As atividades atribuídas aos cargos profissionais, devem e vão mudar com o passar do tempo. No caso dos Gestores Financeiros, não poderia ser diferente
Na literatura clássica sobre o papel do gestor financeiro (CFO) das empresas, a definição é a seguinte: maximizar o retorno do acionista. A partir deste ponto, é possível fazer alguns questionamentos: observando a velocidade, a complexidade e a interligação das mudanças do mundo atual, esse objetivo permanece válido? Quais as competências que o gestor precisa ter para atingir o objetivo proposto?
Respondendo a primeira pergunta, o objetivo permanece válido, cabe ao gestor financeiro buscar a maximização do retorno ao acionista, entretanto, ele deve considerar que na relação atual existem outros interessados na situação da empresa, chamados de stakeholders, ou seja, a maximização do retorno ao acionista não pode ser obtida ao custo de práticas como desmatamento, trabalho escravo ou sonegação de impostos. Desta maneira a relação muda de bilateral para multilateral, onde o gestor financeiro permanece em uma situação similar àqueles equilibristas que procuram manter diversos pratos girando ao mesmo tempo.
Para responder a segunda questão, a mudança de relações já mostra que o moderno gestor financeiro deve incorporar ao seu cotidiano conceitos como governança corporativa e sustentabilidade, e além disso, voltando a sua função principal (maximizar retorno aos acionistas), é preciso visualizar a empresa como um portfólio de projetos, cujo somatório de seus retornos será o retorno dos acionistas. O gestor deve, portanto, ter a capacidade de avaliar e gerir projetos, ressaltando que a empresa está inserida em um contexto maior, e é por isso que a avaliação destes projetos passa pelo entendimento do ambiente externo e de uma aderência a um planejamento estratégico da empresa.
Retornando ao ambiente interno da empresa, os projetos mencionados se traduzem na forma de produtos ou serviços que requerem recursos para sua execução, divulgação, vendas e entrega ao cliente, desta forma, apesar do gestor financeiro não estar à frente desses processos, cabe a ele o entendimento para mensurar, controlar e buscar alternativas para melhorar o desempenho da empresa.
Um outro ponto importante na atividade desse gestor é a busca dos recursos para manter a engrenagem funcionando. O conhecimento do mercado financeiro e de seus instrumentos contribui, sem exageros, para a própria sobrevivência da empresa, pois se o seu custo de capital for superior aos benefícios gerados pelos projetos, ela está fadada ao fracasso. Visto isso, pontos como administração de capital de giro, composição da estrutura de capital e fontes de captação de recursos se tornam cada vez mais importantes.
Como foi possível observar neste artigo, a formação do gestor financeiro moderno, deve reunir simultaneamente, conhecimentos específicos em finanças corporativas e mercado financeiro, que devem estar associados de maneira sistêmica e integrada às demais áreas de conhecimento que envolvem a empresa (pessoas, projetos, logística, etc.) No curso MBA Finanças, procuramos traduzir essa visão e estamos, a cada turma, atualizando o curso, trazendo o que existe de mais moderno, combinado com a excelência no ensino e a tradição do Laboratório de Finanças da FIA.
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Fonte: Administradores
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