quinta-feira, 22 de maio de 2014

3 motivos para não fazer o pagamento mínimo do cartão de crédito

Grande parte das pessoas tem cartões com limites que, somados, ultrapassam em muito sua renda líquida mensal




O cartão de crédito pode auxiliar bastante na compra de bens que não poderiam ser pagos à vista. Porém, podem também resultar em desequilíbrio financeiro, dependendo da forma como for utilizado.

Para tirar proveito desse recurso com segurança, o autor e consultor financeiro Emanuel Gonçalves da Silva, da SOS Dívidas, compartilha três motivos pelos quais o consumidor não deve optar por realizar apenas o pagamento mínimo de sua fatura do cartão de crédito.

Opte pelo parcelamento

Os juros do financiamento da diferença são maiores do que os juros de parcelamento: ao contrário do parcelamento, o pagamento mínimo financia o restante da fatura que se deixou de pagar a juros superiores aos juros de parcelamento. “Portanto, dê sempre preferência ao parcelamento”, orienta o consultor.

Libere o limite

O pagamento mínimo reduz seu limite. “Supondo que meu limite seja R$ 500 e eu tenha gasto tudo. Recebi uma fatura de R$500, com a opção de pagar o mínimo de R$102,73. Pagar esse mínimo liberará apenas os mesmos R$ 102,73 de limite em meu cartão. Como já paguei, terei direito a usar novamente aquele valor, entendeu? No entanto, se eu tiver alguma compra parcelada para o próximo mês, esses parcelamentos futuros também ‘comem’ o limite do cartão”, exemplifica da Silva.

Se for possível, o ideal é pagar tudo de uma vez, para liberar limite para os parcelamentos e novas compras; ou parcelar todo o saldo devedor do cartão, incluindo lançamentos futuros, para quitar todas as dívidas naquele cartão e poder tê-lo disponível por inteiro para usar com mais controle da próxima vez.

Não deixe o ciclo se perpetuar

O pagamento mínimo do cartão de crédito funciona como uma bola de neve: não se assuste, mas isso pode atrapalhar mais do que ajudar suas finanças pessoais. Pense assim: se você deseja pagar o mínimo em sua fatura, é porque não terá dinheiro para pagá-la inteira, certo? Se sua fatura deste mês veio R$ 500 e a sua fatura do mês que vem já terá R$ 300 em compras parceladas passadas, pagando apenas o mínimo, a diferença será somada à próxima fatura.

“Isto é, além dos R$ 300 das compras parceladas que já iam mesmo ser cobradas no próximo mês, você também deverá pagar a diferença da fatura que você pagou parcialmente. Usando o exemplo ali de cima: pagando o mínimo, vão R$ 397,27 para a próxima fatura, mais os R$ 300 de compras parceladas, totalizando R$ 697,27. Esse valor acaba sendo ainda maior do que os R$ 500 que já estavam pesados para você, o que pode fazer você optar pelo mínimo novamente… E o ciclo se perpetua”, analisa o especialista.

Não pagar é uma opção?

Se você chegar à conclusão de que perdeu o controle do valor devido e já vem pagando o valor mínimo há meses, é melhor parar de pagar e deixar passar uns dois ou três meses, que a administradora então vai começar a apresentar opções de liquidação do total da dívida. “E por mais incrível que pareça, quanto mais antiga ficar sua dívida sem pagar mais descontos você consegue na hora de um acordo”, aconselha da Silva.



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