Durante várias décadas, nós brasileiros aprendemos muito com
outros países, especialmente com os Estados Unidos, sobre como fazer e gerir
negócios de sucesso. Quem acompanha o maior encontro de varejo mundial – que
acontece anualmente no mês de janeiro, em Nova York – pôde presenciar nos
últimos anos algo diferente e até inusitado: o Brasil sendo mencionado
positivamente em vários aspectos, desde gestão até inovação, e empresas
brasileiras estão sendo premiadas e reconhecidas pelo seu desempenho em várias
categorias.
A grande questão é que o conhecimento nunca está em uma
única mão e nem tampouco deve existir uma verdade única e exclusiva para
qualquer questão que envolva “pessoas”. A base para se criar ou gerir uma empresa
são as pessoas e, por esse motivo, tanto podemos aprender como ensinar. Essa é
a grande riqueza de se transformar e se aprimorar continuamente.
Um dos pontos mais discutidos no mundo dos negócios este ano
foi o propósito de existir de cada empresa. Isso, sem dúvida, é uma questão
bastante profunda. Mais do que isso, é um “retorno ao básico”. Trata-se
deresgatar o que o fez um dia o empresário se arriscar e empreender.
Quanto mais verdadeira for a essência da empresa, maior será
sua chance de sucesso. Esse
questionamento me parece muito importante para os negócios que visam ter
perenidade, pois eles falam da essência de existir de uma empresa. Quanto mais
verdadeira for essa essência, maior será a chance de sucesso, pois os clientes
compram com mais facilidade uma causa que seja pura do que uma inventada para
uma época específica e que sempre precisará de mudanças e novos discursos.
Esse exercício, com toda a certeza, é bastante novo.Tanto
que, se perguntássemos aos colaboradores de diversas empresas atuantes no
mercado, ou até mesmo aos seus fundadores, qual o propósito de existência de
cada uma delas, seriam bem poucos os que saberiam responder. Esse propósito não
pode ser somente o lucro. O lucro deve ser a consequência de uma missão que
faça as pessoas “arregaçarem as mangas” e fazerem acontecer.
Tente lembrar o que o impulsionou a se arriscar e empreender
algo novo, que fosse do seu jeito e com a sua cara. Caso você não se lembre,
pare um pouco e reflita: neste momento, qual a razão de existir da sua empresa?
Se isto ficar claro para você e para todos os seus colaboradores, provavelmente
nenhum concorrente o alcançará, pois falar ao coração dos clientes gera uma
forte identificação, não apenas com a marca, mas com o propósito de ser da
empresa.
*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é
especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e
franchising. Co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão
de negócios” e “Marketing para Franquias”
Fonte: Mundo do Marketing
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo participação!