domingo, 4 de setembro de 2016

Os ciclos de vida de uma organização de acordo com Ichak Adizes




Para Ichak Adizes empresas são comparadas a organismos vivos, pois nascem, crescem e morrem.  A fim de ser mais especifico será citado os estágios de crescimento de uma organização; Infância, Pré-Adolescência (Toca-Toca), Adolescência, Plenitude, Estabilidade, Aristocracia, Pré- Burocracia, Burocracia e Morte.

INFÂNCIA:

Nesta fase começa os primeiros desafios do administrador, pois é onde a empresa tem a necessidade de ter dinheiro e capital de giro. Mas pela frente ainda tem outro obstáculo que é o compromisso do fundador, pois sem amor e dinheiro a empresa perecerá. O fundador deve sempre acompanhar o fluxo de caixa, caso contrário a empresa terá grandes perdas e não irá muito longe, então faz-se necessário o comprometimento de seu fundador. 

PRÉ-ADOLESCÊNCIA: 

Nesta fase, o administrador é o desafiado a não se envolver em empreendimentos de riscos, pois o fluxo de caixa neste momento está equilibrado e as vendas começaram a aumentar, mas existe a possibilidade de adquirir novos negócios. Mas lembrado sempre que, o que num dia pode ser uma oportunidade, noutro dia torna-se prejuízo. Outro desafio que tende a ser um grande obstáculo é a delegação de poderes aos colaboradores, tomando sempre cuidado para evitar a descentralização, pois ainda o sistema de controle é muito escasso. 

ADOLESCÊNCIA:

Nesta fase, o maior desafio acaba se tornando a mudança de liderança, onde o empreendedor delega a função para um gerente, mas deve sempre ter comum acordo entre os sócios e administradores, ocasionalmente pode surgir brigas internas devido à transição de liderança. Porém é algo que logo de imediato deve ser sanado evitando assim complicações futuras dentro de uma organização. Na etapa da adolescência, a organização deixa de focar em seus clientes externos e passa a priorizar as suas necessidades. Através de reuniões o administrador tem o objetivo de disciplinar à organização, é um desafio, mas deve ter sempre pulso firme para comandar, liderar e logo em seguida obter bons resultados gerado pela sua equipe inserida na organização.

PLENITUDE: 

É desafiador, manter a empresa no estagio de Plenitude, pois é onde ela já atingiu um nível bom de equilíbrio de autocontrole e de flexibilidade, e também é um desafio renovar e manter o espírito empreendedor do fundador.

ESTABILIDADE: 

A Estabilidade é onde começa o início de envelhecimento da organização. O que torna assim um grande desafio para o administrador, pois é onde o mesmo deve retomar o espírito de criatividade, inovação e incentivo às mudanças, para manter se sempre competitivo e inserido no mercado.

ARISTOCRACIA:

 Chegando na fase da Aristocracia o administrador deve voltar as decisões essenciais, buscar reaprender a lutar para enfrentar os seus adversários.  Unida a organização tem que identificar qual é o seu negócio e qual é o seu valor para os seus clientes. Buscar sempre fazer o melhor para seus a eles e ter sempre em mente uma estratégia baseada numa analise SWOT para vencer seus concorrentes. 

PRÉ-BUROCRACIA: 

Fase em que a empresa deve ter cautela, pois é onde entra na paranoia gerencial, devido os maus resultados gerados e que acabam tornam-se evidentes. Os gerentes começam a lutar entre si, ao invés de unirem forças para lutarem contra os concorrentes. É a sobrevivência pessoal, onde os mais fortes e preparados permanecem e os ineficazes prontamente já são substituídos, e uma única pessoa assumir o controle, levando a empresa à sua essência lucrativa.

BUROCRACIA E MORTE:

Fase final de vida de uma organização onde o administrador não tem autoridade e nem responsabilidade, não há mais mudança visíveis e há esgotamento. A organização deixa de reagir às mudanças do meio ambiente; passa a ser um grande desafio ao administrador mudar o sistema organizacional, mas neste momento mudar a liderança gerencial não levará à cura, é importante reativar o empreendedorismo e o comprometimento das pessoas, a empresa só conseguira atingir sua meta se todas as partes de colaboradores permanecerem unidos.


Segundo ADIZES (2002, p.4), ”Viver significa resolver problemas ininterruptamente. Quanto mais plena for à vida, mais complexos os problemas a serem resolvidos. O mesmo se aplica as organizações.” 

Dentro deste raciocínio, pensando nos aspectos econômicos, dois estágios onde a empresa necessita de um empenho financeiro maior e de uma análise econômica, visto ser um problema para seus fundadores, temos em destaque o estágio da Infância e da Pré-Adolescência.

Na Infância o empenho financeiro é crucial, pois a tendência é o fluxo de caixa negativo, portanto requer disponibilidade de caixa, para um crescimento saudável e equilibrado. Naturalmente, partindo para um novo estágio, o da Pré-Adolescência, a empresa está florescendo e ao mesmo tempo quer avançar em muitas direções diferentes, e para não se descuidar em relação aos investimentos, necessita de uma análise econômica. Neste estágio, a empresa tem crescimento econômico e lucratividade, porém descuida-se de uma análise econômica, podendo por tudo a perder por um negócio mal-feito.

Empenho financeiro não significa apenas uma maior quantidade de recursos financeiros investidos, são infusões periódicas de dinheiro como capital de giro, pois é o capital de giro que irá financiar as atividades operacionais da empresa.

Nos primeiros estágios de uma organização faz-se necessário empenho financeiro, injetando recursos na empresa e conforme vai amadurecendo a análise econômica tem que ser uma realidade, pois será a mola propulsora para o crescimento da empresa.

“Não podemos prever o futuro, mas podemos cria-lo” Peter Drucker

Momento do ADM, Adm. Carina Silva - 04 de setembro 2016.


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