terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A seleção é uma via de mão-dupla

É de suma importância que os profissionais se apropriem do seu poder de escolha quando estiverem participando de processos seletivos




Abaixo a passividade. Já foi o tempo em que estávamos sujeitos ao sabor dos ventos. Temos o direito (e o dever) de escolher o que é melhor para nós - como pessoas, cidadãos e profissionais. 

Sempre acreditei que o trabalho é um instrumento de realização pessoal. Com ele e por meio dele podemos atingir nossos objetivos enquanto nos tornamos pessoas melhores – mais completas e conscientes de nós mesmos. Todos nós temos qualidades, mas também vários pontos a desenvolver. E é justamente o trabalho que nos permite produzir para contribuir com o meio em que vivemos. Ele também nos permite entrar em contato com o nosso eu para aprendermos a fazer diferente, fazer de novo e fazer melhor.

Por isso, é de suma importância que os profissionais se apropriem do seu poder de escolha quando estiverem participando de processos seletivos. Por quê? Porque não são as empresas – somente - que devem escolher os talentos que desejam para seu quadro de colaboradores. Os candidatos podem (e devem) decidir se querem fazer parte ou não daquele time.

É, eu sei. Essa ideia é relativamente nova e pode – para muitos – parecer utópica, mas de verdade não é. Tanto que cada vez mais as empresas enfrentam dificuldades para preencherem suas vagas. Enquanto estamos em pleno emprego, temos, ao mesmo tempo, altos índices de demissão. Os dados do Caged (geração de empregos formais) e do IBGE (tempo entre a saída de um emprego e a entrada em um novo posto de trabalho) comprovam isso.

Bom, dividi um pouco da minha percepção e alguns dados com um único objetivo – reforçar a ideia de que vocês podem e devem ESCOLHER antes de serem escolhidos. Quando estiverem em processos seletivos, não deixem de fazer perguntas. Aproveitem as entrevistas para também “entrevistar” a empresa. Informação é poder. E esse poder lhe possibilitará fazer escolhas com mais clareza sobre o que a companhia oferece em termos de desafios, metas e possibilidades futuras. Se a proposta – em um sentido mais amplo - estiver alinhada com o que você busca para a sua vida e para a sua carreira naquele momento, ótimo. Se não, continue procurando. Dizer não para oportunidades desalinhadas significa evitar frustrações com um trabalho que não te realiza. O foco deve estar em você e no seu desenvolvimento. Assim, os resultados tanto para você quanto para seu potencial/futuro empregador – virão a galope.

Como abordar e o que perguntar

Durante a entrevista, depois de o selecionador falar sobre a empresa e sua dinâmica, pergunte sobre a cultura, visão e missão da companhia. Depois de ele explicar a posição em aberto, pergunte de maneira leve e amigável sobre: (1) o que é esperado em termos de resultados, (2) em quanto tempo e (3) como tais resultados serão medidos. Se possível, pergunte também quais os mobilizadores de promoções na empresa. Essas respostas lhe darão um bom parâmetro sobre a objetividade das avaliações, o ambiente de trabalho, etc. Se não houver “espaço” durante a conversa, deixe para o final. Os selecionadores sempre perguntam a seus entrevistados se ficou alguma dúvida antes de concluir. Essa é a hora. Aproveite o gancho para colocar suas questões na mesa. Você não vai se arrepender.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo participação!