domingo, 14 de dezembro de 2014

Mais um motivo pra não se importar com o que as pessoas dizem




“As pessoas admiram suas qualidades em silêncio, e julgam seus defeitos em voz alta.” Parece só mais uma frase de efeito, mas, no fundo, essa frase demonstra uma correspondência assustadora com a realidade.

É que a crueldade com que as pessoas costumam julgar umas às outras é o que me faz achar metade do mundo uma droga – e é do que você deve se lembrar da próxima vez em que pensar em se importar com os comentários negativos que fizerem ao seu respeito: as pessoas são cruéis.

Não todas, calma lá. Esta que vos fala gosta de blues, de café e de gente – até demais. Porque existe gente boa. Gente com energia boa, com palavras doces, com gestos bonitos e ataques de gentileza que fazem do mundo um lugar minimamente adequado pra se viver.

Mas, como nem tudo são flores, há as pessoas que tentam te diminuir quando você cresce. As que elogiam seus pontos fracos para que você não evolua. Que mascaram seus defeitos para que você não preste atenção neles – como se isto fosse possível – mas os superestimam na sua ausência, os gritam para o mundo. Os acendem com luz neon para que todos vejam o quanto eles são terríveis, enquanto te diz, com um sorriso falso no rosto, que tudo vai bem. Que você não precisa se preocupar. Você não precisa se esforçar. Você não precisa crescer. É preciso aceitar: há pessoas que simplesmente não querem o seu progresso.

Há outras que podem até querer te ver bem, mas não melhor do que elas. E com essas pessoas você precisa ter cuidado.  Você deve se blindar – se vestir de autoconfiança. A autoconfiança, aliás, é um escudo e tanto: é o que te faz feliz com você mesmo, consciente dos seus defeitos e disposto a superá-los, quando possível, e, quando não, aceita-los.

Para essas pessoas, a tristeza alheia é alimento. As palavras são armas letais que vão em cheio na felicidade dos distraídos – por isso, não se distraia. Não aceite críticas cruéis ou falsos abraços. O que não é verdadeiro, não acrescenta e não faz falta. Não ocupe espaço com o que te suga energia, sorriso, vontade.

Essas pessoas são dignas da mais pura compaixão – porque elas precisam que o outro caia para que permaneçam de pé. Em vez de evoluir, elas ocupam seu tempo em testemunhar a desgraça alheia, para criarem uma ilusão de superioridade. Porque, sozinhas, elas não se valem.

Porque há pessoas que criticam aquilo que mais gostariam de possuir. Que maldizem em pensamento e sorriem, cheias de dentes. Pessoas que definham ao testemunharem a felicidade de outrem. Faça – as definhar. Responda com um sorriso tão cheio de luz que seja capaz de encandear olhos acostumados com a escuridão. Porque luz própria é coisa que não se compra.

A parte boa disso tudo é você pode escolher. É que existe o outro lado. Existe a luz e a escuridão. A doçura e a crueldade, o ódio disfarçado de sorriso e o amor que transborda pelos olhos. Existem dois caminhos antagônicos sempre abertos, e você escolhe, diariamente, qual deles quer seguir. Você escolhe a cada abraço, a cada tropeço, a cada oportunidade que a vida te dá de acordar e fazer diferente.

A nossa felicidade depende, em grande parte, das relações que construímos ao longo da vida. Escolha as pessoas que te abraçam e deixam aquela sensação de banho tomado, de alma lavada, de carinho no coração. O mal passará por você o tempo todo, mas sempre dá pra desviar.

Não revide falsidade com mais falsidade. Não deixe que o mal que há nas pessoas transforme o bem que há em você – porque nós somos os responsáveis por quem somos, e quando você assume essa responsabilidade, você entende o que é ser feliz – independente do mal olhado e do mal pensado – você aprende a ser feliz.



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