Pesquisa mostra que o melhor jeito de aprender um idioma é
dentro do contexto profissional
São Paulo - O modo como as pessoas aprendem e estudam
línguas está mudando. Nas escolas, o ensino de idiomas está cada vez mais
específico e personalizado para atender às necessidades de cada aluno.
Uma pesquisa realizada pela fundação The International
Research Foundation for English Language Education (Tirf) em parceria com a
escola de inglês Cultura Inglesa, divulgada em agosto deste ano, mostra que o
trabalho é um componente importante do aprendizado de línguas.
Coordenada pelos professores Anthony Fitzpatrick, da
European Centre for Modern Languages in Graz, na Áustria, e Robert O’Dowd, da
Universidade de León, na Espanha, a pesquisa mostra que as empresas esperam que
os profissionais pratiquem as "habilidades do século 21", como
capacidade de resolver problemas, se comunicar e colaborar com outros,
trabalhar em equipe, usar tecnologias online e ter análise crítica, tanto na
língua materna como em inglês.
Com isso, falar o idioma significa usar a linguagem de
negócios do dia a dia. "É crescente entre os educadores a crença de que as
pessoas aprendem de forma mais eficiente e natural quando usam a língua para
cumprir tarefas e estão envolvidas em uma comunicação genuína", escrevem
os autores.
Quando Anaísa Lubeck Carlini, de 38 anos, gerente de
recursos humanos da operadora de telecomunicações Nextel, de São Paulo, teve
de, pela primeira vez, participar de um projeto global, ficou receosa por não
falar inglês fluentemente e, ainda assim, ter de encarar reuniões e
conferências no idioma. "Eu já estava estudando, mas não falava direito.
Fiquei desesperada e comecei a fazer aula de inglês todos os dias", diz
Anaísa.
A pesquisa também ressalta que as próprias empresas têm
papel fundamental na capacitação de seus funcionários. Cabe a elas direcionar o
que vai ser estudado pelos seus funcionários, aproximando esse estudo da
realidade cotidiana do trabalho por eles executado. Os cursos devem ser
direcionados às necessidades específicas, simulando contextos e situações de
trabalho.
Como consequência, pode-se observar a crescente tendência no
uso de tecnologias online como ferramentas de ensino e de aprendizagem, que
permitem conectar pessoas de variadas partes do mundo para estudar e trocar
informações.
Fonte: Exame
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