quinta-feira, 7 de maio de 2015

62% dos brasileiros acreditam que o desemprego vai aumentar, aponta Catho

Mesmo com o pessimismo, 89% dos respondentes têm muita intenção de buscar uma colocação ou recolocação no mercado de trabalho



O atual momento do mercado de trabalho não é um dos mais otimistas na visão dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa da Catho, 62% dos brasileiros acreditam que o desemprego irá aumentar até o fim de 2015.

A pesquisa “Procura de trabalho no atual cenário econômico” foi realizada entre os dias 20 e 24 de março. Ela contou com 14.235 respondentes em todo o país, onde 52% deles são homens, 26% têm até 24 anos e 77% residem na região Sudeste.

O estudo também apontou que 81% dos entrevistados acreditam que os últimos eventos relacionados à política têm impactos diretos no mercado de trabalho.

Segundo Luis Testa, Head de Pesquisa e Estratégia da Catho, o atual momento da economia contribui para essa desconfiança do brasileiro em relação ao mercado de trabalho. “A inflação, que tem reduzido o poder de compra das pessoas, e notícias relacionadas a desemprego, crescimento do PIB e redução dos investimentos por parte das empresas, por exemplo, contribuem para esse sentimento de descrença em relação ao futuro”, relata Testa.

Sobre a opinião dos trabalhadores em relação à influência de fatores externos, 67% dos respondentes acreditam que a economia global tem grande impacto sobre o assunto, enquanto 23% acham que tem um impacto razoável e 5% acreditam que não tem impacto algum. Dos que concordam, 68% estão desempregados e 65% empregados.

Mesmo com o pessimismo, 89% dos respondentes têm muita intenção de buscar uma colocação ou recolocação no mercado de trabalho.

Entre eles, 35% acreditam que este é um bom período para isso, enquanto 33% acham que é algo que depende da área escolhida. Entre os desempregados e empregados que responderam ser um bom momento, os "sem empregos" estão otimistas, com 40% dos votos contra 25% dos "com emprego".

Sobre a expectativa em relação ao mercado de trabalho, 44% não estão nem otimista nem pessimista. Já 33% deles afirmaram que estão pessimistas e 20% otimista. Sobre a expectativa em relação ao salário, 61% acreditam que irá permanecer estável, 27% acham que deve diminuir e 7% acreditam que ele deve aumentar.



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