O professor Carlos Munhoz afirmou que, no quesito
entusiasmo, sua ex-aluna Kelly Campolongo veste a camisa da organização e faz
acontecer
Dinâmica e corajosa diante de obstáculos, Kelly Christina
Campolongo enxerga oportunidades onde poucos encontram. Formada em junho de
2011 pela Faculdade de Administração de Empresas de São Paulo (Faesp), a jovem
revela seu empreendedorismo desde a graduação. Um exemplo foi sua atuação na
empresa júnior (EJ), ao levar soluções e contribuir para o sucesso do grupo,
adequando estratégias de acordo com as possibilidades dos membros e as
necessidades dos demais estudantes.
O professor Carlos Munhoz, que ministrou aulas das
disciplinas Marketing I e II na turma de Kelly, afirmou que a ex-aluna, no
quesito entusiasmo, veste a camisa da organização e faz acontecer. “Ela
consegue extrair não apenas boas análises das situações, mas enxerga soluções -
e consegue, como se não bastasse, concretizá-las. Ademais, a capacidade de
mobilizar as pessoas ao longo de todo este processo também é um diferencial
fortíssimo que ela possui”.
Você foi presidente da empresa Junior na Faesp. Como foi
essa experiência?
Desde quando entrei na faculdade, sempre tive vontade de
colocar todas aquelas teorias em prática. Logo vi a possibilidade com a criação
da empresa júnior em 2007/2008. As vagas estavam abertas para alunos que tinham
interesse de participar. Não pensei duas vezes e me inscrevi. No início, entrei
como coordenadora editorial pelo fato de ter cursado dois anos de jornalismo e,
assim, seria mais fácil para tocar o projeto de um jornal que íamos implantar.
Com algumas mudanças de diretoria, acabei tornando-me diretora
de projetos, no qual minha primeira missão foi apresentar ao grupo toda uma
pesquisa que fiz numa ONG - nosso primeiro cliente. Visitei a ONG, fiz
entrevista com a proprietária que tinha uma belíssima história. Foi muito
bacana.
Os alunos da diretoria iam se formar e seriam necessárias
mudanças na EJ, porém muita gente tinha desistido. Decidi formar uma nova chapa
em que assumiria a presidência. Convoquei alguns alunos que já faziam parte da
chapa anterior e na reunião deixei claras as expectativas e objetivos que
deveríamos alcançar nesse novo mandato.
Elaboramos toda a análise SWOT e outras técnicas do curso de
Administração na EJ e traçamos estratégias para o longo de um ano de mandato.
Enfrentamos algumas dificuldades em relação a projetos, pois todos os alunos
trabalhavam e não conseguiam se dedicar totalmente à empresa para prestarmos
consultoria ao comércio e empresas locais, já que esse é o principal papel de
uma EJ. Mas nem tudo estava perdido. Vi outra oportunidade bem na nossa cara.
Porque não empreender dentro de nossa própria Faculdade, já que não conseguimos
sair dela? Começamos por lá!
Levantamos quais habilidades e competências cada
participante da EJ tinha e criamos cursos de extensão para os alunos da
Faculdade com um valor abaixo do mercado. Cursos de Word, Excel Avançado,
Poiwer Point e de Qualidade. Pensamos nesses cursos específicos, pois o corpo
estudantil tinham dificuldades ao apresentar um trabalho acadêmico ou em seu
ambiente profissional. Foi um sucesso.
Depois, resolvemos integrar os estudantes da faculdade com
festas temáticas. Fizemos duas, a primeira que se chamava “Churras da
Integração”, com o intuito de integrar e proporcionar um networking entre os
alunos da faculdade, e a segunda, referente à economia verde, para alertarmos
ao aquecimento global e à escassez dos nossos recursos naturais. Foram
excelentes! Conseguimos trazer caixa para a EJ, que estava no vermelho.
Você acredita que o seu desempenho foi positivo? Essa
experiência a ajudou depois de formada?
Posso dizer que meu desempenho foi excelente, considerando
os aspectos de uma garota que não tinha qualquer noção de empreendimento, me
saí muito bem. Aprendi a ser flexível, a gerir pessoas e conflitos. Hoje tenho
a plena certeza que muitas das habilidades e competências que adquiri vieram da
experiência que tive na empresa júnior, pois nas organizações, os gestores,
diretores e administradores de empresa passam por desafios e tomadas de
decisões que podem comprometer vidas e o futuro da empresa. É uma responsabilidade
enorme.
Você se considera uma administradora do futuro?
Sim. Acredito que um administrador do futuro tem que ser
dinâmico, curioso, corajoso para assumir riscos calculados, empreendedor, mesmo
dentro de sua organização, para atingir objetivos que possam fazer um bem comum
e é claro, apaixonado pelo o que faz! Desafio é o seu dilema e ter entusiasmo
para concluir e atingir cada objetivo é essencial. Acredito possuir esse perfil
e estar aberta a novas possibilidades de aprendizado para poder, também,
contribuir com minha experiência aos outros. Assim, o conhecimento será
disseminado e a evolução continuará fazendo seu papel.
Fonte: Administradores
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