quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Pare de fazer dietas se quiser emagrecer, afirma nutricionista

Franco-brasileira acaba de lançar livro “O peso das dietas”, que se posiciona contra regimes alimentares restritivos




Está nas livrarias brasileiras um livro que pretende colocar em xeque a ideia de que, para emagrecer, é preciso fazer regime alimentar restritivo. “O peso das dietas”, lançado pela editora Sensus, é baseado em estudos da nutricionista Sophie Deram, que garante que “as dietas são, em longo prazo, a mais importante fonte de ganho de peso das pessoas”.

Segundo a autora, que é doutora em Endocrinologia pela USP (Universidade de São Paulo), não fazer dieta é o caminho para viver com qualidade e com o peso saudável. Ou seja, não, não é preciso cortar o glúten ou se alimentar apenas de proteínas, por exemplo (a menos que você tenha problemas de saúde que imponham esse tipo de restrição).

Sophie afirma que chegou à conclusão de que os famosos regimes podem até funcionar no começo, mas cerca de 90% ou 95% das pessoas voltam ao peso inicial, ou até o ultrapassam. Segundo ela, isso acontece porque o cérebro não entende a mudança repentina na alimentação como algo benéfico. Pelo contrário. “Seu cérebro não percebe a perda de peso como um sucesso de beleza, percebe-a como um grande perigo. Por isso, desenvolve mecanismos de adaptação para proteger você”, explica.

Francesa e naturalizada brasileira há 10 anos, Sophie Deram foi convidada a palestrar no evento TEDx Jardins Women. Seu objetivo principal ao escrever o livro é “fazer com que a sociedade reflita sobre os riscos à saúde que podem ser provocados por regimes alimentares restritivos, além de fazer com que as crianças de hoje em dia já cresçam com um pensamento saudável”, diz comunicado divulgado à imprensa.

“Espero também alertar os pais de crianças que hoje crescem encarando com dificuldade uma alimentação normal e variada, que se sentem culpadas ao cometer alguns excessos em dias de festas, ou de ir a um fast food de vez em quando, ou de comer uma fatia de pizza ou de bolo”, finaliza a profissional, que defende o consumo de alimentos verdadeiros e o resgate da culinária familiar.



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