Papéis da estatal impulsionavam Ibovespa nesta segunda
feira; BB Investimentos destaca aumento de produtividade e programa de
otimização de custos operacionais
São Paulo - As ações da Petrobras abriram a semana com
fortes ganhos e sustentavam o bom desempenho do Ibovespa neste primeiro pregão
da semana. Na máxima do dia, as ações ordinárias (PETR3) atingiam o valor de
16,65 reais, uma alta de 3,5%, enquanto as preferenciais (PETR4) eram negociadas
a 17,61 reais, avançando 3,10%
A BB Investimentos mantém seu preço-alvo para a Petrobras
após a divulgação do resultado da estatal na sexta-feira – o lucro líquido de
6,2 bilhões de reais representa uma queda de 19,4% em relação ao trimestre
anterior, enquanto o lucro operacional da empresa subiu 13%.
Em relatório assinado por Carolina Flesch, a BB
investimentos listou quatro motivos para manter seu preço-alvo. O primeiro
deles é a expectativa de aumento de produtividade no segundo semestre, em
decorrência do início do funcionamento de novas plataformas, do aumento da
produção nas áreas do pré-sal e dos resultados do programa de aumento da
eficiência da Bacia de Campos.
A corretora também destacou a manutenção dos elevados níveis
de processamento das refinarias, a continuidade do programa de otimização de
custos operacionais e a utilização da contabilidade de hedge, que afetará os
dados dos três meses do trimestre a partir do próximo resultado, ante dois meses
dessa vez.
Em balanço trimestral divulgado na sexta-feira, a Petrobras
reportou lucro líquido de 6,201 bilhões de reais - 24,1% acima das estimativas
dos analistas que acompanham a estatal. No dia, foi destacado que o resultado
havia sido impulsionado pela adoção da contabilidade de hedge, uma prática
contábil que limita o impacto do câmbio sobre as dívidas em dólar. A presidente
da estatal atribuiu resultado ao efeito do aumento dos preços de diesel e
gasolina ao longo do primeiro trimestre. A estatal realizará nessa manhã a
teleconferência sobre o resultado.
A recomendação do BB Investimentos é de “outperform”
(desempenho acima da média do mercado). A corretora vê um potencial de
valorização de 36% - o preço de mercado em 09 de agosto era de 17,08 reais e a
expectativa é que o preço chegue a 23,23 reais no final do ano.
O Goldman Sachs também segue com a recomendação de compra e
espera uma reação positiva do mercado para os resultados do segundo trimestre,
segundo relatório elaborado pela equipe de análise do banco.
Na opinião da equipe do Goldman Sachs, a estatal continua
movimentando-se na direção certa operacionalmente e quanto à disciplina de
capital e, além disso, o preço da ação leva em conta uma taxa de câmbio
estrutural entre 2,50 e 2,65 (real/dólar) perante a projeção de taxa do banco
de 2,40 e a taxa corrente de 2,27 real/dólar. Apesar de acreditar que o impacto
dessas inciativas deve se materializar ao longo do ano, a taxa de câmbio pode
ser particularmente negativa, segundo o banco.
O Goldman acredita que não há grande possibilidade de os
resultados positivos do segundo trimestre se repetirem no terceiro e no quarto,
em decorrência das maiores pressões do câmbio nos custos. O relatório do
Goldman Sachs lista três riscos-chave para a Petrobras: perdas em produção,
desvalorização da moeda e maiores intervenções políticas.
As ações preferenciais da Petrobras registram queda de 7,5%
no acumulado de 2013, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa
brasileira, perde 17%.
Fonte: Exame
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