quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

10 brasileiros que fizeram história em 2014




2014: um ano para ficar na história

São Paulo - O que não faltou em 2014 foram momentos memoráveis. Também, não era pra menos: a Copa do Mundo no Brasil, as eleições e a revelação de um esquema de corrupção na Petrobras dividiram os holofotes nos 12 meses do ano. 

Se para algumas pessoas, 2014 foi um ano que merece ser esquecido, para outras, foi pano de fundo para momentos históricos. 

É o caso do matemático Artur Ávila, que não vai esquecer do ano em que ganhou o "Nobel de matemática"  e se consagrou como o único brasileiro com este prêmio no currículo. 

Depois de disputarem as eleições mais conturbadas e acirradas desde a redemocratização, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva, de uma forma ou de outra, saíram ganhando. 

Veja, nas fotos, por que estes e outros brasileiros tornaram 2014 memorável. 



Dilma, Marina e Aécio

Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves foram os protagonistas de uma eleição que vai ficar na história do Brasil. Entre ataques e debates acalorados - dos candidatos e também de seus eleitores nas redes sociais -, o resultado da votação só foi conhecido nos últimos momentos. 

No fim, todos saíram fortalecidos. Dilma conseguiu se reeleger. Aécio se consolidou como o nome mais forte do PSDB para 2018 e como líder da oposição pelos próximos 4 anos.

Marina Silva, apesar da derrota ainda no 1º turno, também ganhou. A ex-candidata foi escolhida uma das "Women of 2014"  pela revista semanal FT Magazine, do jornal britânico Financial Times.

A lista destaca as mulheres que deixaram a sua marca como líderes, ativistas e lutadoras em um ano que "abalou" o mundo. Marina foi nomeada a mulher mais influente da política neste ano.




Artur Avila

Em agosto deste ano, Artur Avila foi o primeiro brasileiro a ganhar a Medalha Fields, considerada o "Nobel da matemática". Ele foi premiado por sua pesquisa na área de sistemas dinâmicos.

Desde que a premiação foi criada, em 1936, nunca um matemático formado no hemisfério sul havia sido o vencedor. 

Carioca, Avila estuda a teoria dos sistemas dinâmicos desde os 19 anos - hoje ele tem 35. Atualmente ele divide seu tempo entre o Brasil e a França, onde fez pós-doutorado no Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris.




Neymar

Depois que foi jogar no Barcelona, na Espanha, Neymar só ganhou mais importância - dentro e fora do país. Se o atleta já era ídolo no Brasil, depois da Copa do Mundo ele se consagrou como o melhor futebolista brasileiro da atualidade. 

A séria lesão na coluna que o tirou prematuramente da competição mobilizou o país inteiro em uma corrente de apoio. 

Além disso, em 2014, Neymar foi a segunda celebridade brasileira com mais inserções de comerciais na televisão brasileira - só ficou atrás da top Gisele Bundchen. Foram mais de 5,6 mil aparições em propagandas de Ambev, Claro, Childhood Brasil, Nike, Editora Carta Editorial, Unilever e Volkswagen.




Juiz Sérgio Moro

O juiz federal Sérgio Moro é uma das principais figuras por trás do processo de investigação da Operação Lava Jato, que apura desvios bilionários na Petrobras. 

Moro é um dos principais especialistas em lavagem de dinheiro do país e um dos três indicados pela Associação dos Juízes Federais do Brasil para ocupar o lugar de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.

Durante as investigações da Lava Jato, usou a delação premiada e divulgou alguns depoimentos de delatores durante o  período eleitoral. 

"Os depoimentos (...) não foram 'vazados'. A sua divulgação, ainda que pela imprensa, é um consectário normal do interesse público e do princípio da publicidade dos atos processuais em uma ação penal na qual não foi imposto segredo de justiça", disse em despacho do dia 10 de outubro sobre o suposto vazamento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobas, preso na Operação Lava Jato.




Lais Souza

Em dezembro, o Senado aprovou um projeto de lei que dá a Laís Souza o direito de receber uma pensão vitalícia de R$ 4.390,24 do governo brasileiro. 

A boa notícia vem para encerrar um ano difícil para a atleta. Em janeiro, Laís sofreu um acidente quando andava em uma pista de ski em Salt Lake City, nos Estados Unidos - onde treinava para representar o Brasil no esqui aerials dos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi-2014. Ela quebrou a terceira vértebra cervical e está sem os movimentos e controle de órgãos do pescoço para baixo.

Desde então, a atleta vem se recuperando nos Estados Unidos, onde faz um tratamento com células-tronco. Na semana passada, voltou ao Brasil pela primeira vez para passar as festas de final de ano com a família. 

Laís também já fez parte da equipe olímpica de ginástica e defendeu o Brasil em diversas competições internacionais.




Juliano Pinto e Miguel Nicolelis

Para duas pessoas, a abertura da Copa do Mundo teve pouco ou quase nada a ver com futebol. Para o jovem paraplégico Juliano Pinto, a data marcou o dia que ele quase voltou a andar.

Em uma apresentação considerada tímida diante das expectativas causadas antes da Copa, Juliano usou um exoesqueleto para chutar uma bola, pouco antes do início da partida entre Brasil e Croácia. 

O equipamento foi desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.

Formado em medicina pela Universidade de São Paulo e professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, o neurocientista trabalhou no projeto Andar de Novo por vários anos. 




Os investigadores da Comissão da Verdade

Em dezembro, a presidente Dilma Rousseff recebeu das mãos de Pedro Dallari o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV). 

Criada pela Lei 12.528/2011 e instalada em maio de 2012, a Comissão se debruçou sobre as violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, especialmente no período da ditadura militar (1964-1985). 

O relatório final da Comissão faz um relato das atividades desenvolvidas pelo colegiado durante os dois anos e sete meses de investigações, além de fatos apurados, conclusões e recomendações.

Na entrega, a presidente Dilma - que também foi vítima de tortura durante o regime militar - se emocionou ao lembrar dos parentes das vítimas e desaparecidos.




José Padilha

Em fevereiro, chegou aos cinemas a primeira produção internacional do diretor de cinema brasileiro José Padilha. O diretor de Tropa de Elite 1 e 2, comandou o sucesso hollywoodiano Robocop. 

A refilmagem do clássico de 1987 teve orçamento de cerca de US$ 130 milhões e atuação de Michael Keaton e Joel Kinnaman nos papeis principais. 

Além de Padilha, o filme contou ainda com outros 3 brasileiros na equipe: Lula Carvalho como o diretor de fotografia, Daniel Resende foi um dos montadores e Pedro Branco um dos compositores.

Em entrevista à Folha, Padilha contou que na verdade foi ele que se convidou para dirigir a produção. O diretor havia sido chamado para uma reunião na MGM, quando lhe ofereceram a direção de um novo filme de "Hércules".




Walcyr Carrasco, Mateus Solano e Thiago Fragoso

Em janeiro de 2014, os telespectadores brasileiros assistiram ao primeiro beijo gay em uma novela da TV Globo. Depois de muita polêmica, o autor de "Amor à vida", Walcyr Carrasco, escreveu a cena em que os personagens Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano) se beijaram no capítulo final da novela. 

Depois disso, a novela "Em Família", de Manoel Carlos, também  teve um casal de lésbicas, formado por Giovanna Antonelli e Tainá Müller.  

A próxima novela das 20h,  que deve estrear em março de 2015, terá um casal formado por duas das maiores atrizes brasileiras: Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg.




Brasileiros na Copa

Se a Copa do Mundo 2014 foi um desastre para o Brasil dentro dos gramados, fora deles a torcida brasileira deu um show de alegria e receptividade.

Os estrangeiros que passaram pelas cidades-sede da Copa nos 30 dias do mundial sairam daqui impressionados com o povo brasileiro.

Saiu a imagem de país violento onde nada funcionaria, para dar lugar à imagem de povo acolhedor que, mesmo sem falar inglês (espanhol, japonês ou alemão), deu um jeito de fazer os estrangeiros se sentirem em casa no que, segundo a BBC, foi a melhor Copa da história.

Melhor que isso: quase todos os que vieram, já querem voltar. Segundo um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e divulgado pelo Ministério do Turismo, 83% dos turistas internacionais consideraram que a visita ao Brasil durante a Copa do Mundo atendeu plenamente ou superou as expectativas e 95% deles têm a intenção de voltar ao país.

Fonte: Exame


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