Ao entender o negócio, o mercado e as estratégias de
crescimento, o departamento de RH se torna parte fundamental para o alcance dos
resultados da empresa e elimina antigos paradigmas
Promover a gestão do Capital Humano alinhado à sua estratégia
de negócio é um grande desafio para empresas de diferentes portes e áreas de
atuação. Não basta conhecer os funcionários e estabelecer competências para
suas ocupações, é necessário também entender o negócio, o mercado e as metas de
crescimento em toda a cadeia e se incluir como parte integrante para o alcance
dos resultados da companhia.
O RH que ainda mantém características operacionais sem a
preocupação de atingir resultados está fora do foco de competitividade
organizacional exigida pelos seus CEOs; isto já é uma realidade empresarial. A
questão agora é como, de fato, o RH pode contribuir para o desempenho da
empresa.
Para melhorar o desempenho da gestão do Capital Humano e,
consequentemente, a produtividade e seus resultados, a organização deve ser
capaz de monitorar, medir e avaliar as metas e processos de RH que estão em
andamento. Conseguindo assim, prestar contas sobre suas realizações de forma
clara e objetiva, pois não há gestão eficaz do negócio sem informações
recorrentes, sólidas e que tenham valor.
Quando o RH põe o foco nos resultados mensuráveis, ganha
credibilidade perante os olhos dos gestores da empresa e mostra que se trata de
uma área profissional, que se preocupa com cada centavo investido. Além disso,
a mensuração dá subsídio para o constantemente aperfeiçoamento das ações
internas, construindo uma cultura de resultados e engajamento e,
consequentemente, produtividade, já que colaboradores engajados realizam mais e
melhor.
Os indicadores de performance do capital humano são diversos
mas há alguns pilares básicos: quantidade, custo, tempo, qualidade e
satisfação. Como premissa para medir esses indicadores, é necessário um
repositório e um banco de dados confiável, com critérios iguais e métodos de
cálculos que possibilitem análises para a tomada de decisões. Neste contexto, a
tecnologia serve como um apoio para facilitar os processos de monitoração e
medição de resultados, instrumentalizá-los e gerir os números.
Mas medir resultados vai além dos indicadores que demonstram
se os processos internos de RH são eficientes. Cabe à área avaliar
numericamente o impacto de seus processos, já que quando não se mostra
monetariamente os resultados, os investimentos em pessoas passam a ser vistos
como despesas.
Por exemplo, em vez de mostrar à diretoria que a taxa de
turnover da empresa é de 20% ao ano, por que não converter esse percentual em
dinheiro? Desta forma, o indicador de rotatividade seria mais facilmente
entendido se o RH apontar que ao perder
capital humano a empresa também perdeu um relevante investimento com taxas
trabalhistas de desligamento, trabalho que deixou de ser feito até selecionarem
e treinarem outro profissional, que demorará meses para produzir como o
anterior, que tinha tempos de casa etc.
Assim, apesar de algumas ações de RH serem intangíveis, o
departamento pode sim transferir em valores monetários diversos indicadores,
como taxas de absentismo, índice de acidentes etc.
Por fim, devemos lembrar que o RH é o elo entre a estratégia
da empresa e seus colaboradores, e que, por intermédio de ações e valores
mensuráveis ou não, ele tem o papel fundamental de desenvolver pessoas. E
pessoas felizes e motivadas são absolutamente essenciais para o sucesso de toda
e qualquer empresa.
Fonte: Administradores
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