Infelizmente, muitos profissionais não conseguem ter upgrade de carreira por conta de não estarem aptos para exercer a função de líder, que ao contrário do que muitos pensam, é extremamente difícil e desgastante
A famosíssima banda britânica Coldplay é dona de uma composição de sucesso mundial autodenominada “Viva La Vida”, onde o autor narra à história de um grande Rei que teve o domínio pleno e absoluto de sua terra, mas que em um determinado momento caiu, sofrendo as duras consequências de uma esmagadora e memorável derrota.
Antes que fosse destronado pelos seus inimigos, o poderoso comandante conta que em um passado não tão distante podia facilmente contemplar o medo, o terror e o pânico vindo dos olhos de seus adversários, que possuíam profundo respeito e temor pela imponência e magnitude colossal do glorioso e resplandecente rei. Assim, por onde ele passava, todos se curvavam e o reverenciavam, como se tal criatura fosse um deus absoluto e supremo dotado de sabedoria e energia divina, vestindo uma reluzente armadura e sendo louvado pelos inúmeros seguidores que o estimavam.
Mas um dia, o vento ficou estático, as estrelas se apagaram e as nuvens ficaram obscurecidas, neste momento, um raio das trevas caiu em cima do castelo do grande rei, o fazendo perder todos os seus tesouros e o deixando completamente nu diante de seus súditos, que nada puderam fazer a não ser se maravilharem com à derrocada pífia daquele que outrora era absoluto e completamente distante de qualquer tipo de fracasso.
Agora, traga isso para a sua realidade: quantos líderes, chefes, gerentes e presidentes você viu cair ao longo de sua carreira? Provavelmente, não foram poucos, pois se manter no topo não é uma tarefa fácil, porque estabelecer um equilíbrio perante os momentos caóticos, gerir estratégias complexas e desafiadoras, saber lidar de forma inteligente com as pessoas e alcançar resultados expressivos à curto prazo, são todas variáveis difíceis de serem alcançadas e, principalmente, de serem mantidas. Por isso, muitos não têm êxito em seus objetivos e acabam se frustrando por conta de não corresponderem às expectativas criadas e também por conhecerem o gosto amargo da derrota vindo diretamente em suas línguas. Normalmente, essas pessoas são derrubadas por herdarem uma posição que não estão preparadas para sustentar, ou seja, elas receberam uma missão que estava muito além de suas forças, o que ocasionou na maximização de seus pontos fracos e na consequente perda de suas respectivas “patentes”.
Querendo ajudar algumas pessoas a otimizar tal questão e tentando elaborar alguns quesitos que julgo serem importantes perante tal atmosfera, criei 8 pecados que um líder não pode cometer sob pena de ver suas muralhas destronadas. Confira:
1 – Não ter experiência e profundo conhecimento técnico da área: é necessário ter vivência de algumas situações (bagagem) para poder interpretar e identificar corretamente os cenários existentes. Além disso, é fundamental ostentar a ciência específica da área, conhecendo amplamente os assuntos em questão para poder responder eficazmente às múltiplas complexidades presentes. Essas duas abas permitirá que o raciocínio do líder seja mais ágil, eficiente e polivalente, fazendo com que o mesmo tenha um índice de acerto bem próximo da perfeição e uma capacidade singular de diagnosticar e sanar problemas.
2 – Não ser evasivo e não entender de “gente”: certamente, o maior desafio de um líder é saber lidar de forma inteligente com a gama variada de personalidades diferentes que existem em sua organização. Ele precisa motivar seus colaboradores constantemente, instruí-los e capacitá-los, gerenciar conflitos, e, principalmente, fazer com que eles tenham o espírito (foco) da empresa, para que a cultura empresarial esteja enraizada em suas ações cotidianas. Além disso, o líder precisa ostentar uma barra de resistência gigantesca para suportar o caos, escapar de emboscadas, se esquivar de eventos inesperados e devolver instintivamente os ataques recebidos (estrategicamente falando). Logicamente, sem resiliência, equilíbrio emocional e um pouco de astúcia, é impossível dominar e coordenar qualquer tipo de ambiente.
3 – Não amar a estratégia e as ações antecipatórias: todo exímio líder é grande um jogador, isto é, ele sabe como montar um plano ardiloso para atingir seus objetivos, de modo a surpreender seus adversários, gerando mudanças no tabuleiro que farão com que o sucesso o persiga em inúmeras variáveis do processo. Em outras palavras, o mesmo ganhará espaço por conta de agir de maneira pró-ativa, objetivando mapear o globo e preparar seu alvo para atingir as constelações desejadas, assim, ele fará o estudo das probabilidades e posteriormente escolherá as opções mais interessantes (rentáveis), tendo como base seu feeling, grau de expertise e know-how).
4 - Não ter nenhum diferencial e possuir um instinto amedrontado: um líder deve ser capaz de bolar ideias na escuridão, criando inúmeras formas de escapar de um problema e gerando várias maneiras de encantar e seduzir pessoas. Inversamente, ser conservador o tempo todo fará com que esse líder estagne seu pensamento criativo e suas ideias mirabolantes, fazendo com que o mesmo seja limitadamente preso nas sombras malignas de sua timidez. É mais ou menos como costumava dizer William Shakespeare: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.”
5 – Não cumprir as promessas que faz e viver em um mundo de mentira: lamentavelmente, muitos líderes enganam seus liderados com falsas promessas e ilusórios tesouros, o que faz com que suas credibilidades fiquem automaticamente arranhadas e consequentemente desacreditadas. Em outros termos, é como uma grande alegoria fantasiosa onde tudo o que é propagado possui um cunho propositalmente manipulador que tornará a boca do líder um espaço de total hipocrisia e heresia, transformando o ambiente de trabalho em uma espécie de motivação por impulsos enganosos travestidos de admiráveis recompensas.
6 – Não ser ativo e viver de forma displicente frente ao terreno: para um líder, não basta não errar, é preciso observar os erros dos outros também. Essa é uma reponsabilidade ridiculamente óbvia para qualquer profissional minimamente competente, porém muitos pensam e agem de forma omissa e desídia em seu cotidiano empresarial, afetando centralizadamente todo plano inicial gerado e causando um efeito cristalizador que fará com que seus processos fiquem estáticos e totalmente distantes da excelência.
7 – Não pensar antes de externar uma opinião e viver tagarelando sobre coisas vãs: Mahatma Gandhi sabiamente disse: “Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.” Sem dúvidas, um bom líder sabe ser prudente e inteligente com suas palavras, não permitindo que elas se voltem contra ele e fazendo com que seu cérebro seja sempre mais acionado que sua língua. Ele sabe que se comportar como um falastrão de retóricas superficiais fará com que toda a sociedade o veja como uma criatura que amontoa uma infinidade de discursos sem importância e um punhado de doutrinas infantis e abjetas.
8 – Não ser autêntico e ter receio de explanar seus defeitos: reconhecer pontos fracos é uma qualidade que pouquíssimos líderes possuem, pois muitos “comandantes” não apreciam a modéstia intelectual e preferem fingir que são “impenetráveis sabichões”. Em contrapartida, existem alguns bons profissionais que não temem serem transparentes e demonstrarem sua verdadeira face, objetivando fazer com que as pessoas os estimem simplesmente por aquilo que eles SÃO, sem tentar maquiar ou inventar nada (simplicidade). Concluindo, o líder precisa criar sua própria marca e não buscar adaptá-la a comunidade onde transita, porquanto a originalidade é peculiaridade sempar de um espírito grandioso.
Um grande líder é um reformulador perpétuo da essência que lhe foi concebida. Ele é um despertador de sonhos e um gerador de pensamentos formidáveis. Destarte, ele cria um ambiente recheado de criaturas motivadas, entusiasmadas e apaixonadas que transformam o mundo em uma casta de esperança e total domínio do saber, fazendo com que os problemas percam sua natural força e com que as adversidades ganhem outra forma ocular por parte das pessoas.
Fonte: Administradores
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