Glayson Ferrari construiu uma carreira que mesclou técnica e
compromisso com um mundo melhor, fazendo parte de vários processos inovadores e
protagonistas
Fazendo a diferença. É assim que podemos definir o Glayson
Ferrari dos Santos, administrador, pai, apaixonado por viajar e Chief Techinical
Adviser do Programa Empresarial Angolano das Nações Unidas.
Ele construiu uma carreira que mesclou técnica e compromisso
com um mundo melhor. Fez parte de vários processos inovadores e protagonistas,
trabalhou em 14 países da América Latina, representou articulações que
envolveram os quatro continentes e agora, na África, atua em favor de uma
economia inclusiva na região.
Para o professor Emerson Freitas, do Centro Universitário
Newton Paiva (MG), o ex-aluno Glayson “já é um grande administrador do futuro
não somente pela trajetória de sucesso profissional, mas também pelo
desprendimento, empreendedorismo e preocupação com as questões sociais”.
1 - Você nos contou que hoje é Chief Techinical Adviser do
Programa Empresarial Angolano das Nações Unidas. Como chegou ao cargo? Poderia
nos contar um pouco mais sobre sua trajetória?
Desde criança tive muito interesse pelos temas sociais.
Obtive o meu primeiro contrato formal de trabalho aos 14 anos com uma ONG. Em
seguida estudei Administração com foco em comércio exterior no Centro
Universitário Newton Paiva em Belo Horizonte. Na universidade fundei o grupo de
Cooperadores de Comércio Exterior, um grupo de estudantes e professores
dispostos ao aperfeiçoamento pessoal, social e profissional.
Quase no final da universidade ingressei na ONG
internacional Visão Mundial, onde permaneci por quase 10 anos, liderando
programas de desenvolvimento econômico em nível nacional e internacional. Nesse
período, atuei em 14 países da América Latina, liderando as discussões e
mobilizações em torno da temática do comércio e do desenvolvimento econômico.
Além disso, representei a América Latina durante duas rodadas internacionais de
negociações da Organização Internacional do Comércio.
Fui membro do Comitê Internacional de Comércio Justo,
localizado na Bélgica, e na última reunião global da UNCTAD (Conferência das
Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), ocorrida no Brasil, liderei a
participação da sociedade civil dos quatro continentes.
Deixei a Visão Mundial para ocupar o cargo de assessor
internacional do gabinete do Ministro no Ministério do Desenvolvimento Social,
do governo brasileiro, em seguida ingressei no Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento, onde atuei como líder do Programa de Desenvolvimento Humano
Local, trabalhando com municípios de todas as partes do Brasil.
Em seguida, assumi a liderança do Programa Empresarial
Angolano das Nações Unidas, onde estou atualmente. Durante todo esse período
atuei como consultor para organizações nacionais e internacionais e como
professor de cursos de especialização e pós-graduação.
Como a sua formação em Administração colaborou para alcançar
esses objetivos?
Gestão é o que fiz durante toda a minha carreira. Gestão de
recursos, de pessoas, de tempo, de metas, de planos e de projetos. A minha
formação me deu ferramentas essenciais para o sucesso de qualquer trabalho.
Saber planejar, executar, monitorar e avaliar é condição para uma carreira dar
certo. De quem sabe de onde saiu e até onde quer chegar.
Quais são os principais projetos desenvolvidos pelo Programa
das Nações Unidas em que você atua no momento? Poderia nos contar mais sobre
algum deles?
Estou em Angola para promover o desenvolvimento. Angola é um
país em reconstrução, com infinitas possibilidades e riquezas, mas que também
reserva inúmeros desafios em termos de diversificação econômica e promoção da
igualdade social e econômica. Trabalhamos com o governo, a sociedade civil e o
setor privado. A atuação do programa pode ser resumida nas estratégias de
fomento empresarial de Angola, nomeadamente das áreas de assistência técnica,
microfinanças, comercialização e políticas públicas.
Muitos estudantes de Administração estarão lendo essa
entrevista. Qual mensagem você deixaria para eles?
Primeiro nós temos que saber o que queremos e do que
gostamos. Definir a carreira pelo quanto se pode ganhar é um grande erro. A
possibilidade de ser bem-sucedido financeiramente aumenta para quem gosta do
que faz. Segundo, tem que suar muito, trabalhar, estudar, atualizar os
conhecimentos, circular em diferentes ambientes, ter uma boa rede de contatos
e, é claro, manter esta rede. Terceiro, ter um pouquinho de planejamento,
ousadia e criatividade. Nunca mandei currículos somente para aquelas vagas para
as quais eu tinha o perfil, também enviava para aqueles para as quais eu tinha
potencial e várias me chamaram.
Fonte: Administradores
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