Como poucos, o rei do pop soube fazer parcerias de sucesso, conseguiu
trabalhar com relativa independência, soube identificar oportunidades e, quase
sempre, calculou bem os riscos de suas empreitadas
Polêmico, mesmo quatro anos depois de sua morte, Michael
Jackson ainda é um misto de herói e bandido, que desperta amores e ódios muito
intensos. Ao mesmo tempo em que foi o centro de problemas sérios na Justiça e
crises pessoais e familiares, é reconhecido como um dos maiores gênios da
música pop mundial. E é justamente de sua carreira profissional que podemos
tirar algumas lições que escapam ilesas às máculas sofridas por sua imagem.
Em um artigo publicado no Administradores.com pouco depois
da morte de Jackson, o palestrante Fabiano Brum destacou alguns pontos
relativos ao perfil empreendedor do rei do pop, que começou a cantar muito
jovem, soube fazer parcerias de sucesso, conseguiu trabalhar com relativa
independência, soube identificar oportunidades e, quase sempre, calculou bem os
riscos de suas empreitadas.
Confira as lições destacadas por Brum:
1 – Não existe idade para empreender
Jackson começou a
cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira
profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5. Em 1972, aos 13 anos,
iniciou sua carreira solo, pois era evidente o seu talento e como havia se
destacado em meio aos demais componentes do grupo.
2 – Parcerias de sucesso
Michael Jackson sempre foi reconhecido por fazer parcerias
estratégicas que lhe renderam resultados espetaculares, como com o produtor
Quincy Jones (uma espécie de mentor em sua carreira). “Off the Wall”, o
primeiro trabalho que lançaram, atingiu vendagem acima de 20 milhões de discos.
Michael tinha talento para construir boas parcerias, tendo trabalhado junto com
artistas como Paul McCartney, Slash (guitarrista do Guns ‘n Roses), Eddie Van
Halen, Lionel Ritchie, entre outros.
3 – Independência e autoconfiança
Graças ao sucesso em sua carreira solo, aos 13 anos o astro
começou a se libertar das garras do pai que o humilhava publicamente. Em 1983,
vingando-se contra anos de maus tratos e humilhação, Michael demite seu pai que
ainda atuava como seu empresário. No especial para a TV sobre os 25 anos da
Gravadora Motown, Jackson exigiu cantar uma de suas próprias músicas, diferentemente
dos demais convidados, que relembraram antigos sucessos da gravadora. Ao som de
Billie Jean, Michael chocou o público com o passo monnwalk, que se tornaria uma
de suas marcas registradas.
4 – Busca de oportunidades e correr riscos calculados
Por várias vezes, Michael Jackson investiu dinheiro de seu
próprio bolso para bancar suas ideias, já que algumas delas eram tão ousadas
que assustavam sua gravadora. Em 1982, o disco Thriller chegou às lojas e
pulverizou todos os parâmetros para medir um álbum bem sucedido. O LP chegou a
vender 1 milhão de cópias por semana, rendendo-lhe 140 discos de ouro e
platina. Das 9 faixas que compunham o disco, sete chegaram ao Top 10 da
Billboard. Thrilller vendeu 106 milhões de cópias.
5 - Inovação
Michael Jackson tem mais vendagens do que Beatles e Elvis
Plesley juntos. Há três semanas do Natal de 1983, foi lançado o vídeo de
Thriller, o mais ambicioso projeto de Michael Jackson. Sofisticação, duração,
equipe e orçamento dignos de cinema, o clipe se tornou instantaneamente a
referência máxima do gênero e um dos pilares da cultura pop. O vídeo triplicou
a venda do disco e ajudou a popularizar a MTV.
6 – Crie uma marca
Michael sabia muito bem como usar algumas ferramentas de
marketing. Era especialmente notável sua capacidade de criar marcas. Como Elvis
Presley já era “O Rei do Rock”, Jackson resolveu batizar-se de “O Rei do Pop”.
Além disso, ele soube criar outras referências junto aos seus fãs, como o passo
moonwalk, a luva branca em apenas uma das mãos, suas roupas, entre outras.
7 – Seja socialmente responsável, retribua
Michael Jackson fez contribuições para 39 casas de
caridades, além de promover inúmeras outras ações sociais. Suas músicas podiam
facilmente transpor barreiras nacionais, assim como de idade e sexo. Em 1985
ajudou a promover a mega campanha USA for África. A música-tema “We Are The
World” (“Nós somos o mundo”), composta por Michael Jackson e Lionel Ritchie,
reuniu 44 cantores da “nata” do pop americano. Estima-se que esta ação tenha
gerado aproximadamente US$ 50 milhões. Em 2001, Michael Jackson ganhou do
Guinness Book o título de artista que mais contribuiu com obras de caridade em
toda a história.
As falhas
Em seu artigo, após ressaltas as lições, Fabiano Brum lembra
que o cantor também cometeu seus deslizes e pagou caro por eles. “Michael
Jackson também cometeu inúmeros erros do ponto de vista estratégico do
empreendedorismo, e estes fatores causaram estragos em sua carreira, em suas
finanças e arranhões em sua imagem”, afirma, ressaltando, no entanto, que tais
erros não diminuem a validade dos bons exemplos.
Fonte: Administradores
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