Neste ano, pela primeira vez, os americanos vão passar mais
tempo vendo conteúdo digital que assistindo à TV, aponta um estudo da eMarketer
São Paulo -- Não é novidade que a TV vem gradualmente
perdendo espaço para a internet. Neste ano, os americanos devem chegar ao
emblemático momento em que o tempo empregado em conteúdo digital vai superar o
tempo gasto assistindo à TV, aponta um estudo da eMarketer.
Segundo o estudo, o tempo médio em que os americanos adultos
passam consumindo conteúdo digital aumentou de 3 horas e 14 minutos por dia em
2010 para 5 horas e 9 minutos diários neste ano. Essa conta inclui navegação na
web e acesso a serviços online por meio de aplicativos móveis.
O tempo dedicado à TV também cresceu nesse período, mas
pouco. Em 2010, os americanos passavam 4 horas e 24 minutos por dia, em média,
diante do televisor. Neste ano, serão 4 horas e 31 minutos. Pela primeira vez,
a internet vai ganhar mais tempo de atenção que a TV.
A eMarketer ainda prevê que essas pessoas vão dedicar, em
média, 1 hora e 26 minutos por dia ao rádio e 32 minutos a jornais e revistas.
O tempo de audição de rádio caiu um pouco. Era 1 hora e 36 minutos em 2010. Mas
a queda mais forte (de 36%) ocorreu no tempo dedicado à mídia impressa, que era
de 50 minutos em 2010.
O estudo considera o tempo total em que a pessoa está
exposta a um determinado conteúdo. Se alguém lê um jornal com a TV ligada, por
exemplo, esse tempo é somado tanto na conta da mídia impressa como na da
televisão.
Outra informação interessante é que o tempo gasto pelos
americanos com tablets está quase alcançando o que é dedicado aos smartphones.
Em 2010, em média, cada pessoa passava, por dia, 10 minutos interagindo com o
smartphone e 1 minuto com o tablet (que pouca gente tinha na época).
Neste ano, serão em média, 1 hora e 7 minutos com o
smartphone e 1 hora e 3 minutos com o tablet. A própria eMarketer observa que
as estimativas de tempo variam bastante entre as empresas que fazem esse tipo
de estudo, especialmente no que se refere ao tempo gasto com computadores
pessoais.
Logo, os números sempre contém boa dose de incerteza e estão
sujeitos a questionamentos. Mesmo assim, a ultrapassagem da TV pela internet
parece inevitável, e são fortes as evidências de que ela está acontecendo neste
ano.
Fonte: Exame
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