Uma pesquisa feita pela Towers Watson mostrou que o maior
causador da falta de engajamento por parte dos colaboradores era o
relacionamento com as lideranças
Pesquisa recente da consultoria
Fellipelli, feita com aproximadamente 2.605 pessoas no primeiro
trimestre deste ano, 40% dos brasileiros pretendem mudar de emprego
ainda em 2013. Entre as principais motivações para essa mudança estão os
problemas com a atual liderança (13%).
Outro estudo realizado pela Towers Watson, com 90 mil trabalhadores
em 18 países, incluindo o Brasil, mostra que, destes, apenas 21% estavam
engajados no trabalho. E, segundo a pesquisa, o maior causador da falta
de engajamento era o relacionamento com as lideranças. Ou seja, a boa
liderança continua sendo fator primordial para a retenção de talentos.
Para superar as expectativas dos atuais profissionais não é
suficiente ter apenas o conhecimento, a diligência e a obediência dos
trabalhadores, componentes esses que atendiam às necessidades das linhas
de produção das fábricas no século passado. Precisamos da criatividade,
da iniciativa e da paixão dos colaboradores e isso não se arranca, se
conquista.
Entretanto, os líderes precisam alcançar resultados tendo a pressão
dos acionistas de um lado e uma equipe desmotivada e pouco produtiva do
outro. Muitas vezes, porém, não são preparados para os desafios, pois
aprenderam a gerar empresas na tentativa e erro. O que fazer, então,
para conseguir alterar esse quadro?
Apresentarei 5 ingredientes que, se colocados em prática, podem modificar exponencialmente esse panorama. Vamos a eles.
Pratique a escuta empática: a maioria das pessoas ouve com o objetivo
de responder e não de realmente entender a mensagem. O desafio é maior
do que simplesmente ouvir, que já exige por si só muito esforço. O
objetivo é sentir com o coração, é genuinamente se importar com o
colaborador, o que demanda treino.
Ofereça feedback positivo: isso mesmo, aprenda a elogiar com
sinceridade. Pesquisas mostram que feedbacks positivos oferecidos com
regularidade aumentam em até 80% o desempenho dos colaboradores.
Coloque a pessoa certa no lugar certo: embora este conceito seja
repetido nas empresas há décadas, na prática ainda não acontece. As
pessoas não mudam de cargo porque tudo está funcionando. No entanto, uma
pequena alteração pode aumentar muito a felicidade e produtividade das
equipes. Faça rodízios. Coloque cada colaborador para ensinar seus pares
a fazer sua atividade. Isso evita a existência de profissionais
insubstituíveis e aumenta a mobilidade da equipe.
Exercite a delegação: pessoas que estão prontas para novos desafios
tendem a desmotivar e sentirem-se subutilizadas. Algumas chefias caem na
armadilha de serem centralizadoras em tarefas essenciais, por acharem
que outros não as farão tão bem quanto ele; evite esse tipo de
comportamento, pois, assim, você gera na equipe a sensação de menos
valia.
Faça perguntas, não dê conselhos: as pessoas só se comprometem de
fato se sentirem que foram parte da solução e não do problema. No
entanto, seguem a lei do menor esforço e, por insegurança, preferem as
receitas prontas. Não ceda à tentação de entregá-las. Devolva as
perguntas, faça com que seus colaboradores encontrem as saídas para os
problemas e só fique por perto para acompanhar e validar. Conselhos
criam grupos dependentes. Estimule a gestão participativa.
Todos esses ingredientes exigirão de você, líder, mudança de postura e
alteração de hábitos. Isso demanda treino, mas os resultados realmente
valem a pena.
Fonte: Administradores
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