segunda-feira, 15 de junho de 2015

Tropeçando na falsa estratégia

O problema dos grandes objetivos para as empresas e para as pessoas




Esses dias estava lendo um livro que falava sobre a questão de como as empresas têm colocado para si altos números para alcançar, mas não traçavam planos adequados para lidar com isso. Ou pior ainda, esqueciam de lidar com seus maiores desafios. 

Resolvi ir mais adiante no assunto e comecei a perguntar a alguns amigos empreendedores e olhar algumas declarações de startups e empresas das quais gosto do modelo de negócio. Para minha surpresa, estavam lá, em sua maioria, as principais estratégias para aumentar 20 ou 30% o lucro, alcançar o segundo lugar ou atingir o primeiro na escolha dos clientes, aumentar o share em 7%… Eram várias metas audaciosas, mas cadê a estratégia? 

Você pode pensar “ah Bruno, mas eles não vão sair revelando isso assim”. Bom, eu conversei com a grande maioria desses empreendedores e, na maior parte das vezes, eles tinham algumas ações simples, mas poucos tinham reais atitudes pautadas nos maiores desafios e no alto impacto que as empresas poderiam causar. 

E então fiquei pensando no seguinte: se você tem objetivo de aumentar a sua participação no mercado, os outros possivelmente também têm, afinal, duvido que alguém planeje diminuir suas participações e lucro. Portanto, mesmo que o dinheiro ganho do público, seja de pessoas ou empresas, aumente (o que tem sido meio difícil nos últimos tempos), esse crescimento não ocorre na mesma velocidade em que crescem os objetivos ambiciosos. O que isso quer dizer? Você precisa de uma verdadeira estratégia diferenciada e uma boa dose de ousadia, para chegar perto do que gostaria. 

Não lhe parece lógico? Pois é, só que infelizmente, na maioria as vezes, os empreendedores não param e pensam nesse simples raciocínio e acabam pautando seus objetivos em pura força de vontade. E isso não é suficiente. 

Motivação é importante? Óbvio. Porém, se aplicada no lugar errado, apenas potencializa o erro. Não é só você querer crescer e botar muita vontade nisso, até porque as outras pessoas também têm muita vontade. A diferença é você ter esse ânimo incrível naquilo que realmente importa e fará diferença. 

A conclusão disso tudo é que para empreender – e fique à vontade de pensar até em objetivos pessoais ou carreiras liberais –, a essência sobre as empresas terem objetivos grandes não é a estratégia, mas, sim, as metas. Eu sou um dos maiores defensores da ousadia, de tentar o impossível e fazer coisas que desafiem a realidade, mas não é só você mirar lá. Também é preciso estabelecer os principais desafios para isso e elencar as formas mais precisas e de alto impacto para fazer acontecer. Se não, é apenas um objetivo ousado na sua cabeça, e disso o mundo está cheio. 

“Objetivos extraordinários são alcançados com a combinação de estratégias lúcidas focadas e uma ousadia louca.”



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