terça-feira, 30 de abril de 2013

Tentativa de suicídio em comercial da Hyundai causa polêmica

Anúncio foi removido pela agência europeia Innocean após uma publicitária britânica retratar como se sentiu ao assistir o filme




Anúncio foi removido pela agência europeia Innocean após uma publicitária britânica retratar como se sentiu ao assistir ao filme Um comercial da Hyundai veiculado esta semana retrata uma tentativa de suicídio por meio de intoxicação com o auxílio de um automóvel. O anúncio foi removido pela agência europeia Innocean após uma publicitária britânica retratar como se sentiu ao assistir ao filme. O pai da criativa morreu da mesma forma que o vídeo retratava.

O filme exibe um senhor entrando em seu automóvel. Em outro take, uma mangueira ligando o escapamento à janela do carro é exibida presa por fitas, enquanto o protagonista do vídeo entra no veículo.

Com os olhos marejados, o homem parece estar prestes a morrer intoxicado por monóxido de carbono, como aconteceria em uma tentativa de suicídio com automóveis, porém, o fim do comercial mostra que, graças ao novo Hyundai ix35 e sua tecnologia especial, o carro emite apenas água na atmosfera, ou seja, o senhor do vídeo acaba levantando e andando ao fim do anúncio.

Holly Brockwell, uma redatora britânica freelancer, escreveu uma carta à agência responsável pelo filme retratando como se sentiu ao assisti-lo. Criadora do blog Copybot, Holly fez um post endereçado à agência.

Ela começa seu texto exibindo uma foto do pai e outra de sua carta de suicídio, levemente borrada por um líquido.

A publicitária segue sua carta narrando como se sentiu ao assistir o comercial. "Comecei a tremer [ao ver o vídeo]. Comecei a tremer tão fortemente que tive botar o que estava bebendo de lado antes que cuspisse tudo. E então eu comecei a chorar".

Holly continua sua mensagem, que ganha um tom mórbido à medida que se aproxima do fim. "Surpreendentemente, quando terminei de ver o vídeo, quando vi que o homem não morreu graças às emissões limpas da Hyundai, eu não parei de chorar. Eu não senti que minhas lágrimas fossem justificadas pela sua mensagem ‘engraçada’. Eu só me senti vazia. E enjoada. E eu quis meu pai".

A redatora segue seu protesto emocionado dizendo que já trabalhou em contas automotivas e poderia pensar em "milhares" de maneiras diferentes para vender o produto da Hyundai.

A publicitária fecha seu texto da seguinte maneira: "Meu pai nunca dirigiu um Hyundai. Graças a vocês, eu também nunca irei."

Reação positiva, plágio e posicionamento da Hyundai

O The Guardian acabou selecionando o comercial como um dos melhores da semana em seu site. O periódico foi duramente criticado no Twitter pela escolha. Uma porta-voz do jornal se pronunciou e disse que o comercial não deveria estar na lista. O anúncio foi removido da seleção.

O blog adland, especializado em publicidade, levantou que, além do tom discutível, o comercial possuía semelhantes. Um anúncio do Citroen (2002) e outro do Audi A7 (2010) também utilizaram o mesmo conceito.

A Hyundai se desculpou pela veiculação do comercial e completou afirmando que o vídeo seria removido. O material, segundo a empresa, não será utilizado em nenhuma publicidade ou marketing da companhia. A montadora também se desculpou via Twitter.


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