A origem e a característica de seus problemas dizem muito
sobre o rumo de sua própria vida
“O problema não está em não enxergar a solução,mas em não
enxergar o problema.”(Charles Kettering)
Minha trajetória é marcada por iniciativas empreendedoras.
Aos 14 anos eu já trabalhava com meu pai. Aos 15, iniciei com um amigo um
negócio de digitação de trabalhos acadêmicos. Aos 20, atuei como executivo na
área de exportação de café. Após esta experiência, fiquei desempregado por sete
intermináveis meses, o que me levou a novamente empreender – desta vez por
necessidade, e não por oportunidade.
Ao longo de onze anos enveredei por negócios que transitaram
de um bar a um comércio de semijoias, passando por uma construtora e uma
metalúrgica. Em alguns, prosperei e me diverti. Em outros, capitulei e me
entristeci.
Falar sobre sucesso é relativamente simples e até fácil.
Porém, pouco instrutivo. Embora a maioria dos livros, entrevistas e depoimentos
procurem sempre exaltar o êxito dos protagonistas, há lições inestimáveis oriundas
das histórias de fracasso.
Michael Jansen disse: “Felicidade não é ausência de
problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes
problemas bem administrados”. Concordo, mas divido os problemas em duas
categorias: os bons e os ruins.
Em minha metalúrgica experimentei o prazer de estar no topo
e a dureza do fundo do poço. E notei que era a hora de parar e mudar quando
problemas ruins passaram a habitar não apenas meu cotidiano e meus pensamentos,
mas também meus sonhos.
Nos tempos difíceis da empresa, quando eu saía de um momento
privado, fosse uma reunião ou uma mera sessão de cinema, ao ligar o telefone ou
acessar o e-mail eu sabia que problemas me aguardavam... Eram situações
litigiosas, desagradáveis e até terríveis. Por isso, a angústia me visitava. Eu
gostaria de não ligar o telefone, não atender ao visitante, não olhar as
mensagens. Mas estas não eram escolhas possíveis, pois minhas responsabilidades
não permitiriam a omissão.
Hoje, é claro que continuo cercado por problemas. Mas são
bons problemas. Como vou atender mais adequadamente aos meus clientes para que
obtenham amplos resultados com minha contratação? Como faço para envolver uma
equipe de líderes voluntários que coordeno em prol de iniciativas sociais?
Sobre qual tema irei abordar em meu próximo artigo de modo a proporcionar uma
leitura útil e prazerosa aos leitores?
Por isso, comece a refletir e a questionar seus próprios
problemas. O que incomoda você? É a mobilidade urbana e o tempo que você
dispende para ir e voltar ao trabalho? São as suas atribuições enfadonhas,
insossas e desalinhadas de seus propósitos pessoais? É sua comunicação com seu
líder ou equipe? São questões afetivas ou financeiras? Responda francamente: o
problema está na empresa, nos outros ou em você?
Lembre-se: todo problema tem solução, desde que bem
identificado. E toda solução passa invariavelmente por sua decisão pessoal.
Você controla seus pensamentos, amadurece suas emoções e decide sair da zona de
conforto, abandonando o comodismo e o conformismo, buscando soluções em lugar
de culpados. Dê aos problemas a dimensão que efetivamente devem ter. Seja
flexível nos acordos, tolerante nas decisões, paciente com as respostas. E
aprenda com cada nova experiência vivida.
Fonte: Administradores
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