domingo, 24 de maio de 2015

5 lições do judô para o mundo dos negócios

Judô, em tradução do japonês, significa “caminho da suavidade” ou “caminho da gentileza”. Ser suave e gentil é a base para qualquer atividade, inclusive no ambiente corporativo




Em tempos de crise, como os atuais, inovação e criatividade são ainda mais importantes para quem quer – e precisa – fazer seus negócios continuarem vivos. É, a cada dia, uma nova luta. Nesse momento, as analogias do mundo corporativo com as artes marciais tornam-se ainda mais óbvias, mas não por isso menos úteis. O Judô, criado pelo professor Jigoro Kano em 1882, é hoje reconhecido mundialmente como um esporte olímpico de competição. Mas é muito mais do que isso. É um estilo de vida que tem muito a ensinar ao mundo dos negócios, como mostram os cinco pontos a seguir:

Caminho Suave – Judô, em tradução do japonês, significa “caminho da suavidade” ou “caminho da gentileza”. Ser suave e gentil é a base para qualquer atividade, inclusive no ambiente corporativo. Não respeitar pares, concorrentes ou superiores, não é sinal de superioridade ou mesmo de esperteza, mas sim de despreparo e fraqueza. No Judô, os oponentes se cumprimentam sempre. Nas palavras de Jigoro Kano, esse ato é “você está agradecendo ao oponente pela oportunidade de melhorar sua técnica”. Seu concorrente, seja ele quem for, pode te fazer melhor, ao te obrigar a se superar. Você já pensou nisso?

Ceder para vencer – Existe uma lenda sobre o Judô que conta que, ao observar a queda da neve nas árvores enquanto meditava, um dos antigos mestres viu que os galhos mais velhos e enrijecidos, ao receber os flocos de neve, juntavam muitos, mas quebravam depois de um tempo. Já os mais novos, leves e flexíveis, curvavam-se derrubando a neve que se acumulava neles. Assim é o princípio do ceder para ganhar: flexibilidade. Quanto mais rígidos, presos a velhos paradigmas, a roteiros pré-concebidos, ideias antigas e desatualizadas, maior a chance do peso que os negócios trazem naturalmente consigo nos derrubarem, de nos quebrarem completamente. Ser flexível é, na prática, ter a capacidade de se reinventar. Algo imprescindível em momentos de crise. Prosperidade e Benefícios Mútuos – Um dos princípios do Judô é chamado de “Jita Kyoei”, que é traduzido como “prosperidade e benefícios mútuos”. Basicamente, significa que é preciso praticar a solidariedade e que algo só é bom se for bom para todo mundo. Tem algo mais corporativo do que isso? Pelo menos, é assim que deveria ser. Há anos fala-se da tal relação “ganha-ganha”, mas o cuidado é não transformar isso em um vale-tudo em que faz-se qualquer coisa para ter lucro. Não se trata disso, mas sim de compartilhar verdadeiramente o seu melhor, tanto interna quanto externamente, pois essa soma transforma 1 + 1 em 3.

Lutar para se aperfeiçoar, não se aperfeiçoar para lutar – A luta, diferente do que possa parecer a quem é de fora, não é o objetivo final do Judô, mas sim a melhoria contínua e completa dos seus praticantes. Lutar, assim, torna-se um processo de aprendizado. No mundo corporativo, por diversas vezes, os executivos são tomados pela fúria das metas, como se cumpri-las acima de tudo e todos resolvesse todos os problemas. Trocam-se membros de equipes, fornecedores, mas sem que ninguém olhe para dentro e aprenda algo com as lutas do dia-a-dia. E é nesse momento que um concorrente mais bem preparado toma à dianteira e só resta lamentar. A luta pode ser dura, mas é também a melhor escola para quem está pronto para assistir à aula.

Máxima Eficiência (Seiryoku Zen’Yo) – Jigoro Kano dizia que devíamos utilizar de forma global, racional e utilitária a energia do corpo e do espírito. É se colocar plenamente em suas atividades, usando de maneira completa todos os músculos e também a mente, com foco e decisão. Nos negócios, às vezes o peso é muito grande – com novos entrantes, problemas internos com a equipe, complicações diversas no desenvolvimento de novos projetos… E aí, somente quem estiver totalmente entregue às suas responsabilidades será capaz de superar obstáculos. A questão é que, quando se está nesse estado de plenitude, os recursos são utilizados de maneira precisa, gastando (dinheiro, tempo e pessoas) pouco e recebendo os melhores retornos possíveis, ou seja, o cenário ideal em qualquer momento, de crise ou não.



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