sábado, 21 de fevereiro de 2015

Como lidar com mentirosos no trabalho

Aprenda a conviver com os mentirosos existentes no ambiente empresarial e saiba o que fazer para combatê-los




Certamente, a mentira não é uma coisa tão simples como algumas pessoas propagam, porquanto ela tem o potencial colossal não só para destruir uma alma, mas para despedaçar um reino inteiro. Ora, como uma nação pode ser forte se ela admite e concorda que um de seus maiores pilares seja exatamente a antítese suprema da sinceridade?

Sem que fiquemos paranóicos perante tantas embromações existentes a nossa volta, o que precisamos ter em mente diante de toda essa alegoria fantasmagórica é que ela é muito mais do que uma simples responsabilidade moral, mas uma inexorável obrigação ética, porquanto nós somos os seres regedores desse maravilhoso planeta e são exatamente as nossas escolhas que o fazem ser belo e formoso, ou fétido e tenebroso, dependendo das nossas constituições intelectuais.

Obviamente, quando um homem aceita perder a confiança dos outros em troca de vantagens pessoais, ele está querendo que sua credibilidade seja menor que sua sagacidade, isto é, para vencer na vida e alcançar seus objetivos, essa entidade aceita pateticamente passar por cima de tudo o que é mais justo e honroso, chegando ao absurdo de permutar seus valores e princípios morais em troca de objetos superficiais e genéricos. Usando uma outra forma de explicar, esse indivíduo é incrivelmente tomado por um desejo sórdido de se aproveitar da inocência dos outros para crescer e atingir suas metas, se endiabrando malignamente através do conjunto de suas ideias perfeitamente asquerosas e do amontoado inacreditavelmente manipulador de seus pensamentos astutamente calculados.

Vale mencionar ainda, que por mais que tentemos executar uma ação inversa para mudar esse panorama, precisamos sempre ter a concepção de que a verdade não é uma positividade muito fácil de ser executada em nosso meio, tendo em conta que para ela ser perpetuada solidamente na teia coletiva é impreterível que exista uma dualidade nobre entre as pessoas, de sorte que elas valorizem veementemente tal virtude para que ela possa ser fortalecida e consequentemente mantida com o passar dos anos. Em outros termos, essa ação é uma via de mão dupla, e foi exatamente por isso que o filósofo americano Henry Thoreau acertadamente disse: “É preciso duas pessoas para falar a verdade: uma para falar, e outra para ouvir.”

O que me deixa aterrorizado nesse embrulho todo é que mesmo sabendo que esse fato é importante para a sanidade mental da humanidade, nossa sociedade teima em interpretar erroneamente esse cenário: dando a esses embusteiros empatetados um poder que eles nunca tiveram. Por exemplo, muitos de nossos pares costumam pensar que esses coitados são verdadeiros espertalhões, porque aprenderam a levar vantagens e a tirar proveitos de algumas situações: como se o que eles praticassem fosse algo lucrativo e absolutamente passível de aplausos por conta de lhes entregar certos rendimentos e privilégios que a maioria das pessoas (consideradas boas) não têm.

Logo, não restam incertezas: essa interpretação é um reflexo fiel e realístico de um povo confuso e imaturo por natureza, que não sabe diferenciar o certo do errado, como se a bondade e a maldade fossem satanicamente a mesma coisa. Destarte, para esses sujeitos, não há uma forma de caráter enraizada, e essa conclusão é germinada porque existe uma engrenagem hipócrita funcionando a todo vapor para instituí-la, dotada de dois personagens verídicos que interagem entre si e contribuem para a criação desse tabuleiro estrambolicamente arquetípico. São eles, a raposa e o cordeiro.

A raposa é a disseminadora da mentira. Ela existe somente para externar sua perversidade e se alimentar da singeleza de coração do cordeiro, que vive apenas para ser enganado e ter sua casa saqueada e anarquizada recorrentemente. Escolhendo outro molde para explicar, esses dois agentes se conectam entre si para barganharem coisas fúteis e levianas, enganando e sendo enganados pelas próprias fantasias alienadoras que edificaram.

Existe ainda um terceiro personagem (uma modesta luz), que é o leão. Ele existe para falar a verdade e dar esperança ao mundo, objetivando fortalecer a genuína realidade e a fidedigna tangibilidade dos fatos.

Portanto, essa é a atmosfera presente: de um lado existem aquelas pessoas que se importam com as outras e buscam fazer deste mundo um lugar melhor, e do outro, existem aquelas que somente buscam seus peculiares interesses e simplesmente se omitem diante das injustiças e desigualdades existentes.

Como funciona os mecanismos interiores de um falsário

Um mentiroso se especializou com maestria na arte de controlar a mente do próximo, isto é, ele é um grande personagem que possui aptidões perfeitamente aguçadas que são suficientemente poderosas para transformá-lo em um ventríloquo meticulosamente cortinado, capaz de usar suas cordas conforme as próprias concupiscências sem que ninguém perceba absolutamente nada diante desse jogo pravo e alienador criado por suas vertiginosas mãos.


Desta forma, como um mero e inofensivo “artista”, ele pode transitar livremente sem ter que se preocupar com qualquer espécie de arrependimento, culpa e remorso que possa vir a existir, de sorte que o erro será sempre tolerado porque o centro do universo se encontra na busca absoluta por poder, fazendo com que todas as outras coisas caiam por terra imediatamente para que o trono do rei da astúcia reine soberanamente.

Assim, a índole desse estulto é sempre digna de repulsa e eterno ultraje por parte de todos aqueles que amam a equidade e a pureza, pois ela não passa de um conjunto alinhado e preciso de manipulações, estratégias e sagacidades que transformam o coração desse falsário em um ninho desenfreado de ideias endiabradas, fazendo com que as outras pessoas sejam meros alvos dessas ações perversas. Gênio no ofício das travessuras, ele adentra terrenos desabitados e em um curto espaço de tempo planta suas sementes que germinam de maneira agressiva e próspera, lhe rendendo frutos maduros e completamente comestíveis. Está assustado com tudo isso? Não se espante, pois todos os mentirosos são assim: para eles simplesmente “vale tudo”, na busca por soberanias e conquistas pessoais.

Seguindo o raciocínio dos parágrafos acima, resolvi elencar algumas peculiaridades marcantes dessas personalidades, de modo a sabermos melhor com quem estamos lidando. Em síntese, esses mentirosos:

• São verdadeiros gênios na arte de criar armadilhas e arapucas para que suas potenciais vítimas possam cair, embasados especialmente no comportamento padronizado que elas ostentam (usando os defeitos das pessoas para que elas próprias se ataquem instintivamente);

• Aprenderam a usar o terreno como excelsos visionários, possuindo profundo conhecimento dos movimentos executados no tabuleiro e, principalmente, tendo a ciência áurea de como usá-los a seu favor;

• São príncipes do marketing pessoal e seus passos se assemelham aos de uma fada pura e reluzente, capaz de encantar e seduzir até mesmo os corações mais obscurecidos;

• Lançam uma série de confusões premeditadamente para posteriormente aparecerem cinicamente com as sagradas soluções, organizando o terremoto como se fossem genuínos heróis capazes de salvar o mundo e de resgatar epicamente as pessoas;

• São exímios argumentadores e por ilação, capazes de converterem grandes ilusões em autênticas realidades - completamente imperceptíveis a olhos imaculados e desatentos -;

• Sabem se esconder ardilosamente de algumas situações onde são confrontados e questionados a finco, postergando a resposta para um futuro que quase sempre não chega por conta de suas propositais e aterrorizantes táticas de desvio;

• São velozes nos pensamentos e não raramente vencem as discussões simplesmente por serem mais ágeis e preparados (quase nunca por estarem certos);

• Conhecem seus inimigos profundamente e se atém a detalhes pouco notórios sob a ótica da maioria das pessoas, realizando pesquisas laboriosas e organizadamente eficientes para prover ações de redução das forças adversárias, bem como do aumento veemente de suas maiores fraquezas;

• Descobriram como mobilizar e influenciar as pessoas a fazerem exatamente o que eles querem, controlando vários braços em prol do plano mestre e do objetivo final;

• Encobrem-se recorrentemente por detrás de fatos relativizados para não correrem o risco de serem desmascarados, utilizando recursos inteligentes como a teatralidade e as miragens espontâneas para permanecerem sempre invisíveis;

• Compreenderam as melhores formas de utilizarem-se das ferramentas proibidas (toda sorte de corrupção) sem que ninguém perceba ou desconfie do fato;

Logo, que saibamos repelir esses ataques, não permitindo que essas ações nos afetem e nos contaminem, construindo escudos interiores capazes de suportar e transmudar esse enfadonho redemoinho. Lembre-se: inteligência é descobrir como encontrar a criatividade em meio a um turbilhão de linhas imaginárias.

Como conviver com esses hipócritas no trabalho?

Sabemos que não é nada fácil transitar em um lugar onde existem tantas pessoas diversificadas, com pensamentos contrários, gostos antagônicos e uma série de desejos inversos. E isso se torna ainda mais complicado quando existem pessoas falsas, dissimuladas e hipócritas nesse meio, que fazem com que o clima na empresa fique pesado e absolutamente desprovido de qualquer tipo de confiabilidade.

Mas não devemos levar essa realidade para o lado pessimista, tendo em vista que ela também representa uma maravilhosa oportunidade para crescermos emocionalmente e psicologicamente. Lamentavelmente, muitas pessoas esquecem que podemos ganhar força e vigor confrontando nossos medos e inseguranças, assim elas preferem o ócio e o repouso infundado, desperdiçando inúmeras chances de serem mais competentes e eficientes. Logo, que saibamos aproveitar esses acontecimentos para otimizarmos nossas qualidades, efetuando variadas maneiras de estender e expandir, a nossa resiliência.

Continuando a concatenação dos pensamentos expostos nas linhas acima, elaborei duas formas de defesa/ataque (os cuidados e as ações) ao sermos cotejados por pessoas de dupla identidade, objetivando responder eficazmente a essas forças frívolas e alcançarmos um estado de homeostase. Veja:

Os cuidados (reduzir, isolar, controlar e ceifar)

Reduza seu adversário

Quando lidamos com pessoas ignorantes, a primeira coisa a se fazer é não entrar no jogo delas, ou seja, é aprender a ignorá-las para que essas ações contrárias percam força (como veremos posteriormente no tópico “ataque seu adversário”). Além disso, é fundamental não ostentar um espírito de amargura por conta dessas flechadas terem sido lançadas com furor em nossa direção, porque o ódio tende a crescer em nossos âmagos e nos afetar, nos transformando em cópias autênticas desses néscios (futuramente falando).

Isole seu adversário

Certamente, uma grande arma para trombetear essas agulhadas é simplesmente manter um contato mínimo com esses falsários, tendo em vista que quanto mais nos afastamos dessas criaturas mascaradas, mais viva se torna a fonte mantenedora das nossas energias emocionais.

Controle seu adversário

Tenha muito cuidado ao passar informações incompletas para essas pessoas, porque elas as completarão por você (negativamente), isto é, elas irão transmudá-las e torna-las prejudiciais ao seu criador original. Em outras palavras, esses estúpidos se alimentam do erro dos outros e buscam incessantemente encontrá-los ou cria-los, fazendo com que um fato pequeno ganhe uma proporção enorme, prejudicando a vítima que sofre por ter suas ideias deturpadas e corrompidas por esses sensacionalistas.

Ceife seu adversário

Uma estupenda maneira de adquirir tolerância é recebendo sabiamente essas espetadas contrárias que nos chegam, de forma a adquirir resistência e teimosia através delas. Logicamente, o seu inimigo é o melhor ente para lhe proporcionar tal vantagem, pois ele vive única e exclusivamente para instiga-lo. Portanto, tire vantagem dessa desvantagem, de modo a nutrir-se desse arsenal de golpes ofensivos, tornando os mesmos uma tempestade de pontos positivos em sua estrada.

As ações (conhecer, atacar, amar e influenciar)

Conheça seu adversário

Normalmente essas pessoas se apresentam como criaturinhas meigas, carinhosas, generosas e caridosas, transmitindo uma imagem extremamente carismática e totalmente desprendida de qualquer tipo de malignidade. Contudo, elas são assim somente por fora, pois seus corações batem apenas por bater e não raramente as vemos mudar de comportamento rapidamente quando seus amigos lhes dão as costas, como se pudessem ter dois papéis em vida: o primeiro, para marketing e poses angelicais (para afastar qualquer hipótese de suspeita) e o segundo para criação de táticas visando o aumento de poder (ataques planejados para se apoderar da fragilidade de suas vítimas).

Sendo assim, tenha muito cuidado com a parte oculta dessas pessoas, que é genuinamente demoníaca e peculiarmente malévola.

Ataque seu adversário

Precisamos registrar ainda que um traiçoeiro é tão insignificante e desprezível, que nem é necessário duelar contra ele, haja vista que suas obras são como castelos de areia e recorrentemente se desestruturam facilmente ao enfrentarem a natureza de uma brisa mais vigorosa. Assim, fique tranquilo, porque por numerosas situações será suficiente apenas observar e silenciar, e as forças superiores se encarregarão do resto.

Ame seu adversário

Um homem que tem virilidade e evasão suficiente para amar seu inimigo, herdou a chave mestra capaz de abrir facilmente as mentes mais trancadas do universo. Por isso, tenha sempre enraizadas e arraigadas dentro de sua aura, as três colunas supremas da sabedoria, que são: a benevolência, a paciência e a longanimidade, para que as algemas do mal não tenha poder de afastá-lo das colunas honrosas e das veredas portentosas do nosso mundo.

Influencie seu adversário

Demonstre para o seu oponente que apesar das atitudes contrárias dele, você manterá intacta e estática suas nobres convicções, pois seu caráter independe de qualquer evento exterior. Além disso, se tiver oportunidade, tente mostrar para ele a maravilhosa arte de ser honesto, sincero e confiável, de sorte que ele conheça o caminho da luz, que porventura pode nunca ter sido apresentado para ele. Mais uma vez, usarei uma frase do sensacional Thoreau para fechar esse tópico: “Para cada mil homens dedicados a cortar as folhas do mal, há apenas um atacando as raízes.”

É importante que nos adequemos de maneira estratégica a esses complexos vórtices, porquanto precisamos nos acostumar a pisar seguramente sob esses espinhos e ervas daninhas, caminhando pacificamente em meio a um jardim trevoso pelo poder mágico da sandália da esperança trajada por nossos pés.

Certamente, a verdade é a maior força do universo: ela é a mola percursora de todas as vitórias humanas e a virtude que mais aproxima o homem do absoluto. Assim, que sejamos criaturas sinceras e honestas para que possamos realizar nossos sonhos sem que seja necessário destruir os dos outros.



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