A posição está condicionada a responsabilidades grandes,
inclusive a de ser um exemplo a quem trabalha junto
Não é de hoje que as pessoas têm se conscientizado da
diferença entre um chefe e um líder. A figura do primeiro é relacionada a
alguém que manda; já a do segundo está próxima a alguém que dá vontade de
seguir, que inspira e nos ensina, que transforma o colaborador num seguidor.
Mas ser um líder não é uma tarefa simples. A posição está
condicionada a responsabilidades grandes, inclusive a de ser um exemplo a quem
trabalha junto. Quando exercemos um cargo de liderança, lidamos com um fenômeno
complexo, um palco onde se movimentam vários atores, na maioria das vezes com
interesses distintos e finalidades não tão convergentes quanto seria o ideal,
em cenários que mudam cada vez mais rapidamente a partir de vários aspectos.
Nessa cena complexa, o líder precisa colocar em sua balança
inúmeros fatores que, no final, não devem pender para nenhum dos lados. É
exigido dele que equilibre continuamente energia, capacidade pessoal,
organização, a opinião de outros líderes e os recursos que tem à disposição.
Tanto quanto as habilidades práticas e técnicas aprendidas
em faculdades e cursos, a capacidade e o potencial emocional dos profissionais
em lidar com os outros e consigo mesmo é cada vez mais visado e requerido por
quem contrata. Ocupar uma posição de liderança e ser bem sucedido em sua
carreira exige, com certeza, uma aptidão especial em lidar com os sentimentos e
reações de colegas de trabalho, subordinados e superiores. Significa, também,
utilizar algumas habilidades importantes, entre elas:
•
Autoconsciência: conhecimento das próprias emoções, percebendo como e
quando elas acontecem em nossa vida;
• Gestão das
emoções: capacidade de lidar com os sentimentos de maneira apropriada, sem se
deixar dominar por eles;
• Automotivação:
poder de ativar as emoções positivas como impulso à ação;
• Empatia:
palavra originada do grego empátheia, que significa “entrar no sentimento”. É o
reconhecimento do que os outros sentem;
• Gestão eficaz
das relações interpessoais: habilidade de flexibilizar os comportamentos e
atitudes em relação à percepção de nós mesmos e dos outros.
Como podemos observar, a inteligência emocional, continua
sendo um fator fundamental para o sucesso de um profissional, seja ele líder ou
não. Saber lidar com as emoções é característica essencial no atual mercado de
trabalho.
Isso significa que, num mundo corporativo no qual o
principal capital se tornou o intelectual, essa figura necessita de um
entendimento e compreensão maior para com seus preciosos colaboradores.
O verdadeiro líder tem a capacidade de ouvir o próximo, e
fazer algo diferente. A diferença não está só na capacidade de gerir, organizar
e guiar um grupo, mas também em ser líderes criadores de contexto, capazes de
se colocar no lugar dos outros profissionais, de ousar e criar novas soluções
para os mesmos problemas de sempre, e aptos a gerenciar tanto as suas quanto as
competências emocionais de toda sua equipe.
Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor organizacional,
escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e
Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora
periodicamente com artigos para revistas e jornais. Autor dos livros: Viva como
Você Quer Viver, A Vida é Um Milagre e Transforme seus Sonhos em Vida - Editora
Gente. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br.
Fonte: Administradores
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