Uma gestão estratégica eficaz demanda informações fidedignas
e suficientes para a tomada de decisão empresarial, o que requer dados acerca
do ambiente de negócios e a própria organização.
Quando falamos em gestão estratégica, estamos falando em
formular e implementar ações a fim de alcançar objetivos organizacionais. Por
sua vez, esses objetivos podem ser resumidos à instituição de uma posição
competitiva sustentável da organização perante os seus concorrentes, visando a
uma crescente participação de mercado que proporcione benefícios à empresa e
aos seus stakeholders.
Contudo, uma gestão estratégica eficaz demanda informações
fidedignas e suficientes para a tomada de decisão empresarial, o que requer
dados acerca do ambiente de negócios e a própria organização. Para tanto, um
processo de inteligência competitiva bem estruturado é fundamental.
Segundo a Associação Brasileira dos Analistas de
Inteligência Competitiva (ABRAIC), inteligência competitiva é um processo que
“visa descobrir as forças que regem os negócios, reduzir o risco e conduzir o
tomador de decisão a agir antecipadamente, bem como proteger o conhecimento
gerado”. Tal área de conhecimento ganhou força nas últimas três décadas em
decorrência da migração de profissionais ligados a atividades de inteligência
estatal para a iniciativa privada, sobretudo em função do fim da Guerra Fria.
Ademais, o processo de globalização dos mercados e o desenvolvimento
tecnológico em setores ligados às telecomunicações catalisaram a estruturação
das atividades de IC, sendo Leonard Fuld um dos pioneiros e mais célebres
especialistas no assunto.
Assim, organizações públicas e privadas, com ou sem fins
lucrativos, dispõem de uma ferramenta capaz de minimizar as incertezas acerca
do cenário de negócios que se desenha, assim como facilitar o diagnóstico
organizacional. Em vista disso, melhora-se o posicionamento estratégico e
obtém-se mais segurança na condução de manobras que ajustem as ações
organizacionais aos seus objetivos propostos.
Outra consideração que merece destaque se refere ao caráter
ético da inteligência competitiva, pois é um processo que se baseia em dados de
fontes primárias e secundárias coletados com observância de regras
deontológicas, diferentemente de atividades de espionagem industrial
empreendidas por algumas empresas e agências de governo.
Por fim, cumpre salientar que uma atividade de inteligência
competitiva bem-sucedida demanda atividades de contrainteligência que impeçam
que dados críticos das organizações parem em mãos de elementos estranhos ao seu
quadro de colaboradores. Tal consideração é importante, pois é muito comum uma
organização se lançar à busca de informações de negócios sem dar igual
importância a possíveis investidas de ações de espionagem industrial de
concorrentes, governos e, até mesmo, de alguns colaboradores desprovidos de
conduta ética, resultando em prejuízos materiais e imateriais. Para ilustrar,
basta pensarmos nos recentes casos de espionagem empreendidos por agências do
governo dos Estados Unidos, em que informações de integrantes do alto escalão
do governo brasileiro foram interceptadas, isso sem falar em outras informações
críticas que não tiveram o mesmo destaque na mídia, como dados de outras
pessoas, empresas e recursos estratégicos ao nosso país (petróleo, minérios,
etc.), expondo a vulnerabilidade da contrainteligência nacional e ferindo a
soberania do país.
Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!
Fonte: Administradores
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