Em 2013, 52 milhões de brasileiros tiveram algum tipo de dificuldade para comprar alimentos. Apesar do número ser alto, ele está em queda. Segundo dados do PNAD, entre 2009 e 2013, a quantidade de casas com insegurança alimentar caiu de 30,2% para 22,6%. No entanto, 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil.
Os dados são do levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 sobre segurança alimentar que foi realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Um domicílio com segurança alimentar é aquele onde os membros adultos e crianças passam por privação de alimentos. O IBGE classifica a insegurança em três níveis.
Os níveis de insegurança alimentar | |
---|---|
Leve | Domicílios em que foi detectada alguma preocupação com a quantidade e qualidade dos alimentos disponíveis. |
Moderada | Domicílios em que os moradores convivem com a restrição quantitativa de alimento. |
Grave | Domicílios onde, além dos membros adultos, as crianças também passam pela privação de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais grave, a fome. |
A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste, onde atinge 36,1% e 38,1% dos domicílios. Na área rural chega a 35,3%.
Insegurança alimentar no Brasil | % de domicílios | Quantidade de domicílios | Quantidade de pessoas | % de pessoas |
---|---|---|---|---|
Leve | 14,80% | 9,6 milhões | 34,5 milhões | 17,10% |
Moderada | 4,60% | 3 milhões | 10,3 milhões | 5,10% |
Grave | 3,20% | 2,1 milhões | 7,2 milhões | 3,60% |
A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave é maior nos domicílios cuja pessoa de referência é mulher (9,3%), de cor ou raça preta ou parda (29,8%).
Outra característica interessante das pessoas em situação de insegurança alimenta é que mais da metade (54,7%) delas estão empregadas - e mesmo assim não têm dinheiro para alimentação.
Fiado
A pesquisa também investigou qual a estratégia utilizada pelas famílias para driblar a falta de comida. Veja abaixo:
Estratégia utilizada | % |
---|---|
Comprar fiado | 43,3% |
Pedir alimentos emprestados a parentes/vizinhos/amigos | 27,8% |
Deixar de comprar alimentos supérfluos | 7,2% |
Pedir dinheiro emprestado | 5,0% |
Comer menos carnes | 3,5% |
Receber alimentos da comunidade, vizinhos, parentes e amigos | 3,3% |
Prestar pequenos serviços a parentes e amigos em troca de alimentos | 2,8% |
Outras | 7,1% |
Fonte: Exame
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