu

O Secret e o Lulu caíram no mesmo limbo existencial que o Formspring e pelo mesmo motivo: a garantia de anonimato, que era ao mesmo tempo a “graça” e o problema das plataformas. No Secret, as pessoas compartilhavam seus pensamentos intímos. Já no Lulu, mulheres podiam avaliar os homens. Ambos os apps ofenderam muita gente e rapidamente a moda passou. O Lulu ensaiou uma volta neste ano, porém não foi bem sucedida.

7 - Google Glass

Depois de muita badalação e de gerar grandes expectativas, os óculos do Google não vingaram e a empresa decidiu suspender o projeto de lançá-lo. Alguns problemas na usabilidade foram apontados como a principal causa da suspensão. A viabilidade financeira do produto também era um entrave. Além disso, o Google Glass deixou a impressão de que estava um pouco à frente do seu tempo.

8 - Eike Batista no topo

Em 2012, ele era o homem mais rico do Brasil e o 8º mais rico do mundo, mas foi do alto que Eike Batista viu seu império desmoronar. A fortuna que era de US$ 34 bilhões foi para US$ 1 bilhão. Os problemas surgiram com a queda da petroleira OGX (que hoje se chama Óleo e Gás Participações), que se espalharam pelas outras empresas do grupo EBX. Eike precisou sair do comando das empresas, vender negócios e se desfazer de bens pessoais. No dia 27 de janeiro deste ano, deixou de vez o último cargo que mantinha na petroleira que criou.

Batista, que já foi considerado “orgulho do país”, enfrenta denúncias de crimes contra o mercado financeiro, de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha, além de processos administrativos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

9 - Kinect

O Project Natal, rebatizado como Kinect, surgiu em 2009 prometendo uma revolução no mundo dos games. O acessório do Xbox 360 foi apresentado no mesmo ano pela Microsoft e a ideia de abandonar o controle remoto pareceu muito atraente para os fãs de jogos.

No entanto, apesar do sucesso nas vendas, o Kinect se revelou um fracasso e foi o principal responsável pelo mau desempenho nas vendas do Xbox One em relação ao Playstation 4. Um dos motivos foram as restrições ao uso do produto. Os jogadores precisavam calibrar o dispositivo em lugares onde o som ambiente era baixo e a sala precisava estar livre de mobília que pudesse obstruir o sensor. O usuário também precisava se manter a cerca de dois metros da câmera. Além disso, os jogos que pediam muitos movimentos não ofereciam boas experiência para múltiplos jogadores.

10 - Second Life

O Second Life foi criado em 1999 e desenvolvido em 2003 pela empresa Linden Lab. A ideia era reproduzir um ambiente virtual que simulasse a vida real das pessoas. No entanto, a brincadeira ficou real demais e rapidamente apareceram racistas, pedófilos e pessoas cometendo diversos crimes virtuais. As “ilhas” precisaram ser reguladas pelas empresas e não se enquadraram a muitas regras impostas pelo Linden Labs. O jogo acabou morrendo poucos anos depois.

E você: lembra de mais alguma empresa, produto ou nicho de mercado que surgiu e fracassou em pouco tempo? Deixe nos comentários.



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