segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Se Dilma cair, quais as opções?

Muito se fala em impeachment, mas as discussões sobre quem substituiria a atual presidente são menos frequentes; listamos aqui as principais possibilidades




Com a notícia de que o governo Dilma bateu o recorde de desaprovação da série histórica de pesquisas do Datafolha, a ideia da deposição da presidente se torna cada vez mais concreta. Apesar de não existirem ainda processos nesse sentido ou mesmo provas de que seu mandato poderia ser impedido, a possibilidade do impeachment não é distante. Muito se discute sobre a queda da presidente, mas pouco sobre o cenário político que a sucederia. Além da opção imediata, que seria a posse do vice presidente, que rumos o governo do Brasil poderia tomar? Para reflexão, listamos aqui algumas possibilidades, das mais óbvias às mais improváveis. Por qual delas vocês, administradores, optariam?

Primeiras opções

Michel Temer

É o atual vice-presidente da república. Se Dilma for cassada por fraude eleitoral, o mandato de Temer também se torna inválido, e ele cai junto com ela. Mas se for por qualquer outro motivo, a menos que ele seja denunciado também pelo mesmo crime, Temer permanece no cargo, e como ele é o vice, assumiria a presidência.

Eduardo Cunha

Cunha é deputado federal pelo Rio de Janeiro e é o atual presidente da Câmara dos Deputados. Pela lógica política, se houver impedimento de Dilma e Temer também for cassado, Cunha é o sucessor natural, caso não haja novas eleições.

Renan Calheiros

Senador pelo estado de Alagoas, Calheiros cumpre seu terceiro mandato no cargo e é, atualmente, o presidente do Senado. Já havia ocupado essa posição antes, mas renunciou graças a escândalos e denúncias de corrupção que mancharam sua imagem pública. Se Eduardo Cunha for cassado, já que é denunciado na Lava Jato, não poderá assumir no lugar de Dilma, tornando Calheiros o próximo na fila da sucessão.

Aécio Neves

Candidato nas últimas eleições pelo PSDB, chegou em segundo lugar apertado na corrida. Em caso de novas eleições, é o líder das pesquisas.

Lula

Em caso de novas eleições, é o candidato provável do PT. Sua imagem está arranhada pelas denúncias, mas não se pode prever nada até que as investigações e julgamentos ocorram. Já foi presidente duas vezes e ainda é um dos líderes mais influentes do país, contando com forte apoio popular.

Correndo por fora

Marina Silva

Candidata nas duas últimas eleições para a presidência, obteve mais de 20 milhões de votos na última delas. Embora esteja "apagada" politicamente, conseguiu votos suficientes para regularizar o seu partido, Rede Sustentabilidade, e continua um nome forte.

Romário

Embora esteja focado em conquistar a prefeitura do Rio de Janeiro, é hoje um dos parlamentares mais influentes do país, um dos principais nomes do PSB e goza de grande prestígio em todo o Brasil. Sua iniciativas políticas têm ganhado admiração popular. 

Jair Bolsonaro

Militar da reserva, Bolsonaro foi o deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro nas eleições gerais de 2014, eleito pelo Partido Progressista. De linha conservadora, costuma fazer declarações polêmicas e dividir opiniões. Já se declarou como candidato e encontra apoio relevante em parcela mais conservadora da sociedade.

José Serra e Geraldo Alckmin

Ambos rivalizam com Aécio pela vaga de candidato do PSDB.  Já disputaram a presidência da República e perderam, mas continuam listados entre os prováveis candidatos sempre.

Luciana Genro e Jean Wyllys 

Nomes de maior expressão nacional hoje no Psol, são possíveis candidatos do partido, que sempre apresenta candidatura. Mas é importante lembrar que o Psol é formado por várias correntes e muitas vezes, nos processos pré-eleitorais, acabam sendo escolhidos nomes com força interna, mas sem expressão nacional.

Improváveis, mas não impossíveis

Fernando Henrique Cardoso

O ex presidente e sociólogo é o nome de consenso do PSDB e o mais capaz de unificar todas as correntes internas do partido, apaziguando as disputas entre Aécio, Alckmin e Serra.

Joaquim Barbosa

Foi procurador da República e ministro do Supremo Tribunal Federal, corte da qual foi presidente de 2012 até 2014. Ganhou visisbilidade política justamente enquanto presidente do STF durante o julgamento do Mensalão. Nunca descartou a possibilidade de se candidatar à presidência da República, embora não tenha demonstrado interesse efetivo no momento. Já foi citado em pesquisas e é um nome forte, pois tem apelo popular. 



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