As pessoas costumam utilizar diversas justificativas para
não agir corretamente, não assumir responsabilidade ou para não batalhar para
conseguir realizar os sonhos. Uma delas é não tenho tempo ou ainda tenho muito
tempo. Será que temos realmente tanto tempo? Se viver 80 anos, são 700.800
horas (24 x 365 x 80). Se descontar 8 horas de sono são 467.200 horas. Se
considerar as horas úteis (trabalhadas) são só pouco mais de 120.000 horas.
Leia rapidamente o artigo, não temos tempo a perder!
Alguns anos atrás li no livro “A prosperidade está na
mente”, do Prof. Katsumi Tokuhisa, sobre “as quatro tentações de Satanás”.
Desde então, toda vez que sou tentado a justificar algum meio para buscar
resultados fáceis e rápidos, procuro relembrar estas lições. Diz o autor que
Satanás tem quatro tentações para fazer as pessoas cometerem pecados.
A primeira tentação é “todos fazem isso”. É uma forma de
dividir a culpa com outras pessoas e diminuir a sua parte. Misturado no meio de
muitos, há a sensação de anonimato, que faz a culpa se sentir menor. As pessoas
pacíficas no meio da multidão ficam violentas. As pessoas escondidas no
anonimato das máscaras também ficam. É a forma para justificar um ato que fere
a nossa consciência. Mesmo quando todos praticarem, o errado continua sendo
errado.
A segunda tentação é “é um ato sem importância”. Quando
qualificamos que um ato é sem importância, diminuímos o nosso sentimento de
culpa. É o passo inicial para adquirimos mal hábito. Só aprendemos a dar o
segundo, terceiro passo depois que damos o primeiro passo. É o começo para
repetir condutas erradas. Inicia com pequenos atos ilícitos que acabam levando
para erros cada vez mais graves. Por menor que seja, o que é errado é errado,
por isso todo cuidado é pouco.
A terceira tentação é “é só uma vez”. O problema é que se
fizermos algo errado pensando que é só esta vez, seremos levados a repetir o
erro pensando “já que errei uma vez, não haverá diferença se errar novamente”.
Na primeira vez agimos temerosamente, mas na segunda, terceira, sentimos cada
vez menos temor. Logo a nossa consciência estará anestesiada e livre para
praticar atos bem mais ousados.
Nas primeiras vezes os atos errados incomodam a nossa
consciência, mas com as repetições passaremos a não sentir remorso como se
estivéssemos fazendo algo normal. É como uma mentira que contamos várias vezes.
Na vigésima primeira vez, já não sabemos se estamos contando uma mentira ou uma
verdade. Por isso, é necessário resistir pensando firmemente: não importa se seja
uma vez, o que é errado é errado.
A quarta tentação é “ainda tenho muito tempo pela frente”.
Muitas pessoas caem nesta armadilha pensando que tem muito tempo pela frente
para retificar o erro, agir corretamente.
Está desperdiçando a coisa mais preciosa que recebemos da natureza: o
tempo, ou seja, a vida. Além disso, o tempo é a coisa mais justa que existe no
universo. Toda pessoa, sem exceção, tem as mesmas vinte quatro horas por dia,
seja rico ou pobre, adulto ou criança, preto ou branco. Portanto, não há como
utilizar a falta de tempo como justificativa.
Se fizermos uma pequena conta veremos que temos poucas horas
de vida. Supondo que iremos viver 80 anos, são 700.800 horas (24 x 365 x 80),
que não é a expectativa média de vida dos brasileiros. Considerando que
dormimos 8 horas por dia na realidade são 467.200 horas. Aprenda a administrar
o tempo, seja organizado e racional. Não há tempo a perder.
Se considerarmos somente as horas trabalhadas são pouco mais
de 120.000 horas (desconta os finais de semana e feriados, faz de conta que
trabalha em média 10 horas por dia por 40 anos). O tempo passa rapidamente. Há
atividades que só podem ser realizadas enquanto jovens. Com o passar do tempo
se tornam cada vez mais difíceis por limitações físicas, compromissos
familiares, profissionais, etc.
A forma de não cair nas tentações é utilizar a técnica do
tear. O tear é uma ferramenta simples que faz o entrelaçamento de dois
conjuntos de fios: trama e a urdidura que gera o tecido como resultado.
Urdidura são as linhas guias no sentido vertical. A trama são os fios que são
passados entre os fios verticais (urdidura) no sentido horizontal.
As nossas decisões e ações são as linhas que compõem a trama
que tece o tecido. O tecido é o resultado obtido através das nossas ações. Se
estiver firmemente amparado pelas linhas da urdidura o resultado será um tecido
bonito, bem acabado. As decisões e ações que tomamos devem ser guiadas pelas
linhas mestras da vida: princípios e valores verdadeiros.
Nem sempre percebemos claramente o enredo ou trama da vida.
As tentações podem querer apontar os caminhos mais fáceis, rápidos, porém
escuros e cheios de buracos. Para não cairmos no buraco necessitamos da linha
guia para nos conduzir para caminhos iluminados. Lembrar sempre do tear: os
fios horizontais guiados pelo fio vertical da retidão gera o tecido e nela faz
aparecer os lindos desenhos.
Não há como consertar atos errados. Erros ficam registrados
na linha do tempo para sempre. Os erros ocultos transformam na dor de
consciência ou pecado. O pecado está associado ao resgate pela dor ou sofrimento.
Enquanto mantiver oculto o sentimento de pecado, inconscientemente faz o
resgate através da dor. É muito fácil criar a dor. Basta um insucesso ou uma
doença. É a causa do fracasso de muitos empreendimentos e pessoas.
Para aqueles que acreditam na lei do carma ou na lei de
causa e efeito é mais fácil compreender: a causa da dor, do fracasso, da doença
está no sentimento de erro guardado. Erro oculto transforma em pecado. Para se
libertar precisa exteriorizar através do perdão, confissão, arrependimento ou
sessão de psicanálise, cirurgia para extrair algum órgão, perda de dinheiro,
etc. Creio que seja melhor colocar em prática o ditado: “é melhor prevenir do
que remediar”. Não adianta colocar a tranca depois de a casa ser arrombada.
Fonte: Administradores
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