quinta-feira, 18 de junho de 2015

A maneira certa de formatar o currículo

Para se apresentar da forma mais eficiente através desse instrumento, considere seu formato, a audiência alvo e o meio usado




O currículo ainda é a forma universalmente reconhecida para se apresentar profissionalmente. Mesmo com perfis no LinkedIn, portfólios online e outras ferramentas, o currículo impresso não se tornou obsoleto. Por isso muitas pessoas continuam tentando traçar diretrizes e estabelecer práticas para tornar o currículo mais eficiente e visualmente agradável.

Dentre esse mundo de opiniões sobre o que faz um melhor currículo, o site de negócios Quartz opta por uma perspectiva diferente, em artigo recente. Ao invés de escolha de fontes, somente, ou aspectos superficiais, o site buscou no design uma resposta para a pergunta "o que faz um currículo ser eficiente e agradável aos olhos"? Veja o que os professores Alexander Tochilovsky e Cara Di Edwardo, da Escola de Arte Cooper Union, em Nova Iorque, apontaram como resposta.

Pense em quem (ou o quê) vai analisar seu currículo

Hoje em dia, algumas empresas usam softwares de rastreamento para analisar e converter dados de currículos para sua base de dados. Para esses sistemas, muitos aconselham usar a fonte Helvetica ou fontes padrão de PCs, fáceis de serem absorvidas por leitores eletrônicos.

Di Edward diz que se houver um humano lendo, há milhões de opções de fontes que podem funcionar. Como escolher? Sites como o da Adobe, por exemplo, organizaram sua coleção de acordo com os melhores usos para cada fonte, o que pode facilitar. Mas o que determina a escolha, na verdade, é o tipo de emprego para o qual se está candidatando.

A regra de ouro do professor Tochilovsky é escolher uma fonte que facilite a leitura tanto de robôs como de humanos. Ficar longe de tipografia "decorativa" ou muito rica em detalhes é uma dica. O melhor é optar por fontes legíveis, simples e que acomodem vários tipos de leitores. "É necessário que seja uma fonte que pareça profissional", afirma Tochilovsky.

Mantenha tudo "em família"

As fontes têm família - itálico, negrito ou condensadas, por exemplo. Usar essas possibilidades de forma estratégica é uma ótima forma de criar hierarquia de informações no documento. Na prática: você pode usar Helvetica bold para o nome da vaga e Helvetica light para os detalhes. Usando a mesma família, com essas alterações, é possível enfatizar e filtrar certos tipos de informação, segundo Tochilovsky. Fica mais uniforme do que usar fontes diferentes, e assim a atenção fica fixada na informação em si.

A fonte importa, mas o layout é a chave

Fazer um currículo tem a ver com com passar informação de forma simples e rápida, diz Tochilovsky, e, para que isso aconteça, deve haver um equilíbrio entre o texto e os espaços em branco. "O crucial não é a tipografia e sim como o currículo é pensado em seu design", afirma ele.

Projetar para proporcionar uma leitura rápida é um fator essencial. Estudo feito em 2012, feito por um site de empregos chamado The Ladders mostrou que recrutadores gastam em média 6 segundos olhando currículos antes de descartá-los completamente ou decidir olhar com mais calma. "Você não quer que eles fiquem procurando quantos anos você esteve nesse emprego e outros detalhes importantes", avisa Tochilovsky.

Cuidado com a criatividade

Ainda que a ideia de um currículo criativo seja interessante, não se deve esquecer que é um documento profissional e não necessariamente um espaço para se expressar artisticamente, mesmo que você seja um designer. Invista e impressione no portfólio, se você exerce uma atividade criativa

O currículo é um resumo de sua jornada educacional, credenciais e experiência. Seja bondoso com seu possível empregador, mantendo esse documento simples e direto, com margens e espaçamento suficientes para uma leitura agradável.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo participação!